Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,13% e 0,11%, respectivamente.
• Na política, (i) doze entidades do setor elétrico pediram, em carta aberta, que o presidente Lula vete três artigos (19, 22 e 23) do recém-aprovado projeto de lei das eólicas offshore (PL 576/2021), aprovado no Congresso Nacional em dezembro e que aguarda sanção presidencial - as entidades defendem a exclusão das emendas estranhas ao tema principal do projeto, que gerariam um custo de R$ 545 bilhões para os consumidores até 2050; e (ii) o presidente Lula sancionou esta semana a lei 15.082/2024, que trata do rateio dos Créditos de Descarbonização (CBIOs) do RenovaBio entre produtores de biocombustíveis e fornecedores de matéria-prima (sobretudo a cana, na produção de etanol) - a legislação, oriunda do PL 3149/2020, também endurece as penalidades por descumprimento das metas de descarbonização do programa.
• Do lado das empresas, a Constellation Energy anunciou ontem que assinou dois acordos com o governo dos EUA para fornecer mais de US$ 1 bilhão em eletricidade e serviços no setor nuclear - segundo a companhia, os acordos demonstram a crescente demanda por energia limpa proveniente de usinas nucleares e fornecem à Constellation os fundos necessários para realizar atualizações em seus equipamentos.
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Brasil
Empresas
Porto Alegre registra inundações no 1º dia do ano
"Ano novo, problemas antigos. O Rio Grande do Sul foi assolado por fortes chuvas no primeiro dia de 2025, o que levou a inundações e alagamentos em algumas cidades gaúchas. Foi o caso de Porto Alegre, onde choveu 88 milímetros nas últimas 24 horas — mais da metade do previsto para o mês de janeiro, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Na capital gaúcha, alguns bairros ficaram debaixo da água e registraram falta de luz. O segundo ato de posse do prefeito reeleito Sebastião Melo, na Usina do Gasômetro, precisou ser remarcado e ele foi para a Coordenação de Serviços da Cidade (Ceic) para monitorar os efeitos da chuva. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) informou nesta quinta-feira, 2, que faz um levantamento dos impactos no fornecimento de energia elétrica na cidade. O Climatempo alertou para o risco de tempestade hoje para a Região Sul e destacou que a causa é um deslocamento de uma frente fria no RS, associada a um ciclone extratropical que se desloca pela costa da Argentina. As áreas em risco para temporais também incluem Curitiba e Florianópolis e há chances de raios e fortes rajadas de vento de 60 km/h a 80 km/h. Em 1° de janeiro, o Rio Grande do Sul foi um dos locais mais quentes do Brasil e registrou temperatura de quase 38°C em São Borja e em São Luiz Gonzaga, segundo o serviço metereológico. Em Porto Alegre, os termômetros bateram os 34,5°C. Em um balanço divulgado em nota pelo governo federal no dia 31 de dezembro referente ao ano, o Rio Grande do Sul recebeu mais da metade dos recursos para cidades afetadas por desastres agravados pela mudança climática."
Fonte: Exame; 02/01/2025
Entidades pedem veto de Lula a ‘jabutis’ no projeto das eólicas offshore
"Doze entidades do setor elétrico pediram em carta aberta para o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete três artigos do recém-aprovado projeto de lei (PL) 576/2021, que estabelece o marco regulatório das eólicas marinhas (offshore), aprovado no Congresso Nacional em dezembro. O PL aguarda sanção presidencial. As entidades defendem a exclusão completa dos artigos 19, 22 e 23 do PL, por entenderem que eles "divergem significativamente do objetivo original do projeto". As emendas estranhas ao tema principal do projeto, que são conhecidas no meio político como "jabutis", gerariam um custo de R$ 545 bilhões para os consumidores até 2050, o que corresponde a um aumento de 9% nas tarifas de energia elétrica e R$ 22 bilhões por ano em custos adicionais para os consumidores. O PL foi de autoria do então senador Jean Paul Prates (PT-RN). Uma das emendas sobre as quais as entidades pedem a exclusão flexibiliza a contratação obrigatória de térmicas a gás natural, que foi estabelecida pela lei da privatização da Eletrobras, em 2021. Na época, a lei estabelecia compra de 8 GW, com geração mínima obrigatória (inflexibilidade) de 100%. No "jabuti, o volume foi reduzido em quase 50%, para 4,25 gigawatts (GW) e inflexibilidade de 70%. Outras emendas preveem a prorrogação dos contratos de térmicas a carvão para até 2050 e uma terceira estabelece a contratação obrigatória de quase 5 GW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), mesmo sem a necessidade de oferta."
Fonte: Valor Econômico; 02/01/2025
Política
Lula sanciona lei que muda rateio de receitas dos CBIOs e endurece penalidades do RenovaBio; entenda
"O presidente Lula (PT) sancionou esta semana a lei 15.082/2024, que trata do rateio dos Créditos de Descarbonização (CBIOs) do RenovaBio entre produtores de biocombustíveis e fornecedores de matéria-prima (sobretudo a cana, na produção de etanol). A legislação, oriunda do PL 3149/2020, de autoria do então deputado federal e atual senador Efraim Filho (União/PB), também endurece as penalidades por descumprimento das metas de descarbonização do programa. A tramitação da matéria, no Congresso, contou com o apoio tanto de agentes ligados à distribuição de combustíveis quanto da indústria sucroalcooleira. Confira a seguir os principais itens da lei recém-sancionada, cujo texto foi publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (31/12). O produtor da cana destinada à produção de biocombustível passa a ter direito a uma participação de, no mínimo, 60% das receitas com a comercialização de CBIOs referentes ao volume de etanol derivado da sua matéria prima. Esse percentual vale para quem fornece dados padrão. Já aqueles que conseguem apresentar informações mais detalhadas sobre a origem da matéria-prima (perfil específico), o que costuma garantir uma nota de eficiência energético-ambiental maior e, consequentemente, mais créditos, poderão receber 85% da receita adicional da venda de CBIOs. Os produtores das demais matérias-primas de biocombustíveis, como soja e milho, usados para a produção de biodiesel e etanol, respectivamente, poderão negociar a parcela de remuneração no âmbito privado. As metas de descarbonização do RenovaBio deverão ser cumpridas até 31 de dezembro de cada ano."
Fonte: Eixos; 02/01/2025
MME define nomes para GT que estudará novas políticas para combustíveis aquaviários, SAF e GLP
"O Ministério de Minas e Energia definiu a composição do grupo de trabalho responsável pelos estudos que subsidiarão o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em novas políticas para combustíveis aquaviários, de aviação e o gás liquefeito de petróleo (GLP) — com foco (mas não só) na descarbonização e concorrência. O GT será coordenado pelo diretor de Combustíveis Derivados de Petróleo do MME, Renato Dutra, e composto por mais 16 titulares. O grupo foi instituído, oficialmente, em agosto do ano passado pelo CNPE. Dentre as finalidades do GT estão a proposição da inclusão do combustível aquaviário sustentável na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), assim como a escalabilidade de combustíveis de baixo carbono no transporte aquaviário. Para o setor de aviação, o grupo deverá avaliar a necessidade de diferenciação tributária aplicada ao combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e mecanismos de financiamento. Devem ser analisadas, ainda, a assimetria na transmissão de preços no mercado de combustíveis de aviação e consequente impacto nas passagens aéreas. No segmento de GLP, o grupo será responsável por propor ações para a redução da pobreza energética, além de analisar a assimetria na transmissão dos preços do botijão."
Fonte: Eixos; 02/01/2025
Internacional
Empresas
Constellation Energy assina contrato de US$ 1 bi com o governo dos EUA
"A Constellation Energy assinou dois acordos com o governo dos EUA para fornecer mais de US$ 1 bilhão em eletricidade e serviços, o suficiente para financiar projetos de atualização que aumentarão a capacidade da maior frota nuclear do país. A empresa anunciou um contrato de dez anos, no valor de US$ 840 milhões, com a Administração de Serviços Gerais (GSA) para fornecer mais de um milhão de megawatts hora de eletricidade anualmente, a partir deste ano, de acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira (2). A Constellation também receberá US$172 milhões para medidas de economia e conservação de energia em cinco instalações da GSA. Os acordos demonstram a crescente demanda por energia limpa proveniente de usinas nucleares e fornecerão à Constellation os fundos necessários para realizar atualizações em seus equipamentos que acrescentarão cerca de 135megawatts de capacidade. A empresa disse que está planejando acrescentar pelo menos 1.000 megawatts às suas usinas nucleares por meio desses projetos, o que é mais ou menos comparável à adição de um novo reator inteiro. na Pensilvânia, com o apoio de um acordo de longo prazo para vender a produção para a Microsoft. "Esse acordo é outro exemplo poderoso de como as coisas mudaram", disse o CEO da Constellation, Joe Dominguez, no comunicado. "Com esse acordo, o governo dos Estados Unidos se une à Microsoft e a outras entidades para apoiar o investimento contínuo em energia nuclear confiável". As ações da Constellation subiram até 7,6% na quinta-feira."
Fonte: Bloomberg Línea; 02/01/2025
Morgan Stanley deixará coalizão climática global do setor financeiro
"O Morgan Stanley disse nesta quinta-feira que decidiu deixar a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), tornando-se o mais recente credor dos Estados Unidos a sair da principal coalizão climática global do setor financeiro. Embora a instituição não tenha dado nenhuma razão para sua decisão, os bancos têm sofrido pressão de alguns políticos republicanos sobre sua participação, com acusações de que qualquer medida para limitar o financiamento a empresas de combustíveis fósseis poderia violar regras antitruste. Apesar de deixar a NZBA, o Morgan Stanley disse em um comunicado que seu compromisso de ajudar a transição mundial para zerar as emissões líquidas de carbono "permanece inalterado". "Nosso objetivo é contribuir para a descarbonização da economia real, fornecendo aos nossos clientes a consultoria e o capital necessários para transformar os modelos de negócios e reduzir a intensidade de carbono", afirmou. O banco disse que também continuará informando sobre seus esforços em relação às metas estabelecidas anteriormente para 2030 de reduzir as emissões vinculadas à sua carteira de empréstimos. A decisão do Morgan Stanley segue medidas semelhantes tomadas nas últimas semanas pelo Citigroup, Bank of America, Wells Fargo e Goldman Sachs."
Fonte: Reuters; 02/01/2025
Política
China não deve cumprir meta ambiental que envolve aço menos poluente
"A China parece destinada a não cumprir uma meta ambiental de aumentar a produção de aço menos poluente, já que as taxas de uso de fornos mais limpos e novos estagnaram. A crise imobiliária também pesa sobre a demanda e os preços. O país é o maior poluidor do mundo, bem como seu maior produtor de aço, e os esforços para ter uma produção mais limpa do metal fazem parte de uma estratégia ambiciosa para atingir metas climáticas, mesmo que as autoridades também busquem sustentar o crescimento econômico em meio a uma desaceleração. Para o aço, as autoridades estabeleceram uma meta para que os fornos elétricos produzam mais de 15% da produção total até o final de 2025, de acordo com a Bloomberg. A taxa operacional média para esses fornos — que fundem aço antigo, evitando o uso de carvão — foi de 49% no ano passado, abaixo dos 54% em 2023, de acordo com o provedor de dados Fubao Information, sediado em Xangai, citando uma pesquisa com mais de 100 operações. Essa é a menor taxa desde 2021.Entre os inúmeros desafios econômicos da China, sua crise imobiliária tem sido uma das mais difíceis de resolver, com os preços das casas caindo em meio a um excesso de unidades não vendidas. Isso tem sido um sério obstáculo para a demanda por aço, prejudicando os preços e provocando temor entre os principais produtores. A World Steel Association colocou a participação do EAF na produção total da China em 9,9% em 2023."
Fonte: Exame; 02/01/2025
Estados republicanos contestam padrões de eficiência energética residencial de Biden
"Quinze estados liderados por republicanos e um grupo nacional de construtores de casas entraram na quinta-feira com uma ação judicial contestando os novos padrões mínimos de energia para moradias financiadas pelo governo federal estabelecidos pela administração do presidente democrata Joe Biden. Em uma ação judicial, abre nova aba apresentada em um tribunal federal em Tyler, Texas, os estados e a Associação Nacional de Construtores de Casas argumentaram que os padrões foram adotados de acordo com uma lei inconstitucional e sem levar em conta como eles afetariam a acessibilidade das moradias. O Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA e o Departamento de Agricultura dos EUA, que adotaram os padrões em abril como parte de um esforço mais amplo do governo para reduzir as emissões de carbono que contribuem para a mudança climática, não responderam aos pedidos de comentários. O procurador-geral de Utah, Sean Reyes, cujo estado é co-líder da ação judicial com o Texas, disse em um comunicado que eles estavam “buscando urgentemente uma reversão das agendas ambientais radicais que, se não forem alteradas, devastarão o sonho americano da casa própria”. Os padrões se aplicam a novas construções de moradias populares construídas com financiamento federal fornecido pelo HUD ou pelo USDA e abrangem isolamento, janelas, iluminação e sistemas de aquecimento e resfriamento, entre outros aspectos relacionados à energia de uma casa."
Fonte: Reuters; 02/01/2025
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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