Expert 2020 | Malala, a Nobel da Paz que luta pela Educação universal; conheça uma das maiores atrações do evento

“Conto minha história não por ser única, mas porque justamente ela não é. É a história de muitas garotas. Eu sou todas as garotas que são privadas de ter educação. E hoje eu não levanto apenas minha voz. É a voz de 66 milhões de meninas”. Foi com essa passagem, entre várias outras, que Malala […]

A ativista paquistanesa, em tão pouco tempo, construiu um legado que a faz uma das personalidades mais importantes e irreverentes da atualidade por enfrentar quaisquer dificuldades e barreiras por uma educação de qualidade e universal, sobretudo para mulheres que são proibidas de ter acesso às escolas, como sua própria história conta.

Malala é uma das atrações imperdíveis da 10ª edição da Expert XP, maior evento de investimentos do mundo organizado pela XP Inc. e que será totalmente gratuito e realizado nas redes sociais.

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Quem é Malala Yousafzai?

Malala Yousafzai, nascida em 12 de julho de 1997, viveu sua infância e adolescência no Paquistão, mais especificamente em Mingora, no Vale do Swat, região dominada pelo grupo extremista Taleban.

O mundo a conheceu quando ela sobreviveu a uma tentativa de assassinato, revindicada pelos talebans, que dispararam uma bala em sua cabeça quando tinha apenas 15 anos. Na época, Malala era a principal voz de indignação do vale que gritava pelo direito à educação das mulheres, proibidas pelo então líder taleban, Mullah Fazlullah, de ir à escola, seguindo uma interpretação própria da Sharia (a Lei Islâmica).

Malala sobreviveu ao atentado e, deste então, sua luta pela educação universal ganhou proporções gigantescas, com discursos na ONU, oportunidades de estudar no Reino Unido e, em 2014, o auge: Prêmio Nobel da Paz.

Infância e adolescência

A origem questionadora e de afronta às injustiças veio principalmente de seu pai, Ziauddin Yousafzai, ativista e professor que realizou o sonho de construir uma escola para meninas no Vale de Swat, onde a filha estudaria.

Portanto, Malala cresceu em um lar que respirava educação. Essa característica, combinada ao contexto autoritário da invasão taleban no Vale do Swat, fez Malala e seus colegas serem parte de um mundo nada propício a crianças, o que explica a sua luta precoce.

Em 2007, o regime Taleban começou a ameaçar os donos de escolas na região a fecharem as portas para a educação feminina, sob sanção de violência. A indignação tomou conta dos ativistas pela educação e isso resultou em muitas mortes, feridos e escolas destruídas pelas bombas do grupo extremista.

A família de Malala teve que sair da região temporariamente por conta dos ataques. Em certa entrevista à imprensa, a paquistanesa de apenas 11 anos começava sua luta: “Como os talebans se atrevem a tirar direito básico à educação?”, disse na ocasião.

Nessa época, Malala encontrou uma forma de ter voz mas não ser alvo de violência: seu pai conheceu um jornalista da rede televisiva BBC e, então, organizaram o blog “O Diário de uma Estudante Paquistanesa”, em que Malala utilizava um pseudônimo para contar como era o cotidiano de milhares de estudantes paquistaneses, que não conseguiam ter acesso à escola por causa das ameaças talebans.

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O estopim

Em 2012, o pior parecia ter passado em relação à violência taleban e às restrições do grupo. Malala já era conhecida no Paquistão por sua luta e as escolas já haviam voltado à normalidade, apesar de ainda haver tensão pelos episódios recentes. Além do blog, já havia aparecido na televisão, em algumas oportunidades, para divulgar a causa pela Educação feminina na região.

No dia 9 de outubro, em sua rotina normal, ela deixou a escola à tarde e subiu em um ônibus escolar com destino para casa. Instantes depois, um atirador do grupo Taleban entrou no veículo, acertou uma bala na cabeça de Malala e feriu outras meninas.

Ela foi socorrida e transferida ao Reino Unido para uma delicada cirurgia em Birmingham. Saiu com vida e, mais do que nunca, seu ativismo se intensificou, ganhando reconhecimento da ONU e, posteriormente, em 2014, o Prêmio Nobel da Paz.

Malala na Expert 2020

Para a Expert 2020, já estão confirmados mais de 70 nomes, além de Malala Yousafzai, como Magic Johnson, um dos maiores jogadores da História do basquete, além de Ray Dalio, Howard Marks e Nassim Taleb — reconhecidos mundialmente no mercado financeiro.

Malala Yousafzai
Cofundadora da Fundação Malala e Prêmio Nobel da Paz
Palestra: Eu sou Malala: A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Taleban.

Quando: 18 de julho, das 11 às 12h