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Incêndio na COP30 interrompe negociações, com retomada esperada para hoje | Café com ESG, 21/11 

Aporte de US$ 1 bilhão da Alemanha para o TFFF; incêndio na COP30 interrompe negociações

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Com mercado fechado ontem por conta do feriado, no pregão de quarta-feira o IBOV e o ISE registraram leve queda de 0,73% e 1,22%, respectivamente.

• Na COP30, (i) o pavilhão dos países na zona azul da cúpula registrou um incêndio na tarde de ontem, impedindo a continuidade dos trabalhos – as reuniões plenárias devem ser retomadas hoje de acordo com a ONU, com a interrupção acontecendo em um momento delicado das negociações, o que deve comprometer o cronograma previsto pela presidência e pode estender as conversas; e (ii) na noite desta quarta, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a Alemanha aportará 1 bilhão de euros ao Fundo Florestas Tropicais (TFFF, na sigla em inglês), uma das principais apostas do Brasil para a COP30.

• No internacional, um governador regional japonês afirmou que permitiria uma retomada parcial da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo, enquanto o Japão tenta reviver seu setor nuclear e reduzir as importações de combustíveis fósseis – a aprovação pelo governador da Prefeitura de Niigata, Hideyo Hanazumi, eliminará o último grande obstáculo para a operadora da usina Tokyo Electric Power Co prosseguir com os planos de reiniciar um ou dois dos maiores reatores de Kashiwazaki-Kariwa.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Copel alerta que indenizações a eólicas e solares por corte de geração vão aumentar conta de luz

“Em evento da Copel nesta quarta-feira (19), o CEO da companhia, Daniel Slaviero, fez um alerta direto sobre a emenda aglutinativa da Medida Provisória 1304, que prevê indenização para usinas eólicas e solares quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determina cortes na geração — prática conhecida como “curtailment”. Segundo ele, se o governo sancionar esse trecho, a conta de luz pode ficar mais cara para os consumidores. A compensação prevê o pagamento via Encargos de Serviço do Sistema (ESS), sendo que a contará a partir de 1º de setembro de 2023, desde que os geradores desistam de ações judiciais. “Se houver sanção da emenda aglutinativa, haverá impacto para o consumidor”, afirmou Slaviero, no Copel Day, destacando que a mudança cria um custo adicional aos consumidores. A emenda cria uma regra para que geradores de energia solar e eólica sejam compensados financeiramente quando tiverem sua geração reduzida por ordem do sistema elétrico, quando usinas precisam produzir menos energia para evitar sobrecarga na rede. A MP aguarda decisão do governo federal sobre sanção ou veto. O Executivo, no entanto, já sinalizou a parlamentares que deverá vetar o dispositivo que prevê ressarcimento às usinas renováveis.”

Fonte: Valor Econômico; 19/11/2025

Incêndio em área da ONU na COP pode retardar negociações

“O pavilhão dos países na zona azul da COP30 registrou um incêndio na tarde desta quinta-feira, 20, por volta de 14h. O fogo foi controlado. O incidente impediu a continuidade dos trabalhos. As reuniões plenárias devem ser retomadas nesta sexta-feira, 21, de acordo com a ONU. A interrupção em um momento delicado das negociações deve comprometer o cronograma previsto pela presidência da COP30 e pode estender as conversas. A intenção era chegar a um texto final sobre temas importantes da conferência, como o mapa do caminho para o afastamento dos combustíveis fósseis, até a noite desta sexta-feira. A negociação estava em andamento, mas com divergências que a presidência da COP buscava sanar para cumprir o prazo. “Garantiremos, naturalmente, que toda a atividade plenária prevista para amanhã [sexta] seja aberta a todas as partes e observadores, além de transmitida ao vivo”, informou a ONU, em comunicado. O comunicado também informou que a presidência da COP30 e o secretariado estão trabalhando “em estreita colaboração para finalizar um plano de retomada das atividades da COP, que serão focadas nas negociações”, assim que o local for completamente avaliado e considerado totalmente seguro pelas autoridades de saúde e de combate a incêndios – a área foi reaberta às 20h40, após inspeção e liberação do Corpo de Bombeiros.”

Fonte: Valor Econômico; 21/11/2025

Após críticas de chanceler a Belém, Marina anuncia aporte de 1 bilhão de euros da Alemanha em fundo florestal do Brasil

“Na noite desta quarta (19), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a Alemanha aportará 1 bilhão de euros ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), uma das principais apostas do Brasil para a COP 30. O anúncio chega em meio à polêmica criada pela declaração do chanceler alemão, Friedrich Merz, que afirmou que jornalistas alemães “ficaram contentes” em deixar Belém. O aporte da Alemanha, de 1,15 bilhão na conversão para dólares, era aguardado desde a Cúpula de Líderes, há duas semanas. Mas o momento foi uma surpresa, pois, até o fim da tarde, a informação de fontes oficiais da Alemanha era de que não haveria anúncio de investimentos no TFFF por ora. A expectativa do governo brasileiro era de um valor no patamar da Noruega, que destinará o montante de 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 15,9 milhões). Assim, o fundo já tem garantidos cerca de 6,7 bilhões de dólares, se aproximando mais da meta anunciada para o primeiro ano: 10 bilhões de dólares. Além de Alemanha e Noruega, O Brasil e a Indonésia prometeram 1 bilhão de dólares (R$ 5,30 bilhões) cada, enquanto a França desembolsará 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões). Holanda e Portugal vão contribuir com apoios menores. Marina Silva celebrou o anúncio da Alemanha. — Foi graças a todo o esforço que vem sendo feito e é uma demonstração de que de fato esse instrumento de financiamento global é muito bem desenhado e estruturado, e começa a dar as respostas — disse a ministra.”

Fonte: Globo; 19/11/2025

Internacional

Turquia vence disputa com Austrália e vai sediar COP31

“Depois de mais de dois anos de impasse, está decidido que a COP31 vai acontecer na Turquia, mas com um arranjo inédito. Os turcos ocuparão a presidência da COP, mas as negociações serão lideradas pelos australianos, que estavam na disputa para receber a próxima Conferência do Clima da ONU. Não há detalhes sobre a divisão de tarefas na prática. A condução das negociações é parte essencial das atribuições da presidência das COPs, e o trabalho de costura se dá ao longo de todo o ano pelos diplomatas do país anfitrião, culminando na reunião de duas semanas. O pleito da Austrália era conjunto com os países-ilha do Pacífico, que estão entre as nações mais ameaçadas pela mudança do clima. Eleito em maio, o premiê australiano, Anthony Albanese, havia prometido em sua campanha que levaria a conferência para a cidade de Adelaide. A COP31 vai ser realizada em Antalya (foto), cidade na costa mediterrânea da Turquia conhecida por suas praias de água azul turquesa. As datas ainda não foram anunciadas.”

Fonte: Capital Reset; 19/11/2025

COP30 chega ao penúltimo dia sem nova proposta de roteiro para reduzir combustíveis fósseis

“Na manhã do penúltimo dia de COP30, o tema dominante nas rodas de conversas entre observadores e ativistas era, ainda, o discurso do presidente Lula no dia anterior. A grande indagação é que tipo de menção aos combustíveis fósseis, os grandes vilões da crise do clima, o presidente do Brasil estaria apoiando no texto final da conferência. A menção que Lula faz a um “mapa do caminho” para “diminuir a emissão de gases do efeito-estufa” foi bem acolhida pelo grupo de mais de 80 países que declararam ontem apoio público à medida, mas nas entrelinhas da fala do presidente também havia a mensagem de que ele gostaria de tratar desse assunto “sem impor nada a ninguém, sem determinar prazo”. A menção a combustíveis fósseis que já existe no esboço inicial do texto é considerada fraca pelo bloco de apoio que se formou, por não implicar um comprometimento maior dos países na “transição para longe dos combustíveis fósseis”, expressão já acordada entre os membros do Acordo de Paris dois anos atrás.”

Fonte: Globo; 20/11/2025

UE quer baixar resistência ao fim dos fósseis

“O comissário para o clima da União Europeia (UE), Wopke Hoekstra, defendeu o uso de uma linguagem mais flexível para baixar a resistência dos países ao fim dos combustíveis fósseis. “Se vamos chamar isso de ‘roadmap’ ou usar outra palavra é secundário”, disse. “Acreditamos que há mérito em tornar esse grupo maior e mais forte.”Sobre outro ponto sensível das negociações na COP30, relacionado à triplicação do financiamento para adaptação, o comissário afirmou haver uma “grande oportunidade de garantir que a maior parte dos recursos chegue aos que mais precisam”, algo que, segundo ele, o bloco defende de forma consistente. Ele ressaltou, porém, que os europeus não pretendem reabrir “de forma alguma” uma nova meta coletiva de financiamento climático.”

Fonte: Valor Econômico; 20/11/2025

Malásia suspende mineração de terras raras e estanho após água de rio ficar azul

“O governo da Malásia suspendeu as operações em uma mina de terras raras e em duas minas de estanho em Perak, no oeste do país, após uma investigação sobre denúncias de que um trecho do rio Sungai Perak havia ficado azul brilhante, informou o Ministério de Recursos Naturais e Meio Ambiente. O ministro Johari Abdul Ghani disse ao Parlamento, na quarta-feira, que as autoridades abriram uma investigação após relatos sobre a mudança de cor da água em uma parte do rio Perak, o segundo maior da península malaia. Segundo Johari, as apurações iniciais identificaram despejos no local de mineração de terras raras operado pela MCRE Resources Sdn Bhd que coincidiam com a cor observada no rio. Avaliações de radiação na área também chegaram a 13 becquerels. O valor é considerado muito acima do limite de 1 becquerel, estabelecido no relatório inicial de impacto ambiental do projeto, acrescentou. “A investigação agora se concentra no tipo de produtos químicos utilizados no processo de mineração e se isso está de acordo com as informações fornecidas às autoridades”, afirmou o ministro.”

Fonte: Valor Econômico; 20/11/2025

Rascunho do acordo COP30 abandona esforço para acordo de transição para combustíveis fósseis

“O presidente da cúpula COP30, Brasil, divulgou um texto preliminar para um acordo proposto para a cúpula climática da ONU deste ano no início da sexta-feira, abandonando uma proposta para desenvolver um plano global para se afastar dos combustíveis fósseis, que havia sido incluída em uma versão anterior. A questão tem sido uma das mais controversas na conferência de duas semanas com quase 200 governos na cidade amazônica brasileira de Belém. Por dias, as nações têm disputado sobre o futuro dos combustíveis fósseis, cuja queima emite gases de efeito estufa que são, de longe, os maiores contribuintes para o aquecimento global. Uma primeira versão do rascunho do acordo no início desta semana continha um conjunto de opções para a linguagem sobre o assunto.
Dezenas de nações, incluindo Alemanha, Quênia e estados insulares de baixa altitude, têm pressionado fortemente por um “roteiro” que defina como os países devem cumprir uma promessa feita na COP28 há dois anos de fazer a transição dos combustíveis fósseis. A Arábia Saudita e outras nações produtoras de petróleo estavam se opondo a isso, disseram negociadores na COP30 à Reuters. O escritório de comunicação do governo saudita não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail.Uma primeira versão do rascunho do acordo no início desta semana continha um conjunto de opções para a linguagem sobre o assunto. Dezenas de nações, incluindo Alemanha, Quênia e estados insulares de baixa altitude, têm pressionado fortemente por um “roteiro” que defina como os países devem cumprir uma promessa feita na COP28 há dois anos de fazer a transição dos combustíveis fósseis.”

Fonte: Reuters; 21/11/2025

Governador regional do Japão aprovará a retomada da maior usina nuclear do mundo

“Um governador regional japonês disse na sexta-feira que permitiria uma retomada parcial da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo, enquanto o Japão tenta reviver seu setor nuclear e reduzir as importações de combustíveis fósseis. A aprovação pelo governador da Prefeitura de Niigata, Hideyo Hanazumi, eliminará o último grande obstáculo para a operadora da usina Tokyo Electric Power Co (TEPCO) (9501.T), para prosseguir com os planos de reiniciar um ou dois dos maiores reatores de Kashiwazaki-Kariwa. Hanazumi ainda precisará buscar a votação de confiança da assembleia da prefeitura sobre sua decisão durante a sessão ordinária que começa em 2 de dezembro. Uma retomada seria a primeira para a TEPCO desde o tsunami de março de 2011 que destruiu sua usina de Fukushima Daiichi. Também seria um avanço para o Japão, que após o desastre parou todos os 54 reatores nucleares em operação na época, deixando-o fortemente dependente das importações de combustíveis fósseis, vulnerável a choques de produção e interrupções no fornecimento. Os moradores de Niigata continuam divididos entre os que apoiam a retomada e os que se opõem, disse Hanazumi, acrescentando que fornecer informações precisas sobre medidas de segurança deve ajudar a aumentar a conscientização entre os que vivem na região.”

Fonte: Reuters; 21/11/2025

EUA têm difícil missão em romper domínio da China em terras raras

“Os Estados Unidos têm declarado que domínio da China sobre as terras raras está chegando ao fim, com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, tendo dito em outubro ao Financial Times que o poder de influência de Pequim sobre os metais não duraria mais 24 meses. Em novembro, a China incrementou as restrições às exportações de terras raras e de ímãs, que são usados nos mais variados produtos, desde veículos elétricos até geladeiras, embora o presidente chinês, Xi Jinping, tenha acertado um alívio temporário com o presidente dos EUA, Donald Trump, segundo o qual a aplicação dos controles será adiada por um ano. O aumento nas tensões comerciais concentrou as mentes das autoridades americanas em deixar de depender da China para conseguir os minerais, em meio a uma corrida para desenvolver novas fontes e instalações de processamento. Alguns observadores, contudo, têm questionado o prazo de dois anos previsto por Bessent, dado o grau de controle da China sobre o setor e a complexidade e os custos de construir as minas e a capacidade de processamento que serão necessárias para substituir os fornecedores chineses.”

Fonte: Valor Econômico; 21/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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