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Reflexões sobre os fundos quantitativos, pelo olhar da Kadima

Esta semana abrimos espaço para uma das nossas gestoras da plataforma, a Kadima, para falar sobre fundos quantitativos.

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Por Rodrigo Maranhão, sócio e gestor da Kadima Asset Management.

Possivelmente o livro sobre Mercados Financeiros que mais me marcou até hoje foi o Market Wizards. Nele, Jack Schwager entrevista diversos traders com históricos capazes de impressionar até o investidor mais cético em relação à gestão ativa. Ainda mais impressionante é o fato de que cada um desses trades consegue ganhar dinheiro da maneira mais diversa possível: alguns fazem análises macroeconômicas; outros tentam fazer análises microeconômicas de empresas; um terceiro grupo tenta encontrar arbitragens nos ativos financeiros; e, finalmente, alguns operam de forma sistemática usando algoritmos que foram previamente estudados e testados. Na minha opinião, a grande lição disso é: não há uma única forma de se ganhar dinheiro!

Para o investidor de fundos, é interessante tentar montar seu portfólio combinando estes diferentes estilos. Cada um deles estará respondendo a diferentes variáveis de mercado e, portanto, ao combiná-los sua carteira de investimentos pode melhorar o retorno ajustado ao risco.

A abordagem quantitativa ou sistemática (tomarei como sinônimos estes dois nomes) torna-se especialmente interessante nesta diversificação de investimentos. Para quem nunca ouviu falar sobre essa abordagem, ela nada mais é que uma sistematização da tomada de decisões, com os chamados algoritmos. Estes algoritmos são como receitas de bolos, nas quais são descritas as situações que devemos comprar ou vender cada ativo e qual o tamanho de tais operações.

Mas como criamos estas receitas?

Elas são criadas através de extensos estudos, onde programamos e testamos aquele conjunto de regras em uma base histórica, para entender qual teria sido o comportamento nos mais diversos cenários. Ao invés de confiar no feeling para tomar as decisões, o gestor quant busca evidências estatísticas de que, ao repetir uma estratégia, no longo prazo ele vai ter bons resultados. Este estudo envolve a aplicação de uma metodologia científica, que permitirá avaliar quais algoritmos fazem ou não sentido no longo prazo. Além disso, para testar estas regras e conseguir executá-las, o gestor quant normalmente fará utilização intensa de tecnologias (as quais são incorporadas ao processo decisório com maior naturalidade que do que em um processo discricionário).

A despeito desta utilização de tecnologias pelo gestor quant, essa abordagem já vem sendo usada há muitas décadas no mundo inteiro. Para ilustrar ao leitor, em 1939 já havia investidores nos EUA que operavam seguindo regras pré-estabelecidas (aproximadamente 4 anos antes do primeiro computador do mundo ser criado pelo Alan Turing).

De lá para cá esta abordagem evoluiu e se consolidou cada vez mais, com uma incorporação natural das novas tecnologias que foram surgindo com o passar do tempo. Consultando um ranking de maiores gestores de hedge funds do mundo publicado pela revista Business Insider em 2017, verificamos que naquele momento apenas 2 dos 11 maiores gestores de hedge fund não utilizavam em nenhum grau uma abordagem sistemática.

Ora, se essa abordagem já é tão difundida no exterior, por que aqui no Brasil ainda não é? Na minha opinião, é uma questão de tempo até o investidor brasileiro acostumar-se com esta ideia.

O início da gestora enquanto gestora quantitativa no Brasil

A Kadima é iniciou suas operações enquanto gestora quantitativa no Brasil em 2007. Alguns dos nossos sócios foram pioneiros na utilização de algoritmos para realizar as operações no mercado, tendo começado em 2002 quando ainda estavam na tesouraria de um grande banco estrangeiro que atuava no Brasil naquele momento.

De lá para cá temos visto cada vez mais esta abordagem ganhando espaço na indústria de fundos brasileira. Não só surgiram novas gestoras utilizando esta abordagem, mas também casas tradicionais lançaram produtos específicos sistemáticos e/ou criaram mesas quantitativas dentro dos seus fundos discricionários. Vemos esta evolução do mercado brasileiro como algo natural. Acreditamos que nosso mercado cada vez mais caminhará para um quadro mais parecido com aquele que vemos no exterior.

Minha visão é que a abordagem quantitativa já uma peça fundamental para montar o quebra-cabeça que é o portfólio do investidor. Mas é necessário o investidor entender cada produto e ver aquele que se encaixa melhor no que está buscando. Cada fundo, mesmo sendo quantitativo, pode estar buscando um objetivo diferente ou, estar calibrado para atender um perfil de investidor diferente.

Acredito que na Kadima, com nossa atual grade diversificada de produtos, estamos bem posicionados para atender os mais amplos perfis. Neste mês completamos 14 anos desde o lançamento do nosso primeiro fundo e temos convicção de que ainda temos muitas décadas pela frente sempre buscando entregar bons resultados aos nossos cotistas.

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