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Relatório Mensal – Fundos e Previdência – Março/2019

Panorama Mensal Após um início de ano com retornos expressivos para a indústria de fundos de forma geral, muitas estratégias devolveram parte dos ganhos em fevereiro, reflexo da desvalorização dos ativos locais, nas esferas macro e de renda variável. No mês, o quadro local foi pautado por dúvidas e desconforto com o processo de negociação […]

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Panorama Mensal

Após um início de ano com retornos expressivos para a indústria de fundos de forma geral, muitas estratégias devolveram parte dos ganhos em fevereiro, reflexo da desvalorização dos ativos locais, nas esferas macro e de renda variável. No mês, o quadro local foi pautado por dúvidas e desconforto com o processo de negociação e tramitação da Reforma da Previdência no Congresso, enquanto o cenário externo seguiu estável, sem uma direção clara.

No mês, o IHFA teve performance de -0,23%, contra a variação positiva de 2,61% que se deu em janeiro. Os destaques negativos ficaram por conta dos fundos macro e de estratégias direcionais em Bolsa, sejam fundos de renda variável long biased ou fundos long & short direcionais.

No Brasil, apesar do otimismo generalizado com os fundamentos do país no médio e longo prazo, as expectativas dos gestores são de que a volatilidade no curto prazo seja crescente, diante dos ruídos políticos que cercam a Reforma da Previdência.

Na esfera dos fundos de crédito, os quais seguem uma dinâmica diferente de investimentos, o forte ritmo de captação tem sustentado a demanda por ativos nesse mercado, e a expectativa de melhora estrutural do país amplifica o otimismo dos gestores.

Fonte: ECONOMATICA/XP

Fundos Macro

Mês desfavorável para os ativos locais reflete performance negativa de fundos macro de forma geral.

No mês em que o dólar valorizou 2,58% e o Ibovespa caiu -1,86%, os fundos macro, em geral com posições compradas no kit Brasil, foram prejudicados.

Parcela de risco alocada em ativos internacionais foi destaque positivo.

Na ponta positiva da atribuição de performance, estiveram as estratégias globais, sobretudo posições compradas em ações EUA e tomadas em juros EUA.

Divulgação do PIB leva a revisões baixistas de crescimento em 2019, e a expectativa de gestores para cortes adicionais da Selic aumenta.

O PIB referente ao 4T2018 divulgado no final de fevereiro levou a novas revisões baixistas da atividade econômica em 2019, e há mais gestores que esperam cortes adicionais da Selic ao longo do ano.

Fundos de Crédito

Prêmios de risco de crédito mantêm ritmo de queda.

Mesmo com o quadro de emissões primárias aquecido, o volume não foi suficiente para atender toda a demanda dos alocadores, o que levou à manutenção do ritmo de queda dos prêmios de risco de crédito.

Diminuição dos prêmios de risco traz ganhos de capital para os ativos encarteirados pelos fundos.

Com o fechamento dos spreads de crédito no mercado de forma geral, os ativos já encarteirados pelos fundos se beneficiaram de ganhos de capital.

Gestores deixam de alocar em determinadas emissões, dado o nível de taxa.

Com o atual nível de taxas comprimidas de emissões primárias, os gestores deixam de alocar em papéis que, apesar de terem um perfil de crédito aprovado, não apresentam relação de risco/retorno atrativa.

Fundos de Ações

Após alta expressiva em janeiro, indústria devolve parte dos ganhos em fevereiro.

Após a valorização de 10,8% em janeiro, o Ibovespa teve queda de       -1,86% em fevereiro, e os fundos de ações, de forma geral, performaram no campo negativo.

Gestores reduzem posições em determinadas empresas, dado o nível de valuation.

Para o quadro atual de preços, há empresas da Bolsa que já atingiram o target de valor para alguns gestores, que vêm reduzindo tais posições.

Incertezas acerca da tramitação da Reforma da Previdência afetam negativamente a Bolsa.

O mês foi marcado por questionamentos a respeito da tramitação da Reforma da Previdência, o que foi fator negativo para as ações locais.

Fundos Internacionais

Ativos globais de risco seguem tendência positiva de janeiro.

Com destaque para o noticiário positivo vindo das negociações comerciais entre EUA e China, os ativos globais de risco, sobretudo ações e crédito, seguiram a tendência de valorização que se deu em janeiro, favorecendo os fundos internacionais em geral.

Parcela de ações EUA foi destaque positivo nas carteiras.

Para os fundos multiestratégia, global equities e US equities, o investimento em ações nos EUA foi destaque positivo na atribuição de performance, num mês em que o S&P 500 subiu 2,97%.

Ritmo reduzido de captação líquida no varejo. No Brasil, os fundos internacionais vem apresentando captação contida no varejo, reflexo do quadro conturbado para ativos globais de risco visto no final de 2018, além da maior atenção dada pelos investidores a produtos de renda variável local e multimercados macro de alta volatilidade.

Captação Líquida da Indústria

A indústria apresentou captação líquida positiva em fevereiro, na ordem de R$ 10 bilhões, em ritmo similar ao mês de janeiro. Os destaques positivos ficaram por conta das classes de Ações e Previdência, que registraram entradas líquidas em torno de R$ 6,5 bilhões e R$ 7,0 bilhões, respectivamente, ambos sendo aumentos expressivos em relação ao mês anterior. No ano, os veículos que mais captam são os fundos de ações.

Evolução de Patrimônio Líquido

No fechamento de fevereiro, a indústria de fundos atingiu o patamar dos R$ 4,30 trilhões em ativos sob gestão, o que representa um crescimento de 3,76% em 2019.

Fonte: ANBIMA/ECONOMATICA

Radar do Mercado

A gestora reforçou sua equipe com a contratação de Christiano Chadad, um dos sócios-fundadores da Kondor, para comandar uma nova mesa de moedas, com foco em países do G20. Além de Chadad, a gestora trouxe outros dois ex-executivos da Kondor, Bruno Guimarães e Claudio Margulies.
A SPX anunciou mudanças em sua estrutura, entre elas a criação de uma célula de crédito, comandada por Beny Parnes, a contratação de Fernando Gonçalves (ex-Adam) para reforçar a equipe de equities e a saída do gestor de juros Sebastian Lewit.
A GAP anunciou a chegada de três novos sócios, são eles Ricardo Marin, Daniel Tonholo e Guilherme Heringer, os quais integram o time de gestão juntamente com Oscar Camargo e Renato Junqueira.
O produto de debêntures de infraestrutura da DLM, o DLM Debêntures Incentivadas, completou 6 meses de histórico no final de fevereiro.
A Fides Asset alterou seu nome para Távola Capital, em continuidade de um processo de mudanças que teve início em 2014, com a chegada de Gustavo Constantino no time de gestão.
A gestora comunicou a saída de José Zitelmann, CEO da asset, e de Gustavo Hungria, um dos responsáveis pela estratégia de renda variável. Com as mudanças, houve a contratação de Will Landers, ex-Blackrock, como novo sócio e chefe de renda variável América Latina.
A empresa anunciou a contratação de dois novos sócios: Raphael Ornellas, para assumir o posto de economista-chefe, e Marcella Derze, nova responsável pela área de Relações com Investidores.
Os fundos ARX Vinson e ARX Denali, da grade de crédito privado da ARX, completaram 6 meses de histórico no final de fevereiro.

Aberturas, Fechamentos e Lançamentos

Ranking de Gestores

Fonte: ECONOMÁTICA/XP. No cálculo do patrimônio, foram excluídos fundos de cotas, com o objetivo de evitar dupla contagem. No número de contas, o valor pode estar subestimado, dado que alguns administradores não contabilizam cotistas via distribuição por conta e ordem.

Ranking de Administradores

Fonte: ECONOMÁTICA/XP. No cálculo do patrimônio, foram excluídos fundos de cotas, com o objetivo de evitar dupla contagem. No número de contas, o valor pode estar subestimado, dado que alguns administradores não contabilizam cotistas via distribuição por conta e ordem.

Performance da Indústria

Entre as principais categorias ANBIMA, as estratégias de renda variável seguem liderando o ranking de performance 12 meses, com retorno em geral acima do Ibovespa (12,0%), assim como os multimercados de estratégia long & short direcional. Após o mês de fevereiro, o qual foi negativo para fundos multimercado macro de forma geral, viu-se uma redução marginal na performance dessas estratégias, assim como do IHFA, no qual os fundos macro são bastante representativos.

Fonte: ANBIMA
Fonte: ECONOMÁTICA/XP. Foram considerados apenas fundos com PL médio em 2018 > R$ 100 milhões e n° de cotistas > 99. Em Ações, foram excluídas as categorias Ações Setoriais, Ações FMP-FGTS e Fundos de Monoação. Em Crédito Privado, foram considerados apenas fundos com volatilidade 12 meses de até 1%. * Calculado até 28/02/2019.
Fonte: ECONOMÁTICA/XP. Foram considerados apenas fundos com PL médio em 2018 > R$ 100 milhões e n° de cotistas > 99. Em Ações, foram excluídas as categorias Ações Setoriais, Ações FMP-FGTS e Fundos de Monoação. Em Crédito Privado, foram considerados apenas fundos com volatilidade 12 meses de até 1%. * Calculado até 28/02/2019.

Captação Líquida da Indústria – Fundos

Fonte: ECONOMATICA/XP. Foi considerada a captação líquida total de todos os fundos, de assets independentes ou ligadas à instituições financeiras, das respectivas categorias, excluindo-se fundo de cotas.
Fonte: ECONOMATICA/XP. Foi considerada a captação líquida total de todos os fundos, de assets independentes ou ligadas à instituições financeiras, das respectivas categorias, excluindo-se fundo de cotas.

Captação Líquida da Indústria – Previdência

Fonte: ECONOMATICA/XP/FenaPrevi. Foi considerada a captação líquida total de todos os fundos, de assets independentes ou ligadas a instituições financeiras, das respectivas categorias, excluindo-se fundo de cotas. * Referente a jan/19.

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