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Copom na visão dos gestores: como os multimercados estão investindo

Copom: consenso de manutenção da taxa SELIC no nível de 13,75%. Recuperação das projeções de PIB e IPCA.

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Nesta quarta-feira (21/06), acontece a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) brasileira. Para entender as perspectivas dos gestores multimercados para os principais indicadores econômicos, bem como, como estão se posicionando para o cenário atual, a equipe de fundos XP fez um levantamento junto aos gestores multimercados macro da plataforma. A pesquisa foi feita entre os dias 13/06 e 19/03 e foram consultadas 21 gestoras.

Destaques do relatório: É consenso entre os gestores a (i) manutenção da taxa de juros de juros nessa próxima reunião, com a grande (ii) maioria indicando Selic em 12% no final do ano. Em relação ao PIB de 2023, vemos um forte crescimento em relação às consultas anteriores. Na mediana, (iii) os gestores esperam um crescimento de 2,20% em 2023, contra o valor de 1% esperado em maio. Em relação ao câmbio, (iv) destaque para a visão de desvalorização do dólar – o posicionamento vendido na moeda reforça a tese de “desdolarização”, em linha com o enfraquecimento da moeda americana observado nos últimos tempos. Confira os resultados a seguir:

1.   Expectativas de inflação e Selic revisadas para baixo

Os gestores em geral acreditam que a taxa SELIC será reduzida ao longo de 2023, chegando a 12,00% no final do ano. Além disso, houve uma pequena diminuição nas expectativas de inflação entre as consultas de maio (6,05%) e junho (4,90%), embora o valor ainda esteja consideravelmente acima da meta de 3,25% e da banda superior de tolerância (4,75%).

Fonte: Gestores, XP

De olho no posicionamento, entre as gestoras que participaram da pesquisa, as maiores convicções estão nos mercados de juros futuros – 52% das gestoras estão aplicadas nos futuros de DI e 67% no juros Real.

2. Projeções do PIB revisadas para cima

Em relação ao PIB de 2023, vemos um forte crescimento em relação às consultas anteriores. Na mediana, os gestores esperam um crescimento de 2,20% em 2023, contra o valor de 1% que era esperado nas pesquisas realizadas em maio e março. Na pesquisa realizada no mês de fevereiro, o crescimento econômico do Brasil esperado em 2023 era de 0,50%.

Fonte: Gestores, XP

A visão reflete o otimismo dos gestores em relação a alocação no mercado local, ao longo dos últimos meses, as perspectivas negativas foram dando espaço para um posicionamento neutro, e por fim, comprado para a alocação em bolsa Brasil – temática abordada na seção 5.

3. A “desdolarização” e o câmbio a R$ 5

No câmbio, houve uma redução nas projeções até o final de 2023 – gestores acreditam que na valorização do Real contra o Dólar até o final do ano.

Fonte: Gestores, XP

A perspectiva também é refletida em posições, parte dos gestores apresentam apostas pequenas a médias na queda do dólar contra o real. Além disso, é possível ver uma estabilidade nas posições vendidas em dólar – se comparado aos meses anteriores. Com isso, 75% dos gestores que indicaram posições em dólar, estão posicionados vendidos na moeda.

A tese de “desdolarização” tem surgido com frequência nas conversas realizadas junto aos gestores, apesar de acreditarem que a moeda não deve perder todo seu domínio. Para os gestores, a (i) injeção de liquidez ocorrida na pandemia, somada as (ii) sanções aplicadas à Rússia (a tese de desglobalização), além dos (ii) impactos do aumento de juros acentuado nos Estados unidos, tem levado ao questionamento a respeito da hegemonia do dólar, bem como sua participação nas reservas cambiais.

4. Apesar da cautela, houve melhora nas perspectivas de cenário global e local

Ao serem questionados a respeito das perspectivas de cenário tanto no Brasil quanto no mundo, é possível ver uma melhora em relação as pesquisas anteriores, onde grande parte dos gestores apontavam para perspectivas negativas.

Olhando para a evolução das perspectivas ao longo dos últimos meses, em dezembro 75% dos gestores apresentavam perspectivas negativas para o cenário macro global, o valor caiu para 50% em fevereiro e avançou significativamente no mês de março: mês marcado pelas preocupações com o sistema bancário norte-americano, onde 74% dos gestores apresentaram perspectivas negativas. De lá para cá, houve uma redução na percepção de risco, e atualmente 53% apresentam uma perspectiva neutra para a economia global, e 11% se mostram positivos.

No Brasil, houve uma melhora significativa em relação aos meses anteriores, atualmente 47% dos gestores se mostram positivos com o cenário local, o valor variou entre 8% e 10% nos últimos meses, sendo que na pesquisa realizada em dezembro, nenhum gestor pontuo perspectivas positivas.

5.  Buy Brasil, Sell EUA? Posições vendidas em bolsa americana permanecem (e dispersão de retornos também)

As perspectivas de cenário refletem no posicionamento desses gestores: no mercado de bolsa local, 87% dos gestores que possuem posições em bolsa, estão comprados, enquanto no mercado de renda variável offshore, 31% dos gestores estão vendidos (acreditam na desvalorização dos ativos).

No mercado global, em comparação aos meses anteriores, é possível observar um aumento nas posições compradas em bolsa offshore, sendo 31% na pesquisa realizada neste mês de junho, conta 18% em maio e 0% em abril. A mudança de perspectiva, reflete uma postura mais otimista em relação ao aperto monetário nos mercados mais desenvolvidos, ainda assim, com 69% dos gestores pontuando posições vendidas, podemos concluir que a cautela segue no radar.

Já no Brasil, o otimismo com a bolsa local vem crescendo consideravelmente nos últimos meses. Atualmente 87% dos gestores pontuam posições compradas na bolsa brasileira, refletindo a percepção de taxas de juros mais baixas a frente, e maior visibilidade em relação aos gastos fiscais.

6. O que esperar dos fundos multimercados?

Até o dia 15 de junho, o IHFA, que é o principal índice de fundos multimercados do Brasil, apresentou uma variação de 1,2%. Em relação à performance por subclasses, os fundos Sistemáticos se destacaram com uma variação de 2,2%. Os Multimercados Long Short/Arbitragem apresentam uma variação de 1,08% no mês, e por fim, os Multimercados Macro apresentam uma variação de 1,2% no mês – posições vendidas na bolsa americana, segu sendo o principal detrator de performance.

Em termos de alocação, dentro do portfólio de um fundo multimercado, as possibilidades de alocação são diversas, já que o gestor não possui necessidade de concentração em nenhuma classe específica de ativos e tampouco está limitado a investir só no Brasil. Isso fornece ao gestor maior flexibilidade frente aos diferentes cenários macroeconômicos.

Além disso, os fundos multimercados possuem o benefício de ter mais instrumentos para operar nos diferentes mercados e poderem “girar” mais as posições da carteira. Estruturalmente são os veículos que utilizamos para tomar risco de forma diversificada, com baixa correlação com Renda Fixa e Renda Variável.

Dessa forma, nossa perspectiva de alocação na classe segue positiva, entendendo que esses fundos (i) contribuírem para a diversificação de carteira por alocarem em diversos mercados(ii) apresentarem riscos mais controlados, principalmente se comparados às ações e; (iii) terem retornos menos dependentes somente da alta ou da baixa dos mercados.

Confira o consolidado da pesquisa:

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