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Sabesp (SBSP3) deverá ter acionista de referência em modelo de privatização | Café com ESG, 15/02

Sabesp deverá adotar modelo com investidor de referência; Ministério de Minas e Energia formaliza conselho de administração da Petrobras.

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa se recuperou na semana passada, fechando em alta de 0,7%, enquanto o ISE também subiu 1,15%. Já o pregão de sexta-feira terminou em território negativo, com o IBOV e o ISE registrando queda de 0,15% e 0,19%, respectivamente. Na volta do carnaval, quarta-feira de cinzas, o IBOV fechou em queda de 0,78%, enquanto o ISE também recuou 1,1%.

• No Brasil, (i) do lado da governança corporativa, a privatização da Sabesp, prevista para junho, deverá adotar modelo que contemple um investidor de referência, preferencialmente uma empresa “operadora” - com participação de ao menos 15% na empresa, a operadora deverá se comprometer a não vender as ações por um prazo mínimo de cinco anos, com Equatorial, Cosan e Votorantim sendo apontadas como fortes candidatas ao cargo; (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) formalizou as indicações para o conselho de administração da Petrobras, cuja votação está prevista para o dia 25 de abril durante a assembleia geral ordinária (AGO) da companhia - os seis integrantes atuais da União no colegiado foram novamente indicados e outros dois candidatos foram acrescentados.

• No internacional, a Sony Honda Mobility, joint venture entre Sony e Honda, lançará três modelos de veículos elétricos até 2030 - a empresa pretende colocar um sedã no mercado em 2025, um SUV em 2027 e um compacto “acessível” em 2028 ou mais tarde, visando enfrentar a Tesla nos Estados Unidos.

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Brasil

Empresas

Raízen busca compradores para biogás e aposta em sinergia com etanol 2G

"A estratégia da Raízen para o biogás de agora em diante deve envolver sinergias com as unidades de etanol de de segunda geração (2G) da empresa, além do fechamento de contratos antes do início da construção de novas plantas, indicou o CEO da companhia, Ricardo Mussa, em entrevista coletiva na tarde de sexta-feira (9/2). A empresa segue com apetite para atuar no segmento de biogás, mas está avaliando os próximos passos desde o ano passado, e apenas deve iniciar uma nova planta se tiver “um bom contrato”. O executivo explicou que a equipe da Raízen está em busca de clientes. A companhia espera iniciar em breve a operação da segunda planta de biogás do portfólio, em Piracicaba (SP), com capacidade para 26 milhões de m³/ano de biometano. Localizada junto ao Bioparque Costa Pinto, a planta está em fase final de construção. “O mercado de biogás é muito incipiente. Então, estamos com uma velocidade mais devagar, esperando ter mais contratos”, disse o executivo. Produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar, o biogás é um dos produtos com maior potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa em relação aos combustíveis fósseis. No entanto, por questões logísticas, precisa de compradores locais. “A questão do biogás é a interligação com a rede, porque está realmente em pontos mais distantes”, disse o CEO da Raízen. Mussa destacou que a expansão das unidades de etanol 2G tende a favorecer os novos projetos de biogás, devido à disponibilidade de matéria-prima, a vinhaça. “É muito natural que as nossas plantas de biogás sigam as plantas de segunda geração, porque assim acaba tendo vinhaça quase o ano inteiro. (…) Eu vejo como uma fortaleza crescer o biogás em conjunto com a entrada da segunda geração”, disse.”

Fonte: Epbr, 09/02/2024

A empresa brasileira por trás do algodão regenerativo de Armani e Louis Vuitton

"Na moda, tudo começa com o material. Quem diz isso é o estilista italiano Giorgio Armani. Reconhecido por revolucionar a indústria da moda, Armani decidiu levar suas experimentações e modos de fazer não-tradicionais das passarelas de Milão para as fazendas em Rutigliano, na Puglia, no calcanhar da bota. A marca quer incentivar a produção de algodão regenerativo em seu país-sede e contratou a brasileira PretaTerra para analisar e monitorar as condições ambientais e fazer o planejamento técnico e financeiro de uma das primeiras plantações do tipo em toda a Europa. A indústria têxtil enfrenta cada vez mais questionamentos sobre sua cadeia de produção, que causa impactos ambientais da extração das matérias-primas ao descarte incorreto das peças. Em meados de 2022, a Armani e outras grifes, como Burberry e Mulberry, assinaram um manifesto pela moda regenerativa, com sistemas resilientes, ricos em biodiversidade e sem desmatamento. O documento foi lançado em parceria com a Circular Bioeconomy Alliance (CBA), iniciativa estabelecida pelo rei Charles III e da qual a PretaTerra é uma das fundadoras. Foi para colocar essa ideia em prática que a PretaTerra se tornou parceira da Armani. “O que nós fazemos é tirar a agrofloresta de um nicho, algo feito de forma muito entusiástica, no bom e no mau sentido, e trazer isso para larga escala”, diz Valter Ziantoni, cofundador e CEO da empresa. Ele e Paula Costa, cofundadora e CTO da PretaTerra, falam com o Reset da Itália, onde estão trabalhando com o Centro de Pesquisa e Estudos Agronômicos (CREA, na sigla em italiano) e agricultores locais para colocar o projeto em pé. A próxima parada é o Chade, no centro da África, onde a LVHM, dona das marcas Louis Vuitton, Dior e Tiffany, financia outro projeto de algodão regenerativo. “Uma vez utópica, a moda regenerativa finalmente começa a assumir uma forma tangível”, disse Armani, no anúncio da parceria.”

Fonte: Capital Reset, 14/02/2024

Sabesp deverá ter acionista de referência

"A privatização da Sabesp, prevista para junho, deverá adotar modelo que contemple um investidor de referência, preferencialmente uma empresa “operadora”, com participação de ao menos 15% na empresa e compromisso de não vender as ações por um prazo mínimo de cinco anos. Segundo fontes, hoje há pelo menos três grupos com esse perfil analisando o processo: Equatorial, Cosan e Votorantim. O Pátria também estaria estudando o investimento. Procuradas, as empresas não se manifestaram. A intenção é realizar o processo em duas etapas. Na primeira, haveria um leilão para definir o acionista de referência. Depois, seria feita uma oferta de ações na bolsa de valores, já com o sócio de referência previsto no próprio prospecto da oferta. O futuro contrato da concessão, que deve ser levado a consulta pública em breve pelo governo do Estado, prevê revisões tarifárias anuais, levando em conta investimentos realizados e índices de desempenho."

Fonte: Valor Econômico, 15/02/2024

Brasil, Azerbaijão e Emirados anunciam aliança de presidências da COP

"Os Emirados Árabes Unidos, enquanto presidentes da última COP28, e os seus sucessores, Azerbaijão e Brasil, anunciaram nesta terça-feira (13) o início de uma aliança sem precedentes para "melhorar a cooperação e a continuidade" das negociações da cúpula climática da ONU. Os 198 países signatários do acordo final da COP28, assinado em dezembro em Dubai, instaram as três presidências a trabalharem em conjunto em um "roteiro" para conter o aquecimento global a 1,5ºC em comparação com a era pré-industrial, a meta mais ambiciosa definida pelo Acordo de Paris de 2015. Esta "troika de presidências da COP" deve "garantir a colaboração e a continuidade necessárias para manter a estrela polar de 1,5ºC à vista de Baku a Belém e mais além", disse o presidente da COP dos Emirados, Sultan al Jaber, citado em um comunicado. Os atuais compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa colocam o mundo no caminho para aumentar entre 2,5 e 2,9ºC neste século, de acordo com cálculos da ONU. Na verdade, o limite de 1,5ºC pode ser alcançado nos cinco anos de 2030 a 2035, de acordo com as últimas estimativas do painel de especialistas climáticos da ONU (IPCC). Esses cientistas alertam que cada décimo de grau adicional intensifica e multiplica eventos climáticos extremos. Esta aliança, de acordo com o acordo final da COP28, deve "fortalecer significativamente a cooperação internacional e o ambiente internacional favorável para impulsionar a ambição no próximo ciclo de contribuições determinadas a nível nacional". Com essas contribuições, os signatários referem-se aos planos de redução de emissões de cada país (NDC, em inglês), que devem ser revisados para cima antes da COP30 na cidade de Belém, no Pará, em 2025.”

Fonte: Exame, 13/02/2024

Senado quer votação urgente de PL que flexibiliza licenciamento ambiental

"Um projeto de lei que pode resultar em mudanças profundas no processo de licenciamento ambiental está em discussão no Senado. A bancada ruralista e o lobby da indústria querem que o PL 2159/2021 seja encaminhado às comissões de Meio Ambiente e Agricultura ainda este mês e vá à votação em plenário o mais rápido possível. Há muito se discute a necessidade de uma legislação abrangente para o tema e que, ao mesmo tempo, desburocratize o processo. Hoje, empreendimentos que dependem desse tipo de liberação têm de cumprir exigências federais de caráter infralegal e se adequar a regras estaduais que variam bastante de uma jurisdição para outra. Mas o texto em análise, na prática, não resolve essas questões, segundo os críticos à proposta. Mais: ele rasga as regras de licenciamento atuais e coloca, no lugar, um modelo extremamente flexível, resultando em opiniões completamente divergentes. Entidades ambientalistas temem a aprovação da “mãe de todas as boiadas”, nas palavras de Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da coalizão de ONGs Observatório do Clima. Já na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tem atuação direta junto a parlamentares, a redação do PL deve ser comemorada. Ao Reset, o diretor de relações institucionais da CNI, Roberto Muniz, afirmou que o projeto é fruto de mais de 20 anos de debate no Legislativo. “[O PL] equilibra os diversos interesses e vê o desenvolvimento econômico e social como fator imprescindível para garantir mais proteção ao meio ambiente”, diz Muniz. Com uma atuação enfraquecida no Congresso e sem capacidade de formar consenso e liderança sobre os temas ambientais, a ala verde do governo caminha para ser derrotada, mais uma vez, na arena do Legislativo, repetindo os episódios vistos no ano passado, com a votação da lei dos agrotóxicos e o marco temporal das terras indígenas.”

Fonte: Capital Reset, 15/02/2024

Artigo aponta necessidade de medidas urgentes para preservar Amazônia

"Artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros aponta que se não forem tomadas medidas urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica. “A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades. Significa [redução de] uma quantidade substancial de floresta, o que influencia na quantidade de água, na quantidade de carbono que a floresta é capaz de manter e reciclar água”, diz a cientista Marina Hirota, professora do departamento de física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e uma das coordenadoras do estudo. O artigo é capa da revista científica Nature, publicada nesta quarta-feira, 14. Ele reúne 24 pesquisadores de todo o mundo, dos quais 14 são brasileiros. A pesquisa é financiada pelo Instituto Serrapilheira. Segundo Marina, dentre as medidas que podem ser tomadas para afastar a ameaça de colapso parcial da floresta, é o combate ao desmatamento: “essa seria uma ação importante e já está sendo feita”. Segundo a cientista, outra medida é a restauração ecológica a partir de meios eficientes, o que depende de diferentes modelos de governança dentro do Brasil e de outros países amazônicos. “Como fazer isso, acho que ainda é uma pergunta em andamento.”.”

Fonte: Exame, 14/02/2024

Governo envia lista de nomes para candidatos ao conselho da empresa

"O Ministério de Minas e Energia (MME) formalizou as indicações para o conselho de administração da Petrobras. A definição dos nomes se deu depois que circularam informações segundo as quais haveria embates no governo sobre os indicados para formar o colegiado a partir de abril, quando terminam os mandatos. Os seis integrantes atuais da União no colegiado foram novamente indicados e outros dois candidatos foram acrescentados. A assembleia geral ordinária (AGO) da Petrobras para eleição do conselho está agendada para 25 de abril. A Petrobras informou na sexta (9) que recebeu as indicações do Ministério. Sem citar nomes, a estatal afirma que os indicados passarão pelas avaliações de governança, incluindo os procedimentos internos da companhia. A Petrobras não informou prazos para concluir a análise.”

Fonte: Valor Econômico, 15/02/2024

Internacional

Empresas

Chinesa BYD planeja fábrica de veículos elétricos no México para exportar aos EUA

"A BYD, principal fabricante chinesa de veículos elétricos, planeja abrir uma fábrica no México, disse o chefe da subsidiária local da empresa ao “Nikkei Asia”. A ideia é estabelecer um centro de exportação para os Estados Unidos. “A produção no exterior é indispensável para uma marca internacional, e o México é um mercado-chave, com vasto potencial”, disse Zhou Zou, gerente nacional da BYD México. No quarto trimestre de 2023, a BYD passou a Tesla pela primeira vez em termos de volume global de vendas de veículos elétricos. Mas as vendas de veículos de passageiros da BYD estão concentradas na China e os mercados offshore representaram apenas 8% das vendas totais em 2023. À medida que procura expandir a sua presença global, a montadora está construindo novas fábricas no exterior, além de ampliar as exportações da China. A BYD abre instalações na Tailândia este ano e anunciou planos em dezembro para construir uma base de produção na Hungria dentro de três anos. Na América Latina, a BYD planeja gastar R$ 3 bilhões (US 605 milhões) para construir uma fábrica no Brasil. A BYD lançou um estudo de viabilidade para uma fábrica mexicana, e está negociando com autoridades governamentais a localização e outros termos para a planta. Zou não disse onde a BYD poderia construir, mas o Estado de Nuevo Leon, no norte, e a região de Bajio, no centro do México, parecem ser os principais candidatos. A Península de Yucatán e outros locais no sul do México também são opções possíveis. A maior vantagem de localizar capacidade no México envolve custos de exportação mais baixos para os Estados Unidos. O Acordo Estados Unidos-México-Canadá (antigo Nafta) impôs quotas de produção mais rigorosas na América do Norte para os fabricantes de automóveis que procuram beneficiar de exportações isentas de tarifas para o mercado dos Estados Unidos."

Fonte: Valor Econômico, 14/02/2024

HSBC cede à pressão dos investidores sobre as emissões dos mercados de capitais

"O HSBC começará a divulgar as emissões extrapatrimoniais em seu relatório anual no final deste mês, depois que os investidores pressionaram o banco para que parasse de omitir uma grande quantidade de dados de seus cálculos climáticos. A mudança significa que o maior banco do Reino Unido passará a incluir as emissões vinculadas a aumentos de capital sobre os quais presta consultoria a empresas de combustíveis fósseis, uma área que os investidores têm visto até agora como um ponto cego climático para os bancos. Os bancos geralmente incluem uma parte das emissões de seus clientes em sua pegada de carbono, com base em seus empréstimos à empresa. No entanto, esse cálculo tende a incluir apenas os empréstimos, e não as emissões ligadas às transações de mercados de capital, em que um banco ajuda seus clientes a obter financiamento, organizando emissões de ações ou títulos, por exemplo. Os bancos "têm o hábito de limpar suas ações e impactos para debaixo do tapete", disse um gestor de ativos que levantou a questão da divulgação com o HSBC. "Quando discutimos as emissões de carbono ligadas às finanças, temos o hábito de evitar as emissões facilitadas, o que é preocupante." Embora o HSBC tenha uma pontuação relativamente alta em relação à proporção de negócios verdes que facilita em relação aos negócios com combustíveis fósseis, de acordo com uma análise do Anthropocene Fixed Income Institute, ele manteve laços com empresas que bombeiam, movimentam e vendem combustíveis de novos campos de petróleo e gás, apesar do compromisso de parar de financiá-los diretamente. No ano passado, o HSBC trabalhou em um aumento de US$ 3 bilhões para a Greensaif Pipelines Bidco, que tem uma participação de 49% nos gasodutos da Saudi Aramco, e estava entre os bancos que conseguiram uma linha de crédito rotativo de US$ 3,3 bilhões para a italiana Eni, que também está expandindo sua produção de petróleo e gás. O banco se recusou a comentar sobre esses relacionamentos, mas disse que estava procurando "evitar uma saída repentina do setor bancário de produtores de petróleo e gás.".”

Fonte: Financial Times, 11/02/2024

El Niño dá sinais de despedida, mas cientistas já preveem La Niña

"Após um ano e meio de duração e sucessivos recordes de temperatura batidos, o El Niño deve se despedir no segundo semestre e dar lugar ao La Niña ainda neste ano. De acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a versão mais fria do fenômeno climático deve passar a vigorar entre julho e setembro, conforme documento da entidade, elaborado com base em uma série de modelos estatístico-climáticos. O El Niño ocorre com intervalos de dois a sete anos, e se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico na região do Equador. Isso causa a interrupção dos padrões de circulação das correntes marítimas e massas de ar, o que leva a consequências distintas ao redor do mundo. "Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo", disse Michelle L'Heureux, cientista do Climate Prediction Center. Na semana passada, um relatório do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicou que, apesar de El Niño estar classificado atualmente como forte, a intensidade do fenômeno deve mudar de moderada para fraca nos próximos meses, com possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre. Mensalmente, o documento é produzido e atualizado para garantir informações acerca do fenômeno e, assim, apoiar os órgãos federais e estaduais, além de contribuir para a tomada de decisões governamentais referentes ao País - o fenômeno afeta, por exemplo, a colheita. O La Niña é um fenômeno climático oposto, caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais do Pacífico e pela consequente queda nas temperaturas globais. No Brasil, ele costuma causar fortes chuvas nas Regiões Norte e Nordeste. No Sul, há elevação das temperaturas e seca.”

Fonte: Época Negócios, 12/02/2024

Oxford é criticada por aumentar os investimentos em combustíveis fósseis

"A Universidade de Oxford foi alvo de duras críticas depois que seu fundo patrimonial de £6 bilhões aumentou seu investimento em combustíveis fósseis apenas alguns anos depois de assumir um compromisso histórico com o desinvestimento. Embora seus investimentos sejam pequenos, a exposição indireta do fundo a combustíveis fósseis aumentou de 0,32% para 0,52% entre 2021 e 2022, de acordo com relatórios publicados. Cerca de £1 de cada £200 do fundo está agora investido em combustíveis fósseis. A universidade disse em 2020 que se livraria de todos os investimentos diretos em combustíveis fósseis após pressão contínua de alunos e acadêmicos. Mas isso não se aplica à exposição indireta mantida por meio de investimentos com gerentes de ativos externos. Zak Coleman, gerente de campanha da Invest for Change, uma campanha da Students Organising for Sustainability UK, acusou a universidade de usar "brechas" para continuar investindo em combustíveis fósseis. A queima de combustíveis fósseis é, de longe, o maior contribuinte para a mudança climática. "É extremamente preocupante ver a universidade explorando essas brechas em sua política já frágil para continuar investindo cerca de £31,2 milhões no setor de combustíveis fósseis, que está trabalhando tão arduamente para inviabilizar a ação climática." A Oxford Climate Justice Campaign, que liderou a iniciativa de desinvestimento na universidade, disse: "Essa notícia é um exemplo chocante de lavagem verde institucional e um tapa na cara dos alunos, funcionários, acadêmicos e ex-alunos que trabalharam incansavelmente pelo desinvestimento em combustíveis fósseis." O aumento da exposição aos combustíveis fósseis foi resultado dos movimentos do mercado, uma vez que os preços das ações de petróleo e gás subiram devido à crise energética, bem como de novos investimentos com gestores de ativos com participações em ações com uso intensivo de carbono. Antonia Coad, diretora de sustentabilidade e assuntos corporativos da Oxford University Endowment Management, que supervisiona o fundo patrimonial, disse que o fundo "implementou totalmente" os compromissos de desinvestimento da universidade.”

Fonte: Financial Times, 11/02/2024

Fábrica de energia solar da China gera suspeitas na zona rural de Ohio

"Na pacata cidade de Pataskala, Ohio, no meio-oeste americano, uma fábrica de 1 milhão de pés quadrados construída em uma antiga fazenda está marcada com uma placa: Illuminate USA. O prédio utilitário deve iniciar a produção este mês como um dos maiores fabricantes de painéis solares dos EUA. Em sua capacidade total, a fábrica de US$ 600 milhões empregará mais de 1.000 funcionários, dando um impulso à economia da comunidade rural nos arredores de Columbus, a capital do estado de Ohio. A fábrica é um exemplo do tipo de projeto que o presidente Joe Biden está divulgando em sua campanha para a reeleição, trazendo a fabricação para terra firme e transformando os EUA em um líder em tecnologias necessárias para descarbonizar os sistemas de energia. "Quando uma empresa como a Illuminate USA chega à nossa região, as pessoas realmente pensam: 'Uau, isso é incrível, isso é ótimo. Não são apenas empregos que pagam bem, mas é um emprego com o qual posso me sentir bem'", disse Angela Carnahan, do Ohio Means Jobs, um escritório de empregos. Nem todo mundo está tão animado. A Illuminate USA é uma joint venture entre a Invenergy, a maior desenvolvedora privada de energias renováveis dos EUA, e a Longi, a maior fabricante de painéis solares do mundo. Esse último parceiro levantou suspeitas locais por estar sediado na China. "Pataskala agora está infectada com o câncer conhecido como Partido Comunista Chinês", disse Jerry Forns, um morador, em uma reunião do conselho municipal em janeiro. "Alguém realmente acha que o PCC se importa com o fato de este país ter sido fundado em princípios judaico-cristãos?" A resistência contra o projeto ressalta o dilema dos formuladores de políticas dos EUA, que buscam construir uma cadeia de suprimentos doméstica para energia solar - a fonte de nova geração que mais cresce na rede elétrica dos EUA - em um país que não tem a proeza da China nessa tecnologia. A China produz mais de três quartos de todos os painéis e uma parcela ainda maior de seus insumos, como wafers, de acordo com a Agência Internacional de Energia. Kurt Wagner, diretor financeiro da Illuminate USA, disse ao Financial Times que a parceria com a Longi dá aos EUA a oportunidade de "realmente se atualizar na tecnologia".”

Fonte: Financial Times, 13/02/2024

A maior empresa de energia solar do mundo adverte o ocidente para não excluir os fornecedores chineses

"O maior fabricante de painéis solares do mundo alertou para o facto de a Europa e os EUA correrem o risco de uma descarbonização mais lenta das suas economias se restringirem a entrada de empresas chinesas nas suas cadeias de fornecimento de energias renováveis. A China domina o fabrico de painéis solares, sendo responsável por mais de 80% da produção mundial, após décadas de profundo apoio estatal, rápido crescimento da procura interna e intensa concorrência local. No entanto, os líderes políticos e industriais ocidentais têm apelado a uma maior diversidade da oferta no meio de um excesso de importações chinesas, bem como manifestado receios em matéria de segurança relativamente à utilização de componentes fabricados na China em infra-estruturas críticas. Dennis She, vice-presidente da Longi Green Energy Technology, que detém cerca de 20% do mercado mundial de módulos fotovoltaicos, disse ao Financial Times que os países ocidentais iriam "pelo menos abrandar" a sua transição para o abandono dos combustíveis fósseis se cortassem o fornecimento de energia solar chinesa. O custo dos painéis solares produzidos sem a participação chinesa em países como os EUA seria "o dobro". A Europa produz menos de 3 por cento dos painéis solares necessários para atingir o seu objetivo de ter 42,5 por cento da energia gerada por fontes renováveis até 2030. A importação de maiores volumes da China significaria mais empregos "a jusante" para além do fabrico de painéis, incluindo na construção de novos empreendimentos solares, bem como na engenharia, conceção e instalação. "Não é necessário eliminar a maior parte dos postos de trabalho a jusante para proteger 1% [dos postos de trabalho europeus no sector da energia solar] - não faz sentido", afirmou. Os avisos surgem num contexto de crescente preocupação ocidental de que os subsídios de Pequim às indústrias de tecnologias limpas - que também incluem a energia eólica, as baterias e os veículos eléctricos - tenham aumentado a capacidade de produção chinesa muito para além dos níveis necessários para satisfazer a procura interna, conduzindo a práticas comerciais desleais, uma vez que as fábricas chinesas inundam agora os mercados internacionais com exportações.”

Fonte: Financial Times, 15/02/2024

Sony e Honda planejam lançar SUV, sedã e compacto elétricos antes de 2030s

"A Sony Honda Mobility, joint venture entre Sony e Honda, lançará três modelos de veículos elétricos até o fim da década de 2020, apurou o “Nikkei Asia”. A empresa pretende colocar um sedã no mercado em 2025, um SUV em 2027 e um compacto “acessível” em 2028 ou mais tarde. Os três modelos vão enfrentar a Tesla nos Estados Unidos. A Sony Honda Mobility indicou anteriormente que o sedã elétrico será lançado sob a marca Afeela. É provável que os outros dois modelos sejam incluídos na linha. Os SUVs geralmente são mais espaçosos que os sedãs e oferecem mais opções de entretenimento, como sistemas de alto-falantes estéreo e monitores de vídeo. A joint venture pretende fortalecer sua estrutura de desenvolvimento à medida que expande sua linha de produtos. Em janeiro, começou a contratar engenheiros em meio de carreira. Pretende duplicar o seu quadro de pessoal para cerca de 500 colaboradores. Os três modelos compartilharão o mesmo chassi para reduzir custos e acelerar o desenvolvimento. O compacto pode ser comparável em tamanho ao Toyota Corolla e ao Volkswagen Golf. Espera-se que compartilhe peças com os veículos elétricos desenvolvidos de forma independente pela Honda. Os preços de varejo serão mantidos baixos com a ausência de equipamentos e funções.”

Fonte: Valor Econômico, 15/02/2024

Europa é rebaixada em índice de ação climática

"A Comissão Europeia recomendou esta semana uma redução de 90% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2040, em comparação com os níveis de 1990, uma proposta que precisará ser votada após as eleições deste ano. A revisão chega na mesma semana em que o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, avisa que o mundo acaba de ter o janeiro mais quente já registrado, dando continuidade à onda de calor que marcou o ano de 2023. E, contrariando expectativas, o bloco de países ricos e industrializados não está propondo uma meta totalmente alinhada com o objetivo do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C até o fim do século, mostra uma análise do Climate Action Tracker (CAT). De acordo com o grupo de pesquisa que monitora as ações climáticas governamentais, a ambição proposta pela comissão só estaria alinhada com 1,5˚C se acompanhada de um financiamento internacional significativamente maior. “A nova proposta para 2040 não pressupõe uma atualização da meta de 2030, embora a COP, por três anos consecutivos, tenha instado os países a aumentarem sua ambição para 2030. Não inclui uma eliminação gradual dos combustíveis fósseis e depende fortemente da captura e armazenamento de carbono fóssil (CCS)”, diz a análise. O CAT integra o segmento crítico às estratégias apoiadas no CCS, por acreditar que os investimentos nessa tecnologia mantêm o status quo de dependência dos combustíveis fósseis. Globalmente, o cenário para a captura de carbono está estagnado há três anos, em aproximadamente 40 milhões de toneladas de capacidade instalada, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Os projetos são caros, intensivos em energia e dependem de precificação do carbono para ter viabilidade econômica.”

Fonte: Epbr, 09/02/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)

Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)

Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)

Outros relatórios de destaque

Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)

Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)

ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Atenções voltados para a agenda de Lula em Nova York e os desdobramentos da Semana do Clima (link)

1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)

Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)


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