Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e ISE em alta de 0,26% e 0,30%, respectivamente.
• Do lado das empresas, com quase três mil encomendas e início de operação previsto para 2026, os eVTOLs (popularmente conhecidos como “carros voadores”) da Embraer passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – os carros voadores se assemelham, na estrutura, aos helicópteros, mas são feitos para viagens de curta distância, além de terem motor elétrico.
• Na política local, (i) a Câmara dos Deputados aprovou o PL do Combustível do Futuro, importante proposta do governo federal que tramitava havia seis meses na Casa, por 429 votos a favor e 19 contra – entre as principais alterações do texto inicial estão a inserção de metas para a mistura de biodiesel ao diesel de origem fóssil e a criação de um programa para estímulo ao biometano; e (ii) a relatora do projeto de lei do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), a deputada Marussa Boldrin, propôs que o Fundo Verde que será criado pela proposta possa ser utilizado para recuperação de resíduos sólidos, investimentos em gás natural, centrais hidrelétricas de até 50 MW e fontes de energia em imóveis rurais – antes, o projeto era voltado para financiar investimentos em desenvolvimento de tecnologia e produção de bicombustíveis.
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Brasil
Empresas
Com quase 3 mil encomendas, ‘carro voador’ da Embraer passa por regulamentação na Anac
“Com quase três mil encomendas e início de operação previsto para 2026, os eVTOLs (popularmente conhecidos como “carros voadores”) da Embraer passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no Brasil. Os carros voadores se assemelham, na estrutura, aos helicópteros, mas são feitos para viagens de curta distância, dentro de uma mesma cidade ou para cidades próximas. Outra característica comum dos eVTOLs é o motor elétrico. Os helicópteros são abastecidos com querosene ou gasolina. Também há diferenças nas asas, que podem ser fixas no carro voador, e no tipo de hélice. Recentemente, a Anac abriu uma consulta setorial para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação dos “eVTOLs” (sigla para “veículo elétrico de pouso de decolagem vertical”) que serão fabricados pela empresa brasileira. Conhecido como “carro voador”, o EVE-100, da Eve Air Mobility, empresa de mobilidade urbana da Embraer, será produzido em Taubaté (SP) e tem como objetivo tornar os voos urbanos mais acessíveis à população”
Fonte: Globo, 13/03/2024
Fortescue propõe realocação de subsídios para impulsionar indústria do hidrogênio verde
“O presidente da mineradora Fortescue no Brasil, Luis Viga, defendeu nesta quarta-feira (13), em evento promovido pela BloombergNEF, em São Paulo, a necessidade de incentivos governamentais para a indústria de hidrogênio verde no Brasil. Viga propôs a realocação de subsídios atualmente direcionados ao petróleo e gás para financiar o desenvolvimento do hidrogênio verde, considerado uma alternativa mais limpa e sustentável. Atualmente, o hidrogênio verde é cerca de três vezes mais caro que o hidrogênio cinza, obtido a partir da queima de combustíveis fósseis. Para que o hidrogênio verde seja competitivo, é necessário que seu custo caia para US$ 2 por quilo até 2030. O custo atual do hidrogênio verde está entre US$ 5 e US$ 6 por quilo. De acordo com o executivo, sem competitividade, ainda é muito difícil para que os memorandos de intenções assinado entre empresas se transformem de fato em contratos. Viga argumenta que o governo não precisa investir diretamente na indústria de hidrogênio verde. O investimento seria feito pelas grandes empresas do setor, o que geraria impacto positivo no PIB por meio de impostos.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Brasil foi 3º país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis em 2023
“O Brasil foi o terceiro país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis em 2023, totalizando mais de US$ 25 bilhões, segundo dados do relatório Energy Transition Investment Trends 2024, publicado pela BloombergNEF (BNEF), atrás apenas de China e Estados Unidos. Considerando todos os segmentos da transição energética e tecnologias de baixo carbono, o investimento no Brasil totalizou US$ 34,8 bilhões, aí ficando atrás de China, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e França. O montante global aumentou 17% em 2023, atingindo US$ 1,77 trilhão, e a China liderou os aportes com US$ 676 bilhões investidos em 2023, ou 38% do total global. Em evento em São Paulo, o CEO global da empresa, Jon Moore, explica que a energia solar ganha cada vez mais tração no fluxo dos recursos. Entretanto, em 2024, os transportes elétricos têm liderado os gastos na transição energética no mundo, com incremento de 36% em 2023, para US$ 634 bilhões. “Apesar dos crescentes investimentos, eles ainda não são suficientes. Brasil, China, Indonésia, Índia, entre outros, são países que têm atraído recursos em transição energética”, afirma Moore.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Sucessão conturbada na Vale joga luz sobre governança das empresas
“Os ruídos no processo de sucessão na Vale jogam luz nas práticas de governança da mineradora, que começaram a ser questionadas pelo mercado e por um dos seus conselheiros de administração. Foi assim também, em um passado recente, com os escândalos da fraude contábil na Americanas. Na Vale, a tentativa de interferência do governo na escolha do futuro CEO da companhia tem prejudicado esse processo, com danos à imagem da empresa, já em xeque pelas tragédias ambientais de Mariana e Brumadinho. Desde o ano passado, quando Brasília tentou emplacar o nome de Guido Mantega, ex-ministro da Economia, na mineradora, as discussões viraram uma novela interminável — o que se viu desde o pedido de renúncia de um dos conselheiros independentes da empresa no início desta semana indica que essa disputa está longe de acabar. Os conselheiros da companhia racharam e a tentativa de acalmar os ânimos parecia ser o caminho de consenso, com o anúncio na sexta-feira (8) de que o atual presidente, Eduardo Bartolomeo, vai ficar até o fim do ano — estendendo de maio para dezembro sua permanência no cargo.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Neoenergia aprova lançamento de oferta de aquisição da Neoenergia Cosern
“O conselho de administração da Neoenergia aprovou o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) de ações ordinárias e preferenciais da Neoenergia Cosern, para a conversão do registro da companhia da Categoria A para a Categoria B. A OPA será destinada à totalidade das ações em circulação de emissão da Neoenergia Cosern, que, nesta data, correspondem a 11,5 milhões de ações, ou 6,89% do total de ações. A oferta será precificada em R$ 13,73 por ação ON, R$ 15,10 por PNA e R$ 15,10 por PNB. A Neoenergia informa, porém, que não terá intenção de continuar com a OPA se a proposta for aceita por mais de um terço dos acionistas da Neoenergia Cosern a por acionistas titulares de mais de um terço e menos de dois terços das ações objeto da OPA. A empresa também não dará continuidade ao processo caso não seja obtida a aprovação para conversão de registro da companhia por acionistas titulares de mais de dois terços das ações objeto da OPA habilitadas para o leilão.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Urca Energia espera expandir fornecimento de biometano para clientes em outros estados
“Com contratos de fornecimento de biometano para grandes multinacionais no Brasil, como Ambev, Saint Gobain e L’Oreal, nas operações dessas empresas no Rio de Janeiro e São Paulo, o Grupo Urca Energia – que controla a Gás Verde – vê oportunidades para atender esses mesmos clientes em outros estados. “Ambev, L ‘Oreal, Saint Gobain, todos eles estão endereçando esse tema com a gente, em uma estratégia nacional. Hoje, estamos em sete estados e eles estão insistindo para avançarmos em parceria com eles, para expandir essa solução para todos os estados onde estamos”, disse Maurício Carvalho, diretor executivo da companhia, durante conversa com jornalistas nesta terça (12/3). A companhia, além da Gás Verde, controla a Eva Energia, Urca Trading e Urca Gás, e atua no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Segundo Carvalho, apesar de não haver planos concretos de internacionalização da Gás Verde, as empresas parceiras também têm demonstrado interesse em replicar o uso do biometano para descarbonizar suas atividades nas suas instalações fora do Brasil. “Já identificamos a oportunidade, mas não engajamos, porque antes de conquistar o mundo, temos que conquistar o Brasil primeiro”, pontuou o executivo.”
Fonte: Epbr, 13/03/2024
As ações da Yduqs para democratrizar o acesso à educação
“Desde 2018, a Yduqs, grupo de empresas de ensino superior, já agiu na alfabetização de mais de 1300 jovens e adultos, ação que envolve professores e alunos como mentores em seis Estados. O Projeto de Alfabetização e Letramento atua na região onde as unidades estão presentes, com aulas nos horários em que as salas estão vazias, como durante alguns períodos da tarde ou ao fim da noite. Para esse projeto, a Yduqs criou um método próprio de letramento que busca a autonomia do aluno, como no uso do transporte público e idas ao médico, e que leva em torno de cem horas para que ele consiga ler e escrever frases básicas. A empresa pretende criar um segundo nível do curso, que vai aprofundar o aluno em leituras mais complexas. A iniciativa faz parte das ações do Instituto Yduqs, braço social da empresa, criado há três anos. Segundo Claudia Romano, head de ESG e presidente do Instituto, a necessidade de criá-lo veio com a consciência de que a empresa poderia colocar mais gestão nas práticas que já existiam, como a de democratização da educação.”
Fonte: Exame, 13/03/2024
Política
Relator desiste de aumento obrigatório de biodiesel no diesel e projeto deve ser votado hoje
“Relator do projeto de lei do “Combustível do Futuro”, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), desistiu de estabelecer um calendário obrigatório para aumento gradual da mistura do biodiesel ao diesel fóssil e também para adoção do biometano ao gás natural. A expectativa dele é que as mudanças abram caminho para a votação do projeto no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13). “Fizemos um texto com os avanços possíveis, mas o projeto aponta um rumo muito claro para o país”, afirmou, após protocolar o novo parecer. O relatório prevê agora um piso de 13% para a mistura do biodiesel no diesel fóssil, patamar que não existe hoje, e a possibilidade de que chegue a 25% por decisão técnica do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). No governo Bolsonaro (PL), o percentual chegou a cair para 10% para tentar diminuir a alta no preço do combustível e, atualmente, está em 14%. Jardim, porém, abriu mão do aumento gradual e obrigatório da mistura. O relatório original dele estabelecia uma “escadinha” de um ponto percentual por ano, começando em 15% em 2025 e chegando a 20% em 2030. Mas isso enfrentou resistência dos caminhoneiros e setores de transporte de carga, e o texto que vai a voto terá esta tabela apenas como “meta”.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Relatora inclui gás natural e resíduos sólidos em projeto para transição energética
“Relatora do projeto de lei do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), a deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) propôs que o Fundo Verde que será criado pela proposta possa ser utilizado para recuperação de resíduos sólidos, investimentos em gás natural, centrais hidrelétricas de até 50 MW e fontes de energia em imóveis rurais. Antes, o projeto era voltado para financiar investimentos em desenvolvimento de tecnologia e produção de combustíveis renováveis, como etanol, bioquerosene de aviação, biodiesel, biometano, hidrogênio de baixa emissão de carbono e bioenergia com captura e armazenamento de carbono. As inclusões ocorrem por pressão de setores que querem se beneficiar das taxas menores dos empréstimos do fundo, que será administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O fundo servirá para cobrir, total ou parcialmente, o risco dos financiamentos concedidos por instituições financeiras para esses projetos. O lastro do Fundo Verde será composto por precatórios e direitos creditórios decorrentes de decisões judiciais transitadas em julgado em face da União e por crédito créditos tributários relativos ao IPI e PIS/Cofins.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
PL do Combustível do Futuro é aprovado na Câmara
“A Câmara dos Deputados acabou de aprovar o PL do Combustível do Futuro, importante proposta do governo federal que tramitava havia seis meses na Casa. O texto teve 429 votos a favor e 19 contra, e agora será encaminhado para avaliação no Senado. O projeto final traz mudanças em relação ao texto que havia sido enviado pelo governo, em setembro. Entre as principais alterações estão a inserção de metas para a mistura de biodiesel ao diesel de origem fóssil e a criação de um programa para estímulo ao biometano. As mudanças não são uma novidade por completo. No fim de fevereiro, o relator da proposta, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), já havia apresentado seu parecer, sugerindo alterações na proposta. A recepção havia sido difusa. Detalhes do texto haviam incomodado alguns setores, especialmente de petróleo e gás, . Integrantes do governo teriam ficado insatisfeitos com a possibilidade de perda de poderes envolvendo a mistura do biodiesel, prevista no relatório de Jardim.”
Fonte: Capital Reset, 13/03/2024
Tribunal brasileiro suspende ação penal contra ex-CEO da Vale por rompimento de barragem
“Na quarta-feira, um tribunal brasileiro suspendeu vários processos criminais contra o presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, pelo colapso mortal de 2019 de uma barragem de rejeitos em uma mina de propriedade da empresa. Um tribunal estadual de Minas Gerais disse em uma declaração à imprensa que os promotores públicos não apresentaram evidências suficientes de conduta criminosa por parte de Schvartsman. O tribunal disse que não havia discutido a inocência ou a culpabilidade do ex-CEO da Vale. O tribunal não respondeu a uma consulta da Reuters sobre o número de ações judiciais rejeitadas. A Vale disse que não estava envolvida na apelação de Schvartsman para a suspensão dos processos. Sua defesa disse em comunicado que a decisão reconhece a inexistência de qualquer ato ou omissão de sua parte com qualquer nexo de causalidade com o rompimento da barragem.”
Fonte: Reuters, 13/03/2024
Novo presidente da CME defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas
“Eleito presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13/3), o deputado Júnior Ferrari (PSD-PA) defendeu a exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas em conversa com jornalistas após assumir o cargo. A Mesa da CME será composta também por Hugo Leal (PSD-RJ) (1º vice-presidente), Samuel Viana (Republicanos-MG) (2º vice-presidente) e Carlos Veras (PT-PE) (3º vice-presidente). “Eu sou a favor da exploração da Foz, do petróleo, porque é a nossa realidade, é a nossa riqueza.E quem está por trás desse estudo? É a Petrobras, uma das maiores empresas do mundo, que tem experiência e já faz isso em alto mar, e consegue fazer na Foz do Amazonas, com certeza com segurança, preservando a questão ambiental, e o que vai gerar de empregos, de oportunidade e recursos para os municípios, para os estados, para a União”, disse.”
Fonte: Epbr, 13/03/2024
Internacional
Empresas
Montadoras japonesas cortarão produção na China por concorrência forte em veículos elétricos
“Nissan e Honda estão se preparando para reduzir sua capacidade de produção de veículos na China, apurou o “Nikkei Asia”, num momento em que as montadoras japonesas lutam para acompanhar a corrida de veículos elétricos contra os rivais chineses. A Nissan iniciará negociações com uma joint venture local nos próximos dias para reduzir a sua capacidade na China em até 30%, o que equivale a 500 mil carros anualmente. Atualmente, a empresa japonesa pode fabricar cerca de 1,6 milhão de carros na China todos os anos. A Nissan opera oito fábricas na China, em cidades como Hubei e Henan, através de uma joint venture com a chinesa Dongfeng Motor. A montadora japonesa irá reorganizar suas unidades, transferindo algumas que enfrentam uma demanda interna limitada às exportações para outras partes da Ásia. A produção da Nissan na China em 2023 recuou 24% em relação a 2022, para 793 mil veículos, caindo abaixo da marca de 1 milhão pela primeira vez em 14 anos. A Honda também quer reduzir a sua capacidade na China em 20%, para cerca de 1,2 milhão de veículos anualmente. A empresa está em negociações com parceiros locais e já comunicou aos principais fornecedores que irá cortar a produção.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Fabricantes de energia solar dos EUA em “situação terrível” com o aumento das importações
“Uma enxurrada de painéis solares produzidos na China está fazendo com que os preços atinjam baixas recordes nos EUA, o que é uma vantagem para os desenvolvedores de energia renovável, mas uma ameaça para os fabricantes de energia solar que tentam criar uma cadeia de suprimentos doméstica para a fonte de geração de eletricidade que mais cresce no país. A China, o principal fornecedor de equipamentos solares, dobrou a capacidade de produção no ano passado para mais de 1 trilhão de watts e agora produz quase três vezes mais painéis do que a demanda global, de acordo com a Agência Internacional de Energia e a Wood Mackenzie. Os preços globais dos painéis caíram 50% no último ano, chegando a 10 centavos de dólar por watt. O excesso de oferta fez com que as empresas de energia dos EUA dessem preferência às importações em detrimento dos painéis domésticos mais caros ao construírem novos complexos de geração de energia solar. Em resposta, os fabricantes norte-americanos afirmam que estão recuando em seus planos de expansão, apesar dos incentivos lucrativos disponíveis na Lei de Redução da Inflação, a lei climática histórica dos EUA.”
Fonte: Financial Times, 13/03/2024
A Enviva, gigante da energia da madeira, entra com pedido de falência
“Um dos maiores produtores mundiais de pellets de madeira vendidos a concessionárias de energia entrou com pedido de falência nos EUA, o que representa a queda de uma empresa vista pelos investidores como uma fonte promissora de energia verde. A Enviva estava em alta há apenas dois anos, quando as usinas elétricas do Reino Unido ao Japão começaram a converter o carvão em pellets de madeira como fonte de combustível. Os investidores deram à empresa uma capitalização de mercado de US$ 6 bilhões em seu auge. No entanto, para expandir a produção, a empresa norte-americana emitiu um grande volume de dívidas, pois o custo de operação de suas usinas de processamento de pellets de madeira aumentou. Além disso, uma negociação de commodities em que a Enviva entrou saiu pela culatra quando os preços da energia começaram a cair no inverno de 2022 a 2023, disse Pavel Molchanov, analista da Raymond James. “Essa empresa apostou essencialmente que o preço dos pellets de madeira permaneceria alto por um bom tempo”, disse ele, acrescentando que o inverno ameno do ano passado prejudicou os preços da energia, incluindo os pellets de madeira da Enviva.”
Fonte: Financial Times, 13/03/2024
“A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na quarta-feira que o governo do presidente Joe Biden está tomando medidas para garantir o sucesso da indústria doméstica de veículos elétricos (VE) diante das crescentes exportações da China no setor e dos pesados subsídios governamentais. Perguntada se os Estados Unidos precisam de novas tarifas sobre os VEs chineses, Yellen disse aos repórteres em uma nova fábrica de materiais de bateria em Kentucky: “Não quero me adiantar sobre onde estamos, mas é um compromisso que o presidente Biden assumiu (…) de que vamos querer que nossa indústria doméstica seja bem-sucedida”. À medida que a demanda chinesa diminui internamente em meio à turbulência econômica, suas crescentes exportações de veículos elétricos para os mercados globais dispararam o alarme em Washington sobre o potencial de causar danos às montadoras dos EUA, assim como seu excesso de capacidade em aço e alumínio dizimou os produtores de metais dos EUA nas últimas décadas.”
Fonte: Reuters, 13/03/2024
Shell reduz meta de emissões de carbono para 2030
“A Shell enfraqueceu sua meta de redução de carbono para 2030 e abandonou o objetivo para 2035, citando as expectativas de menores vendas de energia e a forte demanda por gás na transição energética, mesmo tendo afirmado um plano para reduzir as emissões a zero líquido até 2050. As mudanças nas metas são um pilar central da reformulação da estratégia do CEO Wael Sawan, que se concentra em projetos com margens mais altas, na produção estável de petróleo e no crescimento da produção de gás natural, a fim de aumentar os retornos. A rival BP tomou uma medida semelhante no ano passado, recuando em relação às metas de produção de petróleo e de redução de emissões, em face da crescente pressão dos investidores sobre as empresas para que aumentem os retornos. Em uma atualização anual sobre sua estratégia de transição energética na quinta-feira, a Shell disse que terá como meta uma redução de 15% a 20% na intensidade líquida de carbono de seus produtos energéticos até 2030, em comparação com os níveis de intensidade de 2016. Anteriormente, a meta era de um corte de 20%.”
Fonte: Reuters, 13/03/2024
Política
Orçamento público precisa considerar desigualdade de gênero, defendem autoridades na ONU
“Representantes dos governos da Austrália, Islândia e México se revezaram nesta terça-feira (12) para explicar a uma plateia de mais de 120 pessoas, 99% feminina, como cada um está aplicando o dinheiro do orçamento público em programas e políticas públicas que priorizem as mulheres. O painel “A igualdade de gênero como um imperativo econômico fundamental” aconteceu no principal evento anual das Nações Unidas (ONU) sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, a 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher, na sede da organização em Nova York. A ideia do painel era trazer exemplos de estruturas e processos governamentais que podem contribuir para a igualdade de gênero nos diferentes países. Um dos temas levantados é a redistribuição do orçamento público, de cidades, Estados e governo federal para minimizar efeitos desiguais de gêneros.”
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Banco EXIM dos EUA votará no projeto de petróleo do Bahrein, testando a promessa climática dos EUA
“A agência de crédito à exportação dos Estados Unidos votará na quinta-feira se apoiará um empréstimo de US$ 100 milhões para um projeto de perfuração de petróleo e gás no Bahrein, testando uma promessa climática dos EUA de parar de apoiar projetos que expandam o uso de combustíveis fósseis. Espera-se que a diretoria do United States Export-Import Bank aprove o projeto depois de votar no mês passado para notificar o Congresso sobre a possibilidade de apoiar a expansão de um campo de petróleo e gás no país do Oriente Médio com mais de 400 novos poços de petróleo e 30 poços de gás. O empréstimo do EXIM Bank à Bapco Energies não estaria em sintonia com a promessa do governo Biden de interromper o financiamento público de projetos de combustíveis fósseis no exterior, de acordo com legisladores democratas que se opõem ao empréstimo, bem como com ativistas ambientais.”
Fonte: Reuters, 13/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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