
Panorama Mensal
Em junho, os ativos locais seguiram a tendência positiva do final do mês de maio, e os fundos de investimento tiveram retornos significativos de forma geral.
Como referência da indústria de fundos multimercado, o Índice de Multimercados da ANBIMA (IHFA) rendeu 1,51% (323% CDI) no mês, em que cerca de 89% das estratégias que compõem o índice superaram o retorno do CDI. Entre esses veículos, o destaque positivo ficou por conta do fundos macro, cujos gestores em grande parte capturaram ganhos com o forte fechamento da curva de juros, real ou nominal, dadas as apostas a favor da queda dos juros no país.
Vale lembrar que, com o quadro de taxa básica de juros na mínima histórica, possivelmente caindo abaixo da casa dos 6,00% ao longo do ano, há uma perspectiva favorável para os fundos de maior nível de risco, como os das classes multimercado e ações, na medida em que o investidor passará a assumir mais risco a fim de manter os retornos nominais. Adicionalmente, há o processo gradual de surgimento de novas gestoras de recursos, com capacidade de gerir bilhões de reais, contribuindo para o desenvolvimento do ecossistema dos fundos de investimento na indústria local.

Fundos Macro


No mês em que houve forte fechamento da curva de juros no Brasil, os fundos macro em geral capturaram ganhos com apostas a favor da queda dos juros.
O posicionamento a favor da queda dos juros no país prevaleceu entre os fundos, destacando-se como o principal contribuidor de performance no mês, de forma geral.
O Índice de Multimercados da ANBIMA (IHFA) teve mais um mês de forte resultado.
Com retorno de 323% CDI em junho, o índice foi impulsionado pela performance das estratégias macro, que são as mais representativas.
Gestores reduzem as projeções para a taxa Selic ao final do ano.
Em levantamento feito pelo time de Fundos da XP, em que foram consultados 31 gestores macro, a mediana das expectativas para a Selic em dezembro de 2019 caiu de 6,50% para 5,50%, comparando-se com a mesma pesquisa realizada em maio.
Fundos de Crédito


Governo conclui nova lei que afeta o mercado de debêntures incentivadas.
O projeto de lei modifica a legislação para as debêntures de infraestrutura, a fim de atrair mais recursos de investidores institucionais. As empresas poderão emitir títulos com taxas mais elevadas para esse público, com o benefício de abater sobre o lucro das operações os juros correspondentes às emissões.
Gestores de crédito mostram-se seletivos nas alocações.
Diante do quadro de prêmios de risco de crédito comprimidos, ganha relevância o papel da gestão ativa no mercado secundário, em busca de títulos atrativos, assim como uma análise de crédito bem fundamentada.
Forte demanda para fundos de debêntures incentivadas, principalmente no varejo, contrapõe baixa oferta desses produtos no mercado.
Com a limitação dessa indústria, muitos gestores possuem seus produtos debêntures incentivadas já fechados para captação.
Fundos de Ações


No mês, Ibovespa rompe a marca histórica dos 100 mil pontos, e cenário internacional foi favorável.
O discurso de flexibilização monetária dos bancos centrais, tanto no Brasil quanto no mundo, foi favorável ao mercado de ações no mês, contribuindo para a alta do índice de ações dos EUA (S&P 500) e do Ibovespa.
Mesmo com alta recente da Bolsa brasileira, gestores seguem otimistas com esse mercado.
O otimismo é sustentado principalmente pelos avanços na tramitação da Reforma da Previdência, além das diversas reformas microeconômicas que o Governo visa implementar.
No mês, fundos de ações registram R$ 4,87 bilhões em entradas líquidas de recursos.
Em termos de patrimônio líquido, os fundos dessa classe representam aproximadamente 7% da indústria brasileira.
Fundos Internacionais


Mês de junho favorável para os ativos de risco globais.
Com a postura acomodatícia do banco central dos EUA e uma nova trégua no relacionamento EUA-China, os mercados viram condições favoráveis para os ativos de risco, como ações globais e títulos de crédito arrojado (high yield).
No Brasil, fundos internacionais têm mês de forte performance.
Em amostra de fundos internacionais no Brasil, isto é, que investem mais de 67% do patrimônio líquido em ativos no exterior, performance média dos veículos é de 392% CDI no mês, segundo a plataforma Economatica.
Apesar da forte performance, fundos registram captação líquida negativa.
Na amostra citada anteriormente, os fundos tiveram uma saída líquida de recursos de R$ 100 milhões no total em junho, reflexo do baixo apelo que a classe ainda apresenta no público varejo/alta renda.
Captação Líquida da Indústria
A indústria dos fundos 555 e previdenciários registrou forte captação líquida no mês de junho, com o total de entrada líquida de recursos em R$ 19,4 bilhões. O destaque ficou por conta da classe de Renda Fixa, com captação positiva de R$ 7,7 bilhões, enquanto no acumulado de 12 meses, os multimercados figuram na liderança, com R$ 35,9 bilhões de captação.

Evolução de Patrimônio Líquido
A indústria brasileira de fundos de investimento alcançou o patamar dos R$5 trilhões no dia 18 de junho, ocupando o 10° lugar do mundo, segundo dados da IIFA (Associação Internacional de Fundos de Investimento). O volume da indústria no Brasil representa 74% do PIB.

Radar do Mercado

A gestora global do Morgan Stanley iniciou a distribuição aberta de dois produtos no Brasil via Plataforma XP: o Morgan Stanley Global Balanced Risk Control Advisory e o Morgan Stanley Global Fixed Income Advisory.

A gestora lançou uma nova estratégia em sua grade de produtos: o Sharp Long Biased. O fundo apresenta uma combinação das estratégias long only e long short da casa.

A XP adicionou mais um fundo na grade internacional, com a distribuição do BlackRock Dynamic High Income, da maior gestora de recursos do mundo BlackRock.

A SulAmérica lançou um novo produto na grade de renda fixa: o SulAmérica Debêntures Incentivadas Hedge Advisory, estratégia de debêntures incentivadas com caráter pós-fixado (hedgeada para o CDI).

A gestora lançou em junho o Journey Capital Endurance Plus, um dos primeiros fundos de debêntures incentivadas adaptados à instrução CVM 606, que determinou a criação dos FI-Infra.

A gestora comunicou a saída do sócio-fundador e portfolio manager Sérgio Blatyta. A gestão multimercado segue liderada pelos PMs Eduardo Bodra e Guilherme Gaertner.

A XP Asset lançou mais um produto na grade de estruturados: o XP Crédito Estruturado Profissional, fundo com carteira composta pelas estratégias de crédito estruturado e special situations da família XPCE.

A gestora comunicou o desligamento dos portfolio managers da área macro Sérgio Goldenstein, PM de juros e moedas, e André Castro, PM de Bolsas.
Aberturas, Fechamentos e Lançamentos

Ranking de Gestores

Ranking de Administradores

Performance da Indústria
No mês de junho, as diferentes estratégias de fundos tiveram performance significativa de forma geral. Entre os veículos da classe Multimercado, destacaram-se os fundos de renda variável long biased, isto é, que investem no mercado de ações com flexibilidade para ter posições vendidas ou reduzir a exposição direcional em ações. Além dos fundos dessa estratégia, destacaram-se também os fundos macro.
Para os fundos de ações, que abrangem estratégias com foco em dividendos, empresas small caps, ou então de caráter livre, sem ficar restrito à composição de algum índice de ações específico, os top 10 fundos na janela de retorno em 12 meses apresentam performance variando de 51,5% a 75,9%, significativamente acima do Ibovespa, com 40,1%.
Por fim, entre os fundos de renda fixa crédito privado, destacam-se na janela de 12 meses os fundos de debêntures incentivadas e as estratégias de crédito grau de investimento, com prazo mais longo.
Performance Multimercados – Top 10

Performance Renda Fixa Crédito Privado – Top 10

Performance Ações Top 10

Captação Líquida da Indústria – Fundos




Captação Líquida da Indústria – Previdência


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