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COP28 chega ao fim: O que você precisa saber?

Ao longo deste relatório, abordamos os principais desfechos da COP28, mais importante conferência climática do mundo

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Acordos importantes firmados, embora ambiguidade no texto final possa dificultar a implementação das ações

Após duas semanas de intensas negociações, a COP28 chegou ao fim em 13 de dezembro, um dia depois do previsto. Entrando para história como a conferência com o maior público presente, neste relatório, o 3° de uma série relacionada à COP28, reforçamos 2 resultados adicionais atingidos: (i) a conclusão e entrega do primeiro relatório de ‘Avaliação Global’; e (ii) a definição do acordo sobre combustíveis fósseis, com a ausência da menção de eliminação/redução gradual de seu uso, dando lugar a uma ‘transição’. De forma geral, embora reconheçamos que a COP28 foi bem-sucedida em impulsionar um movimento global em prol da ação climática, sendo um passo na direção certa ao trazer diferentes vozes para a mesa de negociação, vimos poucas garantias de que as metas presentes nos acordos firmados serão de fato atingidas, sem visibilidade de um claro cronograma e plano de ação adiante.


Série relacionada à COP28: O último de três conteúdos. Acompanhando a edição desse ano, o time de Research ESG da XP publicou uma série composta por três relatórios relacionados à COP28, incluindo um para iniciar a contagem regressiva com três temas para ficar de olho (acesse aqui) e outro com a nossa visão geral dos primeiros dias (acesse aqui).

#1. Primeira ‘Avaliação Global’: Preenchendo as lacunas. Visando medir o progresso na agenda do clima a cada cinco anos, a primeira ‘Avaliação Global’ (Global Stocktake, em inglês) entregue na COP28 reforçou que o mundo não está no caminho certo para atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar o aumento de temperatura em 1,5ºC até o final do século. Nesse contexto, o documento reforçou a necessidade dos países revisitarem suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), além de aumentarem seus compromissos financeiros para nações em desenvolvimento. Se, por um lado, a agenda do clima (e suas soluções) tenham sido colocadas em evidência, o que consideramos como um primeiro passo, por outro, sentimos falta de uma divulgação mais clara sobre (i) a posição atual dos países em relação as suas NDCs; e (ii) as principais lacunas para alcançar as metas climáticas globais no longo prazo, com uma linguagem vaga sobre os caminhos a serem seguidos.

#2. Falta de acordo sobre eliminação/diminuição gradual dos combustíveis fósseis; no lugar, uma ‘transição’. A COP28 contou com uma alta presença de representantes da indústria de combustíveis fósseis, com grandes expectativas acerca do papel desse setor nas negociações, além do estabelecimento de um possível plano de eliminação/diminuição gradual do uso de combustíveis fósseis. Contudo, a falta de consenso entre os quase 200 países presentes acabou por suavizar a linguagem do texto final, estabelecendo um acordo para uma transição gradual dos combustíveis fósseis para renováveis. Além disso, os países também acordaram em acelerar os esforços para a redução gradual do carvão unabated (ou seja, que não têm suas emissões compensadas). Na nossa visão, a ausência de prazos bem definidos para avaliar a transição provavelmente a atrasará, o que merece ser destacado.

Nossa visão em poucas palavras. Contando com uma forte participação do setor de combustíveis fósseis, a COP28 foi bem-sucedida em trazer o tema das mudanças climáticas para o centro da pauta global, sendo um passo importante na direção certa ao trazer diferentes vozes para a mesa de negociações. No entanto, embora reconheçamos que essa foi a primeira cúpula climática a concordar com um acordo histórico para a transição dos combustíveis fósseis, sentimos falta de um cronograma claro e de um plano de ação completo para guiar os países. Em uma perspectiva mais ampla dos resultados da conferência, apesar da assinatura de declarações importantes, observamos uma falta de garantia substancial de que as metas nelas descritas serão alcançadas.

Agora, as atenções se voltam para as próximas edições da conferência. Após a conclusão da maior edição da COP de todos os tempos, que contou com a participação de um público de cerca de 97.000 pessoas, incluindo mais de 150 chefes de Estado, as expectativas já se voltam para os próximos anos. Nesse contexto, destacamos a aprovação formal do Azerbaijão como país anfitrião da COP29, no próximo ano, e do Brasil (Belém) para a COP30, em 2025.

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