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18/12/2024 15:00:00 • Atualizado em 18/12/2024 11:21:54
2 minutos de leitura

Infraestrutura em foco: estratégias e perspectivas para 2025 no Duelo de Fundos

Veja os destaques do terceiro dia do evento Duelo de Fundos

Iago Garcia
Iago Garcia
Redator

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No terceiro episódio do Duelo de Fundos, Clara Sodré, analista de fundos da XP, moderou uma conversa sobre fundos de infraestrutura, com a participação de Samer Serhan, CIO da JiveMauá, e Christopher Smith, gestor de fundos de crédito privado da Capitania. Os gestores debateram as oportunidades e os desafios do setor, focando nas estratégias de seus respectivos fundos, o JMBE11 e o CPTI11, além de analisarem o cenário econômico atual e as perspectivas para 2025.

O impacto do cenário macroeconômico nos fundos de infraestrutura

Samer Serhan destacou como os fundos de infraestrutura têm sido afetados pela volatilidade macroeconômica, especialmente devido à correlação com o Índice de Mercado ANBIMA de Debêntures Incentivadas (IMA-B). Segundo ele, "os fundos de infraestrutura acabam tendo uma correlação grande com os títulos públicos, como as NTN-Bs, e, com a recente alta nos spreads, os fundos sofreram desvalorização". Entretanto, Serhan explicou que, individualmente, os fundos têm carteiras sólidas e que a desvalorização foi mais reflexo do ambiente macro do que de problemas específicos nos ativos: "Poucos fundos estão com algum problema em seus ativos, a maior desvalorização é resultado dos movimentos nos índices de referência".

Estratégias defensivas e diversificação de portfólios

Christopher Smith comentou que o fundo CPTI11 tem uma estratégia diversificada, buscando ativos de crédito privado com alta qualidade de crédito e garantindo um carrego atrativo. Ele explicou que o fundo é indexado ao IPCA e CDI, o que oferece proteção em diferentes cenários de inflação e juros: "Nosso fundo é pensado para ser estável e defensivo, com uma carteira de 72 ativos, e estamos carregando IPCA+9% no portfólio, o que é muito atrativo no cenário atual."

Samer Serhan, por sua vez, destacou a estratégia do JMBE11, que se concentra em operações estruturadas, muitas delas originadas pela própria JiveMauá. "A nossa carteira tem baixa correlação com o mercado de capitais mais amplo, o que nos permite manter uma maior estabilidade, mesmo em momentos de crise", afirmou. Ele explicou que o foco em empresas menos conhecidas, mas com bons projetos e garantias robustas, faz com que o fundo ofereça oportunidades de maior retorno para os investidores.

Oportunidades e perspectivas para 2025

Ambos os gestores concordaram que o setor de infraestrutura no Brasil continuará oferecendo boas oportunidades de investimento. Smith destacou que "há uma demanda constante por mais rodovias, portos, geração e transmissão de energia, e isso garante que o setor de infraestrutura continue resiliente". Serhan complementou explicando que, com a regulação mais forte e previsível em setores como saneamento e energia, o fundo JMBE11 está preparado para selecionar as melhores oportunidades e oferecer retornos atrativos.

Apesar do cenário de alta volatilidade, Smith ressaltou que a entrada de investidores institucionais no setor poderia ser um "divisor de águas", impulsionando ainda mais o desenvolvimento de projetos de infraestrutura e comprimindo os spreads.

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18/12/2024 12:00:00 • Atualizado em 18/12/2024 08:21:54
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