Shoppings estão investindo muito para retomada plena, dizem executivos do setor

Qual será o futuro dos shoppings com as novas formas de conviver em sociedade impostas pela pandemia do novo coronavírus?

Esse foi o tema central do painel liderado pela analista de Transportes, Bens de Capital e Shoppings da XP, Bruna Pezzin, na manhã desta terça-feira (14), durante a Expert XP 2020.

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Para Marcelo Miranda, VP comercial e de marketing da rede Iguatemi de shoppings, “estamos num momento sem precedentes. Vivemos essa pandemia dia após dia, com uma preocupação grande de preservar o nosso ecossistema”.

De acordo com ele, assegurar um controle de caixa era fundamental diante da falta de visibilidade para a retomada.

Mas, diante do início das reaberturas em alguns estados, Miranda é otimista.

“De algumas semanas para cá, governos estão trabalhando para reabrir e isso está consistente no Brasil como um todo. Vemos muito investimento dos shoppings no controle sanitário para recebermos os clientes com segurança e iniciarmos a retomada do varejo.”

Consumidor está ávido por voltar

Leonardo Ferreira, diretor executivo da BR Malls, vê o consumidor ávido por voltar a frequentar os centros de compras.

“Nos nossos shoppings e reaberturas – mesmo com redução de número de pessoas dentro – estamos no pico. Se deixamos com limite de 40%, chegamos facilmente nisso”.

“O consumidor quer voltar e essa é boa notícia. Ele quer entrar e voltar às atividades normais. É muito animador para todos”, completou.

Tecnologia

“Migramos uma boa parte do nosso relacionamento para o meio digital. Foram mais de 400 lives por exemplo através de uma plataforma que criamos.

A meios alternativos de venda. Como venda remota, drive thru, e isso alongou as vendas. Desenhamos a quatro mãos com os lojistas para não perdermos a demanda de datas importantes.

A também o nosso marketplace, que está avançando bastante”, explicou Marcelo Miranda, da Iguatemi.

Do lado da BR Malls, Leonardo explicou que a pandemia avançou o processo dos marketplaces próprios.

Do nosso lado já tínhamos projetos digitais. A pandemia acelerou, sem dúvida. Até o final desse mês lançaremos sete dos nossos marketplaces próprios. Isso é uma das nossas estratégias, que é basicamente levar todo shopping para casa do consumidor.

Até o final do ano todos os shoppings terão os seu marketplaces próprios.

Shopping do futuro

“Veremos ele com mais tecnologia, com meios de pagamentos novos por exemplo e benefícios diferentes para os clientes. Não só ofertas e eventos, mas dos nossos parceiros lojistas. Depois que vivemos isso tudo, com tanta restrição, o shopping será ainda mais valorizado pelo espaço de convivência para construírem suas memórias e aproveitarem um bom momento. É impossível termos passado por um período tão intenso sem aprender algo. O shopping cumpre um papel importante de jornada completa”, disse Marcelo.

“Eu acredito muito no nosso mercado. É um business muito resiliente e acho que isso não irá mudar. Mas sim irá acelerar, pois as pessoas darão cada vez mais valor. Aqui cuido dos nossos produtos digitais e vamos fazer as coisas andarem juntas. Não existe mundo digital e mundo físico. O mundo é focado em entretenimento e experiências que tragam alegrias, e o shopping é central nisso. Tecnologia não é fim, é meio, e vai ajudar muito nisso tudo agora”, completou Leonardo.