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Aliança Global para os Biocombustíveis será lançada entre Brasil, EUA e Índia | Café com ESG, 21/08

Brasil, Índia e EUA vão lançar formalmente uma Aliança Global para Biocombustíveis à margem da cúpula do G20; UE publica primeiras regras do seu imposto sobre importação de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Depois de 13º sessões seguidas no negativo, o Ibovespa e o ISE marcaram o primeiro pregão de alta na sexta-feira (+0,37% e +0,71%, respectivamente). Já na semana, o Ibov fechou em queda de -2,3%, e o ISE recuou -2,5%.

• Do lado das empresas, segundo a nova edição do estudo Tendência, a aposta da plataforma de e-commerce Mercado Livre em produtos mais sustentáveis tem dado certo, com o consumo desses itens crescendo 40% no Brasil, ficando acima da média da América Latina, cujo crescimento foi de 30% - nos últimos seis meses, as buscas por produtos sustentáveis ​​dobraram tanto no Brasil quanto na região.

• Na política, (i) Brasil, Índia e Estados Unidos vão lançar formalmente uma Aliança Global para os Biocombustíveis à margem da cúpula do G20, em setembro em Nova Deli, pavimentando o caminho para o etanol se tornar uma commodity internacional - a aliança, que vai atrair mais países, busca acelerar a implantação de biocombustíveis sustentáveis em apoio à transição energética global; e (ii) a União Europeia publicou as primeiras regras do seu imposto sobre importação de carbono, que entra em vigor em 2026 - a sobretaxa será a primeira no mundo deste tipo e visa evitar que as companhias do bloco transfiram sua produção para regiões do mundo onde as políticas climáticas são mais frouxas, englobando as indústrias de cimento, ferro e aço, alumínio, fertilizantes, eletricidade e hidrogênio.

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Brasil

Empresas

Mercado Livre: Brasil lidera crescimento da venda de produtos sustentáveis na América Latina

"A aposta da plataforma de e-commerce Mercado Livre em produtos mais sustentáveis tem dado certo, é o que aponta a nova edição do estudo Tendência de consumo online com impacto positivo. De acordo com a pesquisa, o consumo desses itens cresceu 40% no Brasil, ficando acima da média da América Latina, cujo crescimento foi de 30%. Os dados foram coletados no período de abril de 2022 a março 2023, entre os milhares de usuários do Mercado Livre no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai. Na prática, mais de 4,4 milhões de pessoas compraram mais de 7,6 milhões de produtos considerados sustentáveis ​​na América Latina no ano passado, sendo os consumidores do Brasil 60% do total -- um crescimento de 29% em relação ao levantamento anterior - na América Latina, o crescimento foi de 27%. No País, foram adquiridos 4,2 milhões de itens de impacto positivo, isto é, 55% do total desses produtos vendidos ​​na região. Nos últimos seis meses, as buscas por produtos sustentáveis ​​dobraram tanto no Brasil quanto na América Latina. Atualmente, são 130 buscas por minuto no país e 230 buscas por minuto na região. Em todos os países, o termo mais pesquisado foi bicicleta."

Fonte: Exame, 18/08/2023

Heineken promove parceria com Ultragaz, Raízen e M.O.E por energia renovável

"A Heineken se juntou à Ultragaz, Raízen Power e a My Own Energy (M.O.E) para promover iniciativas que facilitem o acesso à energia renovável por pessoas físicas, bares e restaurantes. Segundo a produtora de cervejas, os descontos na conta de luz chegam a até 20%. Desde o lançamento, em 2021, o programa Heineken Energia Verde alcançou a marca de R$ 1,3 milhão em economia para clientes e gerou 22 mil contratos, abastecidos por 140 mil placas solares. O projeto tem como meta alcançar 50% dos pontos de venda em 19 capitais até 2030. Para se inscrever no programa, o consumidor precisa fazer o cadastro na plataforma de forma gratuita. Para ter acesso ao benefício, é necessário que o usuário comprove o valor médio mensal de R$ 200 na conta de energia. Após a adesão ao programa, o prazo estimado para conversão e fornecimento de energia verde é de 120 dias. O desconto é possível pela compensação energética feita pelas empresas de energia Grupo Ultragaz, Raízen Power e M.O.E (My Own Energy). Por meio de usinas de fontes renováveis como solar, eólica, biomassa (materiais orgânicos) e biogás (aterro urbano) é gerada uma carga de energia nos geradores, que direcionam para a distribuidora local, responsável pela conexão com os endereços cadastrados. “O uso dessas energias gera créditos energéticos revertidos em desconto na fatura do consumidor. Quando a concessionária distribuidora recebe uma energia de uma empresa geradora, ela reduz a necessidade de obter energia de fontes tradicionais”, explica Ornella Vilardo, diretora de Sustentabilidade do Grupo Heineken, em nota."

Fonte: Valor Econômico, 19/08/2023

Rhodia lança portfólio de produtos carbono neutro

"A ambição de alcançar a neutralidade de carbono uma década antes do estabelecido e a forte demanda dos clientes por produtos que contribuam para redução de sua pegada de carbono levaram a Rhodia a mais uma iniciativa pioneira. Primeira a desenvolver a rota alcoolquímica no Brasil, a empresa de especialidades químicas que pertence à Solvay está lançando o primeiro portfólio de produtos químicos e têxteis carbono neutro do país e do grupo belga. “Somos uma empresa B2B e o mercado não quer só que a nossa operação seja neutra, mas que o nosso produto seja neutro. E isso é mais forte nas linhas que estão mais próximas do consumidor final”, disse ao Valor a presidente da Solvay na América Latina, Daniela Manique. Os dois produtos que inauguram o portfólio foram escolhidos justamente por apresentar maior demanda nesse sentido. Na área química, a escolha foi pelo ácido adípico Rhodiacid, um intermediário que é usado na produção de solados de calçados, lubrificantes, plastificantes, tintas, resinas e espumas, entre outras aplicações. No segmento têxtil, o escolhido foi o fio têxtil de poliamida Amni Carbon Neutral, usado na indústria de moda e vestuário."

Fonte: Valor Econômico, 21/08/2023

Nestlé lança bebidas prontas em garrafas com 50% de plástico reciclado; Head de ESG fala sobre desafios

"A destinação correta de resíduos é um tema que tem mobilizado atenção dado os danos à saúde humana e ao meio ambiente, por terra e mar. Encontrar caminhos para reduzir a produção de itens de uso único e aumentar a reutilização dos resíduos plásticos para a criação de novas embalagens é uma jornada que se impõe, com mais urgência, às grandes fabricantes. Em mais uma ação dentro desse contexto, a gigante de alimentos Nestlé anuncia que suas bebidas prontas em garrafinhas trarão nas embalagens 50% de plástico reciclado. A novidade, compartilhada em primeira mão com Um Só Planeta, contempla as marcas Nescau, Neston, Molico, Nescafé e Alpino, e elimina o uso de 563 toneladas de matéria-prima em 2023. Meta é chegar a 100% de conteúdo reciclado nas garrafinhas dentro de dois anos, com mais de mil toneladas de plásticos recuperados sendo transformados em novas embalagens, que trarão nos rótulos informações da inovação. A investida vai ao encontro do objetivo da Nestlé de reduzir 1/3 do plástico virgem das embalagens até 2025 e ter 100% das embalagens desenhadas para serem recicladas e/ou reutilizadas. Nessa jornada, a empresa tem buscado fortalecer parcerias voltadas ao aproveitamento de resíduos e a economia dos recursos, seja com cooperativas, seja com os concorrentes, em iniciativas como o movimento nacional Juntos pela Reciclagem, que reúne grandes empresas do setor pela gestão adequada de resíduos. Um dos desafios é tornar a matéria-prima reciclada mais barata que a virgem."

Fonte: O Globo, 20/08/2023

Política

Governo quer emplacar PL de combustíveis e agendas da transição energética até COP28

"O governo federal tem ambição de aprovar no Congresso, nos próximos 100 dias, um pacote de projetos associados à agenda de transição energética, incluindo o programa para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis e a regulamentação de novas tecnologias como eólicas offshore, disse à Reuters um secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A ideia é que o Brasil possa chegar à conferência climática COP28, que ocorre em Dubai entre o fim de novembro e início de dezembro, com posicionamento firme diante dos desafios globais de descarbonização, afirmou Rodrigo Rollemberg, secretário da pasta para Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria. Segundo Rollemberg, os esforços do governo na área estarão concentrados em quatro frentes: mercado de carbono, marco legal das eólicas offshore (no mar), o programa "combustível do futuro" e a regulamentação do hidrogênio verde." São projetos separados, mas todas essas coisas integradas têm uma convergência que dá sustentabilidade econômica a vários projetos que, sozinhos, teriam dificuldade de ter", explicou. Como exemplo, o secretário citou a possibilidade de que áreas degradadas recuperadas para a futura produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) possam gerar créditos de carbono a serem negociados sob a regulamentação que está sendo preparada pelo governo."

Fonte: Época Negócios, 18/08/2023

Lula, Biden e Modi lançarão a Aliança Global para os Biocombustíveis

"Brasil, Índia e Estados Unidos vão lançar formalmente uma Aliança Global para os Biocombustíveis (Global Biofuels Alliance, GBA) à margem da cúpula do G20, em setembro em Nova Deli, pavimentando o caminho para o etanol se tornar uma commodity internacional. A expectativa é de que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden e o primeiro-ministro Narendra Modi lancem a aliança num evento provavelmente no dia 10 de setembro, talvez com mais líderes do G20, simbolizando a importância da iniciativa para a transição energética global. A ideia da aliança partiu da Índia e deveria ter sido lançada em julho num encontro de ministros de energia do G20 em Goa. Mas os indianos concluíram que o potencial da iniciativa ‘era tão incrível’ que seria melhor lançá-la a nível de presidentes para dar mais peso político. A aliança, que vai atrair mais países, busca acelerar a implantação de biocombustíveis sustentáveis em apoio à transição energética global. Isso passa pela ampliação da cooperação técnica e tecnológica para a expansão do etanol e biodiesel e 'oferecer ao mundo uma proposta concreta e imediata de descarbonização do setor de transportes’."

Fonte: Valor Econômico,, 20/08/2023

Internacional

Empresas

UE anuncia primeira fase de imposto de importação sobre carbono

"A União Europeia publicou nesta quinta-feira, 17, as primeiras regras do seu mecanismo de ajuste de fronteira para o carbono, ou o imposto sobre importação de carbono. Também conhecido pela sigla em inglês CBAM, a sobretaxa será a primeira no mundo deste tipo e visa evitar que as companhias do bloco transfiram sua produção para regiões do mundo onde as políticas climáticas são mais frouxas. O CBAM engloba as indústrias de cimento, ferro e aço, alumínio, fertilizantes, eletricidade e hidrogênio e todos os produtos que incluam essas matérias-primas. Esses setores estão sujeitos às regras do mercado regulado de carbono do continente (ETS). O mecanismo entra em vigor em janeiro de 2026, mas os Estados-membros devem passar por um período de transição já a partir do próximo mês de outubro. Nessa fase inicial, as empresas terão apenas de declarar o carbono “embutido” em suas importações. O teste servirá como aprendizado para importadores, produtores e autoridades.“ A divulgação era considerada como necessária e urgente, especialmente considerando que os importadores já devem enviar o primeiro relatório até 31 de janeiro de 2024”, diz Antonio Augusto Reis, sócio da prática de direito ambiental e mudanças climáticas do escritório de advocacia Mattos Filho."

Fonte: Capital Reset, 18/08/2023

Morgan Stanley vê maior rigor em ESG como positivo para títulos

"A reação nos Estados Unidos contra as estratégias de investimento que incorporam questões ambientais, sociais e de governança (ESG) tem levado emissores a serem mais meticulosos ao classificar os títulos, uma mudança positiva para o setor de dívida ética de US$ 6 trilhões, de acordo com o Morgan Stanley. “Até certo ponto, alguns emissores dos EUA estão mais apreensivos por causa da resistência”, disse Melissa James, vice-presidente de mercados de capitais globais do banco de Nova York. Segundo ela, sem freios, o segmento teria criado “muita espuma”, destacando que agora “o mercado está amadurecendo.” O crescente ceticismo sobre a validade dos investimentos ESG nos EUA – alimentado em grande parte por líderes republicanos – faz com que investidores repensem como incorporam fatores de sustentabilidade em seus fundos de renda fixa. Agora, menos gestoras dizem que a sustentabilidade é um objetivo do fundo, de acordo com uma pesquisa do HSBC realizada de 31 de maio a 24 de junho. Enquanto isso, outras mantêm a estratégia, mas evitam a sigla “ESG”, de acordo com um levantamento no segundo trimestre com cerca de 300 usuários do terminal Bloomberg. O chamado “greenium”, que se refere à vantagem de preço que empresas podem obter ao buscarem financiamento no mercado ESG, evaporou em grande medida em meio à pressão política, o que afetou as vendas dos títulos nos EUA. Companhias levantaram cerca de US$ 31 bilhões em títulos ESG denominados em dólar neste ano até 17 de agosto, uma queda de 53% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pela Bloomberg."

Fonte: Valor Econômico, 18/08/2023

Política

EUA cobrarão tarifas de algumas empresas de energia solar por se esquivarem de taxas da China

"Os Estados Unidos irão finalizar nesta sexta-feira (18) uma decisão de impor tarifas de importação a fabricantes de painéis solares que concluíram seus produtos em países do Sudeste Asiático para evitar tarifas sobre produtos fabricados na China, de acordo com uma autoridade de alto escalão do Departamento de Comércio. A decisão, que em grande parte reflete uma descoberta preliminar feita pela agência em dezembro, foi contestada pelos compradores de painéis solares que dependem de produtos baratos fabricados no exterior para tornar seus projetos competitivos. No entanto, a decisão é boa notícia para a pequena indústria de fabricação de painéis solares dos EUA, que há anos enfrenta dificuldades para competir com os produtos chineses e está recebendo investimentos renovados devido a subsídios na lei histórica de mudança climática do presidente dos EUA, Joe Biden. A investigação do Departamento de Comércio constatou que unidades das chinesas BYD, Trina Solar, Longi Green Energy e Canadian Solar estavam se esquivando de tarifas norte-americanas sobre células e painéis solares chineses ao conduzir processamentos pequenos para finalizar seus produtos no Camboja, na Malásia, na Tailândia e no Vietnã antes de enviá-los ao mercado dos EUA."

Fonte: Época Negócios, 18/08/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Mineração & Siderurgia: Um setor desafiador, gradualmente buscando oportunidades; Gerdau à frente dos pares (link)

Orizon (ORVR3): Companhia segue como uma das melhores sob a cobertura da XP (link)

Cosan (CSAN3): Fortalecendo governança e impulsionando a agenda ESG em suas subsidiárias (link)

Outros relatórios de destaque

IDIVERSA: O índice da B3 composto pelas empresas melhores posicionadas em diversidade no Brasil (link)

Cúpula da Amazônia: Boas intenções, mas só parte delas traduzidas em metas claras(link)

ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)

Carteira ESG XP: Uma alteração para o mês de agosto (link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Cúpula da Amazônia em foco; Regras da UE para desmatamento geram debate; PETR4 e seu apetite para projetos de energia limpa (link)

Emissões ESG ganham força; JBSS3 e sua meta ‘Net Zero’ para 2040; RenovaBio é reforçado (link)

Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)


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