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Agenda internacional em destaque: Kamala Harris e as reuniões do G20 | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Kamala Harris: Liderança climática com uma forte atuação na agenda

Na mídia. Kamala Harris pode estabelecer um “novo patamar para a ambição climática”, dizem os defensores – The Guardian, 23 de julho (link)

Nossa visão. Com a recente desistência de Joe Biden na corrida pela presidência de 2024 pouco tempo antes da Convenção Nacional Democrata (19 a 22 de agosto), a grande questão paira sobre quem será escolhido como candidato(a) do partido. Biden, que vem sendo um líder importante na agenda climática – sancionando a Lei de Redução da Inflação de 2022 (link) -, rapidamente apoiou a vice-presidente Kamala Harris como sua sucessora na disputa. Embora ainda seja muito cedo para determinar se ela conseguirá a indicação democrata, seu histórico revela uma forte atuação na agenda climática, sendo válido mencionar: (i) como vice-presidente, ela liderou importantes iniciativas climáticas do governo, inclusive representando os EUA na COP28 no lugar de Joe Biden; (ii) durante seu mandato como procuradora-geral da Califórnia, ela defendeu ações judiciais contra os impactos ambientais causados por representantes da indústria de combustíveis fósseis e se posicionou contra o avanço da exploração de petróleo na costa da Califórnia; e (iii) enquanto Senadora, apresentou um plano presidencial com uma agenda climática ambiciosa, defendendo uma eventual taxação de carbono e sendo particularmente crítica contra o fraturamento hidráulico1 (fracking no nome em inglês). Em nossa visão, seu histórico a favor do meio ambiente sugere que ela provavelmente seguirá os passos de Biden na agenda climática caso se torne a candidata, contrastando com as promessas de Donald Trump de reverter as iniciativas de seu antecessor.

#2. Clima, fome e pobreza no centro da reunião dos Ministros das Finanças do G20

Na mídia. Crise climática movimenta G20 e leva Acre a decretar emergência – Epbr, 25 de julho (link)

Nossa visão. Os Ministros das Finanças do G20 se reuniram no Rio de Janeiro nesta semana para uma série de reuniões antes da realização da 19ª cúpula (programada para novembro). Entre os principais tópicos discutidos, vale a pena destacar: (i) planos para uma aliança global contra a fome e a pobreza, com o objetivo de implementar um mecanismo para mobilizar fundos para a expansão de políticas e programas no âmbito da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação; e (ii) a proposta de uma iniciativa de transição climática entre o Brasil e os EUA, conforme divulgado pelo Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, após sua reunião com a Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Na nossa visão, embora os esforços do Brasil para desempenhar um papel de maior protagonismo na ação climática global por meio de sua liderança no G20 sejam positivos, esperamos ver detalhes mais concretos sobre os planos e iniciativas propostas.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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