Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de sexta-feira em queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,46% e 0,96%, respectivamente. Na semana, o IBOV acumulou queda de 0,71%, enquanto o ISE registrou perda de 2,35%.
• No Brasil, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção sobre mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação – as regras, definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), possuem o objetivo de reduzir as emissões de carbono, num esforço para mitigar os efeitos do aquecimento global.
• No internacional, (i) a segunda reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, que chegou ao fim semana passada, discutiu o potencial de US$ 7,7 trilhões em negócios com a adoção da bioeconomia circular, conforme estimativa apresentada no recente relatório do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês); e (ii) os países da União Europeia deram sua aprovação final a uma lei para reduzir as emissões de dióxido de carbono dos caminhões, que exigirá que a maioria dos novos veículos pesados vendidos na UE a partir de 2040 seja livre de emissões – em outras palavras, isso significa que os fabricantes terão que vender uma grande parcela de caminhões livres de CO2, incluindo veículos elétricos e movidos a hidrogênio, para compensar as vendas remanescentes daqueles com altas emissões de CO2 (à título de referência, os veículos pesados são responsáveis por 25% das emissões de transporte rodoviário da Europa).
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Brasil
Empresas
Transição energética: Petrobras vai produzir menos petróleo nas próximas décadas
"A Petrobras entende que deve atingir um pico da produção e que a partir daí a extração deve cair, disse o diretor executivo de exploração e produção da estatal, Joelson Mendes. O que não elimina, segundo o executivo, a necessidade de explorar novas reservas, dado o declínio na produção dos campos descobertos. “E eu não estou falando que a gente vai crescer a produção indefinidamente, não, muito pelo contrário. A gente – após esse pico de produção que vai acontecer daqui a seis, sete anos – entende que a nossa produção vai decair, mas a gente quer continuar sendo uma empresa relevante, produzindo 2 [milhões], 2,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia – menos do que hoje”."
Fonte: Epbr, 10/05/2024
“Navio terá multa se não descarbonizar combustível”, alerta Mercadante
"O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção, nessa quinta-feira (9/5), sobre mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação. As regras são definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vem adotando medidas com o objetivo de reduzir as emissões de carbono, num esforço para mitigar os efeitos do aquecimento global. De acordo com Mercadante, o país precisa estar preparado, e o BNDES vem se debruçando sobre a questão. “A ONU é mandatária sobre navegação e espaço aéreo. No espaço aéreo, já estão dados a data e o volume do combustível renovável que terá que ser adotado a partir de 2027. Nós estamos financiando a produção de SAF, que é o combustível sustentável da aviação”, disse Mercadante, durante apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024."
Fonte: Epbr, 10/05/2024
Precificação e a responsabilidade socioambiental do crédito de carbono
"A precificação de carbono tem sido cada vez mais discutida como uma ferramenta crucial para lidar com as mudanças climáticas e promover a transição para uma economia de baixo carbono. No entanto, a implementação de políticas de precificação de carbono levanta questões importantes sobre a redistribuição de renda e a responsabilidade socioambiental. Ao examinar essas complexas relações, podemos fazer reflexões relevantes para embasar políticas e práticas que buscam conciliar objetivos econômicos, sociais e ambientais em um mundo em transformação. O Brasil possui, atualmente, mais de 130 projetos de geração de ativos de carbono em ambiente florestal cadastrados nos padrões internacionais de certificação do mercado voluntário, como a Verra e o Gold Standard."
Fonte: Exame, 11/05/2024
Tragédia no Rio Grande do Sul e verão fora de época afetam indústria e varejo
"Os impactos dos recentes eventos climáticos no país devem afetar planos e resultados das empresas nos próximos meses. A tragédia no Rio Grande do Sul, que causou mais de uma centena de mortes e desabrigou milhares de pessoas, forçou indústrias de consumo e varejistas a reverem estratégias. Além disso, as altas temperaturas do verão fora de época no país já mexem em projeções de margens e planejamentos. As questões foram abordadas na semana passada por analistas e empresas de capital aberto nas teleconferências de resultados do 1º trimestre. “Esse é o tema sobre o qual conselhos e diretorias têm se debruçado, pois serão diversos efeitos nos próximos meses”, diz Eduardo Terra, sócio da BTR Educação e Consultoria e membro de conselhos de varejistas. A região Sul responde pela segunda maior fatia no consumo das famílias no país, com 18,3% do bolo - perde para Sudeste (49%) e supera o Nordeste (17,8%), segundo a “IPC Maps”, com dados de 2023. Segundo o Climatempo, há expectativa de chuvas fortes no Rio Grande do Sul até a próxima quarta-feira."
Fonte: Valor Econômico, 13/05/2024
Governos se aliam a setor de seguros para reduzir impactos de catástrofes no mundo
"A tragédia no Rio Grande do Sul trouxe à tona uma questão incômoda: o país não está preparado para enfrentar situações catastróficas. Com eventos climáticos se tornando mais frequentes e severos, o setor de seguros e resseguros se posiciona como um dos principais aliados para a implementação de soluções que possam reduzir ou até prevenir os impactos de enchentes, deslizamentos e outras ocorrências. Algumas regiões do globo enfrentam eventos catastróficos com recorrência e as soluções adotadas por governos locais podem inspirar o Brasil a criar uma rede de proteção à população mais vulnerável. Em países na rota de furacões do Atlântico Norte, como as nações do Caribe e o México, os governos costumam criar “fundos de resseguro”, que servem tanto para subvencionar a aquisição de apólices pela população e pequenas empresas, como também viabilizar a reconstrução das áreas atingidas por meio das próprias indenizações recebidas das coberturas.."
Fonte: Valor Econômico, 12/05/2024
Política
Só 0,13% do valor das emendas parlamentares vai para prevenção
"As emendas apresentadas pelos parlamentares federais para ações orçamentárias diretamente relacionadas à prevenção e à recuperação de desastres em 2024 somaram R$ 59,2 milhões até o dia 3 de maio. O valor corresponde a apenas 0,13% dos R$ 44,7 bilhões de recursos reservados no Orçamento deste ano para os congressistas. Os dados foram levantados pela ONG Contas Abertas, especializada no acompanhamento de gastos públicos nas três esferas da federação, a partir de informações disponíveis nos portais Siafi e Siga Brasil. O valor foi levantado até o dia 3, quando a destruição causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul ainda estava ganhando repercussão nacional. Por isso, os dados mostram o comportamento dos parlamentares e do empenho das emendas antes da tragédia no Estado gaúcho. O valor total de emendas também não considera a recomposição de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão."
Fonte: Valor Econômico, 13/05/2024
Entes públicos dividem responsabilidade por cuidar do meio ambiente
"Diante da tragédia no Rio Grande do Sul, fica difícil atribuir, segundo advogados, de quem seria a responsabilidade: se da União, Estados e municípios. Todos os entes são responsáveis por cuidar do meio ambiente, segundo o artigo 23 da Constituição Federal, que atribui a competência de todos para o combate à poluição, preservação de florestas, promoção de melhorias nas condições habitacionais e saneamento básico, entre outras obrigações. Contudo, é dever municipal, nas situações locais, pensar em mecanismos de escoamento, zeladoria da cidade, preservação de áreas verdes, planos de monitoramento e evacuação. Mas quando se tratam de catástrofes climáticas, ainda existem lacunas na legislação que não permitem atribuir com muita clareza a responsabilidade de cada um. Segundo o professor de Direito Ambiental da PUC-SP Cogeae e presidente da Comissão do Comércio de Carbono e Mudanças Climáticas do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), Rodrigo Jorge Moraes, existe essa obrigação mais direta dos municípios, mas muitos deles têm um baixo orçamento e dependem de repasses do Estado e União. “A responsabilidade então acaba sendo de todos”, diz."
Fonte: Valor Econômico, 13/05/2024
Internacional
Empresas
Investidores independentes pedem que a Equinor alinhe sua estratégia com as metas climáticas
"Dois dos dez maiores investidores da Equinor apoiarão uma resolução dos acionistas que pede que a empresa petrolífera alinhe sua estratégia com as metas climáticas globais, que será votada na assembleia geral anual da empresa na terça-feira. Apresentada por um grupo de investidores liderados pela Sarasin & Partners, sediada no Reino Unido, a resolução pede que a produtora norueguesa de petróleo e gás especifique como todos os planos para o desenvolvimento de novas reservas de petróleo e gás são compatíveis com as metas do Acordo de Paris. A Storebrand Asset Management e a KLP - sétimo e oitavo maiores acionistas da Equinor, respectivamente - disseram à Reuters que votariam a favor da moção."
Fonte: Reuters, 13/05/2024
Política
G20 discute potencial de US$ 7,7 tri em bioeconomia e o papel dos biocombustíveis
"A segunda reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, que chegou ao fim nesta quinta-feira (09), discutiu o potencial de US$ 7,7 trilhões em negócios com a adoção da bioeconomia circular. A estimativa foi apresentada no recente relatório do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês). O documento intitulado “Uma oportunidade de negócio que contribui para um mundo sustentável” aponta que a utilização de produtos de base biológica em setores que vão desde energias alternativas até indústrias farmacêuticas e de embalagens é capaz de movimentar trilhões até 2030. Na abertura do encontro, (7/5), a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, destacou a necessidade de superar falsas disputas entre bioenergia e segurança alimentar."
Fonte: Epbr, 10/05/2024
Países da UE aprovam lei para reduzir as emissões de CO2 dos caminhões
"Os países da União Europeia deram sua aprovação final na segunda-feira a uma lei para reduzir as emissões de dióxido de carbono dos caminhões, que exigirá que a maioria dos novos veículos pesados vendidos na UE a partir de 2040 não tenha emissões. A lei imporá um corte de 90% nas emissões de CO2 dos novos veículos pesados até 2040. Isso significa que os fabricantes terão que vender uma grande parcela de caminhões totalmente livres de CO2, incluindo veículos elétricos e aqueles movidos a hidrogênio, para compensar as vendas remanescentes de novos veículos que emitem CO2 em 2040. Atualmente, a maioria dos caminhões nas estradas da Europa funciona com diesel, que produz emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos ligados ao câncer de pulmão e a doenças respiratórias. Os veículos pesados produzem um quarto das emissões de transporte rodoviário da Europa."
Fonte: Reuters, 13/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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