Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira, pré feriado da Proclamação da República, em território positivo, com o IBOV e o ISE registrando forte alta de +2,3% e +2,5%, respectivamente.
• No Brasil, o processo de sucessão da Vale começou a ganhar novo contorno seis meses antes do fim do mandato do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, que ocupa a posição desde 2019, com potenciais mudanças na governança da companhia em 2024 ganhando corpo - o assunto voltou aos holofotes após o anúncio da troca de CEOs na Cosan, que comprou 4,9% da Vale em 2022.
• No internacional, (i) as concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa atingiram níveis sem precedentes no último ano, segundo um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial divulgado ontem - em 2022, as concentrações médias globais de CO2 ultrapassaram em mais de 50% os níveis da era pré-industrial, registrando aumento de 0,5% vs. 2021; e (ii) os Estados Unidos e a China, os maiores emissores de gases de efeito estufa, concordaram em triplicar a capacidade global de energia renovável e a ampliar esforços para combater e reverter a perda de florestas, ambos até 2030 – na área de energia, a intenção é atingir níveis suficientemente altos de solar, eólica e de outras fontes renováveis a ponto de acelerar a substituição de energia gerada a partir do carvão, petróleo e gás.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Diretor da Aneel diz que sistema de energia no país está preparado para lidar com ondas de calor
"O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirma que o sistema brasileiro está preparado para lidar com as ondas de calor no país. Ele admite, no entanto, que “problemas pontuais” podem ocorrer em algumas regiões, especialmente na distribuição de energia em função da sobrecarga de circuitos. “Hoje, o Brasil tem plenas condições de atender o sistema elétrico com relação ao momento atual, em que pese o aumento do consumo. Sob o ponto de vista de risco, posso dizer que não há risco. Você pode ter um problema pontual em uma região ou outra, mas o sistema brasileiro é redundante. No segmento de transmissão, caso um componente falhe, uma linha ou equipamento, há sempre um equipamento substituto. Ou seja, se faltar uma linha, aquela linha não traz corte de carga”, disse o diretor ao Valor. “Quando a gente chega no segmento de distribuição pode haver alguns problemas pontuais com relação a sobrecarga de circuitos, mas, como eu já disse, são problemas pontuais. De uma forma geral, o sistema elétrico brasileiro é robusto, é confiável e está preparado para essa onda de calor”, acrescentou. Sandoval destacou que a onda de calor é própria do momento atual de mudanças climáticas, o que significa que o Brasil e o mundo têm que estar preparados. “O Brasil tem muitas potencialidades para serem aproveitadas como a irradiação solar, a energias dos ventos, a energia dos rios e outras fontes de energia, como biomassa”, defendeu.”
Fonte: Valor Econômico, 15/11/2023
Sucessão na Vale começa a ganhar tração
"O processo de sucessão da Vale começou a ganhar novo contorno seis meses antes do fim do mandato do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, que ocupa a posição desde 2019. O assunto, presente nos bastidores da empresa, voltou aos holofotes com a troca de cadeiras na Cosan, do empresário Rubens Ometto Silveira Mello. O grupo anunciou que Luis Henrique Guimarães deixará a presidência da holding - Nelson Gomes passará a ocupar o posto. O nome de Guimarães é apontado como um potencial sucessor de Bartolomeo na Vale. O executivo faz parte do conselho da mineradora desde abril passado - a Cosan ganhou um assento quando o grupo fez um desembolso bilionário pela compra de 4,9% de fatia da companhia. O Valor apurou que o conselho de administração da mineradora deverá contratar nas próximas semanas uma firma de seleção de executivos (“headhunter”) para ficar a cargo dessa missão. O processo deverá ocorrer após a etapa de avaliação (“assessment”) de Bartolomeo na companhia, que ainda está em curso, disse uma fonte a par do assunto. Com isso, seu nome também poderá constar na lista tríplice, que será levada ao conselho, após todos os ritos de governança conduzidos pela empresa. O mandato de Bartolomeo termina no dia 26 de maio do ano que vem O executivo, que já tinha ocupado diversas funções em uma década na Vale antes de assumir o posto mais alto, foi indicado à presidência em um momento bastante delicado para a empresa. Ele substituiu Fabio Schvartsman, após a tragédia ambiental de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019. Ele tem manifestado interesse continuar no cargo.”
Fonte: Valor Econômico, 16/11/2023
Maior parte das empresas ainda não possui metas de ESG, aponta pesquisa
"Como uma medida urgente da agenda corporativa atual, 67% das empresas do Brasil já aderiram às práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança), mas a grande maioria (54%) ainda não estabeleceu metas. É o que aponta o levantamento “Tendências de RH 2023”, da consultoria organizacional Korn Ferry, obtido com exclusividade pelo Valor. O levantamento foi realizado entre os meses de junho e julho deste ano e contou com 652 empresas da América do Sul e 265 participantes do Brasil. Para a diretora de projetos de transformação da consultoria, Joana Cortez, mais corporações estão demonstrando interesse em se conectar aos princípios de ESG pensando não só no retorno financeiro, mas nos impactos ambientais e de responsabilidade social. “A gente observa que essa conscientização da importância é global e se reflete no Brasil. Começamos a notar a necessidade porque investidores, acionistas e consumidores começam a cobrar práticas mais sustentáveis nas empresas. Isso impulsiona a questão”, explica. Os funcionários também estão ajudando nessa cobrança. O líder de remuneração da Korn Ferry, Thiago Silva, ressalta que a adoção de práticas de ESG fortalece também a marca empregadora. “O que a gente enxerga é que empresas que buscam maior transparência na implementação de práticas de ESG tendem a gerar maior confiança dos investidores e um grau maior de assertividade. Isso vai impactar na maior retenção de colaboradores”, disse Thiago.”
Fonte: Valor Econômico, 14/11/2023
Empresas e auditores independentes devem se preparar para as normas de sustentabilidade da CVM
"Em uma iniciativa pioneira, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornou-se o primeiro órgão regulador do mundo a estabelecer a adoção das normas emitidas pelo International Sustainability Standards Board – ISSB como padrão. Anunciada em 20 de outubro, a Resolução 193 da CVM determina que as normas deverão ser utilizadas para divulgações de sustentabilidade das companhias abertas, fundos de pensão e companhias securitizadoras reguladas pela autarquia. Enquanto a norma IFRS S1 do ISSB trata dos requerimentos gerais de divulgação de informações materiais de sustentabilidade para investidores e usuários das informações contábeis, a fim de possibilitar a avaliação dos riscos e oportunidades que possam ter impacto no valor das empresas; a norma IFRS S2 é específica para as divulgações relacionadas ao clima, também voltada para que os investidores e usuários possam verificar nas simulações de cenários as eventuais consequências no valor das empresas. Ao exercer esse protagonismo na agenda de sustentabilidade mundial, a CVM tem como objetivo ajudar a fortalecer o mercado de capitais brasileiro, aumentando a transparência em relação a riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, e facilitar a atração de capital e investimentos globais às empresas nacionais. O padrão agora incorporado à estrutura regulatória brasileira estabelece um roteiro incialmente para a adoção voluntária das companhias abertas em 2024 e 2025, com a adoção obrigatória a partir de 2026.”
Fonte: Valor Econômico, 15/11/2023
O paradoxo do ar-condicionado num planeta que ferve
"Em 2023 vivemos recordes de altas temperaturas em todos os continentes. Num planeta cada vez mais quente, é inevitável que as pessoas se refugiem em ambientes refrigerados e que exploda a demanda por aparelhos de ar-condicionado residenciais, automotivos e comerciais. Mas a refrigeração está num círculo vicioso no contexto das mudanças climáticas. Seu uso mais intenso eleva o consumo de energia, que por sua vez eleva as emissões de gases de efeito estufa (em países com a matriz elétrica suja, ou seja, a maioria) e contribui para o aquecimento da temperatura média do planeta. O alto consumo de energia elétrica tem também uma grave consequência social e econômica para os países de baixa renda: a pobreza energética. A refrigeração aumenta expressivamente o gasto com energia elétrica, concorrendo com outras necessidades básicas. Sem falar no acesso aos aparelhos de ar-condicionado. A necessidade de pensar em refrigeração de forma sustentável e inclusiva será uma questão de urgência crescente. As consequências das ondas de calor para a saúde são muito graves. Um estudo publicado em julho deste ano pela revista Nature Medicine indicou que mais de 61 mil pessoas morreram em decorrência do calor na Europa durante o verão de 2022. Nos Estados Unidos, segundo estudo publicado na revista Science, um terço da população vive em condições de estresse de calor.”
Fonte: Valor Econômico, 15/11/2023
Política
Para xerife do compliance do governo, ser honesto não basta. Tem que ser ESG
"Criada para coibir a corrupção no governo federal e estimular a adoção de controles internos no setor privado, a Controladoria-Geral da União (CGU) trabalha para ampliar seu alcance, incorporando temas ambientais e sociais a políticas de promoção de integridade nas empresas. Se forem levadas adiante, as iniciativas do órgão poderão tornar mais rigorosa a análise de pedidos de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e estabelecer novas exigências para os programas de compliance adotados pelas empresas. Em agosto, a CGU e o BNDES anunciaram que passarão a exigir das maiores empresas, com faturamento anual superior a R$ 300 milhões, programas que incluam não só vacinas contra a corrupção, mas também medidas para promoção de direitos humanos e práticas sustentáveis. Os detalhes ainda estão em discussão, mas a ideia é cobrar dos interessados em crédito oficial ou contratos com o governo compromissos mais firmes com objetivos como a erradicação do trabalho análogo à escravidão e a mitigação de danos causados ao ambiente. “Não dá para uma empresa ser íntegra em um aspecto e não em outros”, diz Marcelo Pontes Vianna, secretário de Integridade Privada da CGU. “As empresas já têm a incumbência de administrar esses riscos, e nosso papel será reforçar isso induzindo bons comportamentos.”.”
Fonte: Capital Reset, 16/11/2023
Internacional
Empresas
Por que ESG é uma das principais prioridades dos CFOs
"Em Washington, DC, a contagem regressiva voltou. Se o Congresso não aprovar um orçamento até meia-noite de sexta-feira, o governo federal será fechado . O presidente da Câmara, Mike Johnson, revelou seu plano no fim de semana : projetos de lei de gastos de curto prazo para financiar a construção militar, Assuntos de Veteranos, transporte, habitação e o Departamento de Energia até meados de janeiro e as demais agências federais até o início de fevereiro. Tudo isso manteria os gastos estáveis. Vários republicanos que procuram cortes de gastos já se manifestaram contra o plano, o que significa que o presidente Johnson precisará do apoio dos democratas. O que está claro é que uma paralisação do governo seria uma má notícia para a economia . A situação actual já levou a Moody's a reduzir a sua avaliação da perspectiva de crédito dos EUA para “negativa”, uma vez que os republicanos da Câmara trouxeram o caos ao processo orçamental, recusando-se a aumentar o limite máximo da dívida durante o Verão, ameaçando uma paralisação do governo devido aos desejados cortes orçamentais. em setembro, e criou um drama de liderança após destituir o ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy. A agência de classificação não vê nenhuma solução actual para a causa central da instabilidade financeira do país.”
Fonte: Forbes, 14/11/2023
JPMorgan adiciona poder de baixo carbono no cálculo do impacto climático
"O JPMorgan está incluindo energia de baixo carbono na forma como calcula o eventual impacto ambiental de seu financiamento de energia, à medida que reguladores e acionistas em todo o mundo pressionam os credores a medir como as empresas contribuem para as mudanças climáticas. "Temos um papel importante a desempenhar: fornecer aos nossos clientes o aconselhamento e o capital de que precisam para avançar em suas estratégias de descarbonização", disse o CEO Jamie Dimon em um relatório publicado na quarta-feira. Empresas e bancos usam maneiras diferentes de calcular suas emissões de gases de efeito estufa e as de seus fornecedores e clientes, e estabelecem metas de redução. O JPMorgan, o maior banco dos EUA em ativos, usa um benchmark estabelecido pela Agência Internacional de Energia. A nova abordagem da JPMorgan às emissões do uso de produtos energéticos de seus clientes, conhecida como Escopo 3, combina dinheiro para projetos de baixo carbono com financiamento de combustíveis fósseis para chegar ao que chama de mix de energia. Um porta-voz disse que a fórmula seria usada para medir o progresso combinado na redução do financiamento de petróleo e gás, aumentando o financiamento para a geração de energia de baixo carbono e reduzindo uma medida de emissões dos usuários finais de produtos de petróleo e gás.”
Fonte: Reuters, 15/11/2023
Indonésia diz que Exxon Mobil planeja investir até US$ 15 bilhões no país
"A maior empresa petrolífera dos EUA Exxon Mobil está planejando investir até US$ 15 bilhões em um projeto petroquímico e instalações de captura e armazenamento de carbono (CCS) na Indonésia, disse o presidente Joko Widodo em um comunicado do palácio presidencial na quinta-feira. As instalações planejadas de CCS seriam as maiores do Sudeste Asiático. Jokowi, como o presidente indonésio é comumente conhecido, se reuniu com o presidente da Exxon, Darren Woods, durante uma viagem a São Francisco para uma cúpula de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC). No início desta semana, a Indonésia assinou um acordo inicial com uma unidade da Exxon para explorar o investimento em um projeto petroquímico na Indonésia para produzir polímeros.
A Exxon e a empresa estatal de energia indonésia Pertamina também concordaram em avaliar US$ 2 bilhões em investimentos em instalações de CCS usando duas bacias subterrâneas no Mar de Java. "Essas oportunidades em larga escala poderiam impulsionar substancialmente o crescimento industrial e a descarbonização na Indonésia, bem como na região da Ásia-Pacífico", disse Carole Gall, presidente da Exxon Mobil Indonésia. O hub CCS teria o potencial de armazenar pelo menos 3 gigatoneladas de dióxido de carbono emitido pelas indústrias na Indonésia e no resto da região, disse Pertamina.”
Fonte: Reuters, 16/11/2023
Política
Mudança climática gera impacto de US$ 150 bilhões na economia dos EUA
"Os Estados Unidos enfrentam atualmente um evento climático extremo, em que os danos e custos chegam a US$ 1 bilhão a cada três semanas. Isso é comparável a uma frequência de cada quatro meses na década de 1980, quando ajustado pela inflação, de acordo com a última edição da Avaliação Nacional do Clima dos EUA, divulgada terça-feira. Pela primeira vez, a avaliação inclui um capítulo dedicado aos impactos econômicos associados à ação climática. Tais eventos custam aos EUA quase US$ 150 bilhões por ano, e prejudicam desproporcionalmente as comunidades pobres e desfavorecidas. Outras consequências econômicas das alterações climáticas serão agravadas, a menos que o país invista mais em energia limpa e adapte as cidades às temperaturas mais elevadas e ao aumento do nível do mar, de acordo com a avaliação. “Embora alguns impactos econômicos das alterações climáticas já sejam sentidos em todo o país, os impactos das mudanças futuras deverão ser mais significativos e aparentes em toda a economia dos EUA”, afirmou o relatório federal. As estâncias de esqui no noroeste, os agricultores no Meio-Oeste e o setor de pesca no nordeste enfrentam riscos relacionados com o clima para as suas economias locais. Secas, incêndios florestais, furacões e inundações ocorrem com mais frequência devido ao aumento das emissões de gases com efeito de estufa, perturbando o abastecimento de alimentos e água e o modo de vida do país. Cerca de 40% da população dos EUA vive em comunidades costeiras expostas à elevação do nível do mar, e milhões de pessoas poderão ser deslocadas até ao final do século, de acordo com a avaliação.”
Fonte: Valor Econômico, 15/11/2023
EUA e China concordam em triplicar capacidade global de energia renovável até 2030
"Os Estados Unidos e a China, respectivamente o maior emissor histórico de gases-estufa e o maior emissor do presente, concordaram em triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030. Também se comprometeram em ampliar esforços para combater e reverter a perda de florestas em 2030, através de políticas e regulamentos e com a aplicação efetiva de suas leis de proibição de importação de produtos ilegais. Na área de energia, a intenção é atingir níveis suficientemente altos de energia solar, eólica e de outras fontes renováveis a ponto de acelerar a substituição de energia gerada a partir do carvão, petróleo e gás. A queima de combustíveis fósseis responde por cerca de 75% da emissão global de gases-estufa. O movimento de EUA e China apoiam o compromisso do G 20 (grupo das principais economias mundiais) de triplicar a capacidade de energia renovável global até 2030. A declaração conjunta “Sunnylands Statement on Enhacing Cooperation to Address the Climate Crisis” divulgada terça-feira à noite (14), tem 25 pontos que foram costurados nos dois encontros entre os enviados especiais John Kerry, dos EUA, e Xie Zhenhua, da China em Beijing, em julho, e no início de novembro, na Califórnia. A declaração, que acontece a duas semanas da COP 28, em Dubai, onde governos de 200 países irão se reunir para novos compromissos climáticos, não inclui promessas de eliminação gradual do uso do carvão ou de parar de construir novas usinas movidas a partir do combustível fóssil mais poluente — a China ainda é grande usuária de carvão.”
Fonte: Valor Econômico, 15/11/2023
ONU prevê aumento de 9% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030
"As emissões globais de gases com efeito de estufa estão a aumentar inexoravelmente, colocando o mundo no rumo certo para um aumento de quase 9% até 2030, em relação aos níveis de 2010, de acordo com o último relatório de progresso do órgão científico da ONU, que é a principal autoridade mundial. Embora o aumento projectado pelo Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas seja ligeiramente melhor do que os 11 por cento na avaliação do ano passado, permanece muito aquém do corte de 45 por cento necessário para limitar o aquecimento ao objectivo de 1,5ºC estabelecido como parte do Acordo de Paris. . “O mundo não está a conseguir lidar com a crise climática” e os compromissos nacionais estão “surpreendentemente desalinhados com a ciência”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em resposta à análise que mostra que os compromissos climáticos globais colocam as emissões no caminho certo para aumentar este década. “O progresso centímetro a centímetro não servirá”, disse Guterres, apelando a uma “supernova da ambição climática” em todos os países, cidades e sectores. Os países desenvolvidos devem ter como objetivo atingir o zero líquido em 2040, e as economias emergentes o mais próximo possível de 2050, disse ele. O relatório foi produzido antes da cimeira climática COP28 da ONU, no Dubai, no final do mês, onde os países serão pressionados a chegar a um acordo para limitar o aquecimento global num contexto de crescentes tensões geopolíticas. As temperaturas já subiram pelo menos 1,1ºC, descobriu a ONU.”
Fonte: Financial Times, 14/11/2023
Gases de efeito estufa atingem novo recorde, e impactos climáticos aumentam, alerta ONU
"Mais uma vez, as concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global causado pelo homem, atingiram níveis sem precedentes no último ano, afirma um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial divulgado nesta quarta-feira (15). Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2), o gás de efeito estufa mais abundante na Terra, ultrapassaram em mais de 50% os níveis da era pré-industrial (definida pelo ano de 1750), alcançando o pico de 417,9 ppm (partes por milhão - o número de moléculas do gás a cada milhão de moléculas de ar). Assim, o aumento do CO2 na atmosfera em relação a 2021, recorde anterior, foi de 0,5%. Aliado a isso, o metano (CH4) também viu um aumento em suas concentrações (264% em relação a 1750, ou 1.923 ppb). O óxido nitroso (N2O), o terceiro gás mais abundante, registrou o maior aumento anual entre 2021 e 2022: 0,42% (124% em relação a 1750, ou 335 ppb).”
Fonte: G1-Globo, 15/11/2023
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)
Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)
Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)
Outros relatórios de destaque
Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)
ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
Atenções voltados para a agenda de Lula em Nova York e os desdobramentos da Semana do Clima (link)
1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)
Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!