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Cenário econômico no Brasil: desafios da gestão do ministro Haddad

Confira o painel com Fernando Haddad

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Durante painel na Expert XP, Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, disse que analistas foram surpreendidos ao longo do ano em relação aos indicadores econômicos brasileiros. Ele ressaltou que a inflação está controlada e que o crescimento do PIB vem sendo revisado consistentemente para cima. Disse ainda que a economia está no rumo certo, mas que o cenário fiscal segue desafiador. Em relação ao ano passado, o Ministro afirmou que, não fossem as despesas oriundas de decisões judiciais, o governo cumpriria o déficit fiscal de 1% do PIB. Para este ano, enxerga que o déficit possivelmente ficará dentro do intervalo de tolerância estabelecido, de até 0,25% do PIB.

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BC e a transição na presidência

Com indicadores econômicos sólidos, qual seria a razão para estresse em ativos financeiros? Haddad credita à comunicação falha do governo e às incertezas inerentes à transição na Presidência do Banco Central, além de mudanças no regime de metas de inflação e às dúvidas em relação à política fiscal. No entanto, o Ministro disse ter confiança que, passadas as turbulências atuais, os fundamentos devem predominar.

O Ministro Haddad também amenizou os recentes atritos de comunicação entre governo e Banco Central, dizendo que é normal em uma democracia haver críticas à condução da política monetária, não só no Brasil, bem como nos Estados Unidos e em outras nações desenvolvidas. Para ele, é necessário entender que críticas são parte do processo e que a entrega de resultados duradouros para a economia brasileira é o que importa. Além disso, ressaltou que a situação atual segue volátil no cenário internacional, principalmente nos Estados Unidos e no Japão, que trazem ainda mais estresse aos ativos de economias emergentes.

Reforma tributária

Sobre a reforma tributária, o Ministro lamentou haver aumento de regimes especiais, o que transformará nosso IVA no maior do mundo (entre 26,5% e 28,0%, em suas palavras).  No entanto, ressaltou que sairemos do “pior regime tributário do mundo” para um aceitável e que se trata de um “milagre”.

Sobre os principais temas da atual conjuntura, o Ministro da Fazenda disse que o Orçamento do próximo ano deve trazer filtros mais eficientes aos programas sociais e está confortável com os números a serem endereçados. Para ele, é importante que haja sustentabilidade no lado fiscal para a redução de juros e garantia de crescimento econômico equilibrado. Haddad voltou a defender o fim da desoneração da folha de pagamentos e as medidas de ‘gatilho’ de CSLL e JCP para financiar tais despesas no ano que vem, se necessário. Por fim, sobre as novas regras do Vale Gás, que trouxe estresse aos mercados, ele disse que será um problema para 2026 e que ainda não há detalhes claros sobre o tamanho do desconto e plano de implementação.

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