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Abertura COP29 marca avanço em acordo para regulamentação do comércio de créditos de carbono | Café com ESG, 12/11

Primeiro dia de COP29: EUA sob Trump e acordo sobre créditos de carbono em destaque

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,03%), enquanto o ISE avançou 0,54%.

• Do lado das empresas, a Neoenergia informou ontem que assinou um acordo com subsidiárias da CCR para autoprodução de energia eólica, o primeiro do tipo firmado pelo grupo de infraestrutura de mobilidade e que irá atender 60% da demanda atual de energia da companhia – a parceria envolve a venda, pela Neoenergia, de participações minoritárias em parques eólicos do complexo Oitis, localizado no Piauí.

• Na COP29, (i) negociadores alcançaram um marco importante no primeiro dia da conferência com a aprovação das diretrizes do artigo 6, do Acordo de Paris, para regulamentação internacional do comércio de créditos de carbono – superando anos de impasses nas discussões sobre este mercado, o instrumento aprovado estabelece as bases para o mercado global de carbono sob supervisão da ONU; e (ii) o enviado dos EUA para o clima, John Podesta, pediu aos governos que se mantenham confiantes na promessa do país de combater o aquecimento global, dizendo que Donald Trump pode desacelerar, mas não parar, a transição dos combustíveis fósseis quando retornar ao cargo em janeiro.

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Brasil

Empresas

Neoenergia e CCR fecham acordo de autoprodução de energia eólica

“A Neoenergia (NEOE3) informou nesta segunda-feira (11) que assinou acordo com subsidiárias da CCR (CCRO3) para autoprodução de energia eólica, o primeiro do tipo firmado pelo grupo de infraestrutura de mobilidade e que irá atender 60% da demanda atual de energia da companhia. A parceria, assinada com as concessionárias da CCR que operam linhas do metrô e da CPTM de São Paulo, envolve a venda, pela Neoenergia, de participações minoritárias em parques eólicos do complexo Oitis, localizado no Piauí, pelo valor de R$ 21,7 milhões. Segundo as empresas, 44 megawatts-médios (MWm) da produção de Oitis serão destinados ao consumo de energia das subsidiárias da CCR pelo prazo de 16 anos, com fornecimento iniciando em janeiro de 2025. Projetos de autoprodução de energia vêm ganhando espaço entre grandes empresas que buscam descarbonizar suas operações no Brasil. Pelo modelo, o consumidor da energia compra participações ou investe em uma usina junto com a companhia elétrica, tornando-se um autoprodutor. Com isso, garante alguns incentivos que reduzem seus custos com o insumo, como descontos e isenção do pagamento de encargos setoriais. A CCR afirmou que esse acordo integra o compromisso de ter 100% dos seus ativos abastecidos por fontes renováveis de energia até 2025, objetivo que foi alcançado já este ano com iniciativas como migração para o mercado livre de energia, compra de certificados de energia renovável (IRECs) e investimentos em geração solar distribuída. Já para a Neoenergia, o negócio garante estabilidade de receita de longo prazo com “adequada rentabilidade”, e reforça a estratégia de investimentos em um parque gerador renovável, afirmou Hugo Nunes, diretor executivo de Negócios Liberalizados da companhia elétrica, em nota.”

Fonte: InfoMoney; 11/11/2024

Brasil continuará a ‘importar carbono’ por dependência de diesel

“O Brasil deve permanecer como um importador líquido de derivados de petróleo pelos próximos anos, segundo as projeções do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034). O documento, desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), revela que, embora a projeção aponte para o aumento da produção de derivados, a demanda crescente e a capacidade limitada de refino continuarão a exigir a complementação com importações. Entre os derivados mais deficitários, destaca-se o óleo diesel A, amplamente consumido no transporte rodoviário. Há também um crescente consumo de gasolina, por sua vez com queda nas importações. A dependência externa é atenuada pela oferta de etanol e biodiesel, projetados para alcançar 48,5 bilhões e 13,6 bilhões de litros, respectivamente, em 2034. O PDE elaborado este ano já reflete novas políticas aprovadas no Combustível do Futuro, que prevê aumento da mistura dos biocombustíveis, a partir de análises técnicas e econômicas que deverão ser aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O PDE 2034 entrou em consulta pública, quando agentes do mercado, terceiro setor e demais interessados podem sugerir mudanças nas premissas do planejamento. De um ponto de vista climático, portanto, o PDE mostra a persistência da “importação de carbono” para o consumo interno, independente da produção de óleo, em razão de gargalos no refino e da rigidez da demanda, seja para redução ou substituição por outros combustíveis de menor emissão. O documento traz a previsão já conhecida que, sem aumento da exploração de petróleo, o Brasil vai produzir menos petróleo.”

Fonte: Eixos; 11/11/2024

Bioeconomia pode injetar R$ 600 bi no Brasil até 2050 enquanto reduz emissões

“A implementação de tecnologias ligadas à bioeconomia tem o potencial de injetar US$ 592,6 bilhões em receitas anuais a mais no Brasil, enquanto reduz a emissão de 28,9 bilhões CO2 até 2050 (65% das emissões nacionais), calcula um estudo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). Publicado na sexta (8/11), o mapeamento é a segunda edição da “Identificação das Oportunidades e o Potencial do Impacto da Bioeconomia para a Descarbonização do Brasil” divulgada em 2022. A atualização chegou às vésperas da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP29), que teve início nesta segunda (11/11) no Azerbaijão. “Os números destacam a importância de se avançar na descarbonização por meio de negociações internacionais e também da aprovação do Mercado Regulado de Carbono”, comenta o presidente executivo da ABBI, Thiago Falda. Para gerar esse volume de receitas, a associação calcula que serão necessários US$ 257 bilhões em investimentos até 2050. “Um investimento que resultará em desenvolvimento econômico sustentável, para diversas partes do país”, defende o executivo. O trabalho foi desenvolvido em parceria com o Instituto SENAI/CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), a Embrapa Agronenergia e o Laboratório Cenergia (UFRJ) e avaliou mais de 20 rotas tecnológicas e mais de 22 produtos da bioeconomia, de forma regionalizada. São consideradas questões como eficiência energética, potencial de descarbonização, desmatamento zero, investimento e receitas. Para Falda, os resultados confirmam a vocação do Brasil para liderar a “revolução tecnológica centrada na produção de baixas emissões de carbono”.”

Fonte: Eixos; 11/11/2024

Internacional

Empresas

Os gestores de ativos enfrentam um escrutínio cada vez maior sobre as alegações de sustentabilidade

“Os gerentes de ativos nem sempre se coroaram de glória quando se trata de investimento sustentável. Na melhor das hipóteses, eles foram acusados por ativistas ambientais de indiferença em relação ao uso de sua influência como investidores para salvar o planeta. E, na pior das hipóteses, foram acusadas de comercializar falsamente seus fundos como “verdes” para aproveitar a crescente demanda por investimentos sustentáveis quando, na verdade, muitos desses produtos estavam repletos de empresas que poluem. Isso se tornou um problema tão grande que os órgãos reguladores financeiros de todo o mundo tiveram que intervir para proteger os consumidores de serem enganados. Em 2023, por exemplo, a DWS, o braço de investimentos do Deutsche Bank, foi forçada a pagar US$ 25 milhões à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em relação a “declarações falsas” sobre seus processos de investimento ambiental, social e de governança (ESG). Um ano antes, o Goldman Sachs Asset Management concordou em pagar US$ 4 milhões à SEC para resolver alegações de violações de ESG. Ao mesmo tempo, os gerentes de investimentos têm retirado discretamente a palavra “sustentável” dos nomes de seus fundos, em resposta às crescentes preocupações dos órgãos reguladores com relação à venda indevida. Em agosto, a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados atualizou suas diretrizes sobre as regras de nomenclatura de fundos ESG, estabelecendo um prazo de 21 de novembro para a conformidade. De acordo com as novas regras, os fundos com o termo ESG ou sustentável em seu nome devem garantir que tenham pelo menos 80% dos investimentos vinculados a características ambientais.”

Fonte: Financial Times; 11/11/2024

Nestlé e P&G investigam o fornecimento de óleo de palma após relatório de desmatamento na Indonésia do grupo verde

“Marcas de consumo, incluindo a Nestlé e a Procter & Gamble, disseram que conduziram investigações depois que um grupo ambiental disse que o óleo de palma proveniente de uma reserva de vida selvagem ilegalmente desmatada na Indonésia pode ter entrado em suas cadeias de suprimento. As florestas tropicais dentro da reserva de vida selvagem legalmente protegida foram desmatadas para dar lugar a plantações de óleo de palma nos últimos oito anos, disse a Rainforest Action Network (RAN), com sede nos EUA, citando imagens de satélite que, segundo ela, revelam o desmatamento na área. O grupo compartilhou imagens que, segundo ele, mostram trechos de terra marrom desmatada cortando a exuberante extensão verde da Reserva de Vida Selvagem Rawa Singkil da Indonésia, com fileiras de palmeiras jovens plantadas ao longo de suas fronteiras. Algumas imagens, que a RAN disse terem sido tiradas durante uma investigação de campo em fevereiro de 2024, mostraram que mudas de dendezeiros foram plantadas em solo queimado cercado por árvores caídas dentro da reserva, de acordo com o relatório publicado na segunda-feira. A reserva de vida selvagem, localizada na província de Aceh, no noroeste da ilha de Sumatra, na Indonésia, perdeu 2.609 hectares de floresta desde 2016, com palmeiras agora crescendo em 645 hectares da área desmatada, disse a RAN. A Reuters não pôde confirmar essas descobertas de forma independente.”

Fonte: Reuters; 11/11/2024

Países da COP29 aprovam estrutura do mercado global de carbono

“Os países presentes na cúpula climática COP29 deram o aval na segunda-feira para os padrões de qualidade de crédito de carbono, que são essenciais para o lançamento de um mercado global de carbono apoiado pela ONU, que financiaria projetos que reduzem as emissões de gases de efeito estufa. O sinal verde foi um dos primeiros acordos do primeiro dia da conferência da ONU em Baku, Azerbaijão. Os governos também devem elaborar um acordo de financiamento climático, embora as expectativas tenham sido silenciadas pela vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA. O presidente eleito Trump disse que retiraria novamente os EUA do acordo climático global de Paris, que estabelece as bases para o planejado mercado de carbono apoiado pela ONU. No entanto, Juan Carlos Arredondo Brun, ex-negociador climático do México que agora trabalha para a Abatable, uma empresa de dados e de acidificação do mercado de carbono, disse que o endosso “nos aproximará da operacionalização do mercado de carbono antes que qualquer parte possa decidir se afastar do Acordo de Paris”. O acordo de segunda-feira pode permitir que um mercado global de carbono apoiado pela ONU, que vem sendo construído há anos, comece a funcionar já no próximo ano, disse um negociador. Teoricamente, os créditos de carbono permitem que países ou empresas paguem por projetos em qualquer lugar do planeta que reduzam as emissões de CO2 ou as removam da atmosfera e usem os créditos gerados por esses projetos para compensar suas próprias emissões. Exemplos de projetos poderiam incluir o cultivo de manguezais que absorvem CO2 ou a distribuição de fogões limpos para substituir métodos poluentes de cozimento em comunidades rurais pobres.”

Fonte: Reuters; 11/11/2024

COP29: Enviado dos EUA para o clima diz que o trabalho continuará apesar do retorno de Trump

“O enviado dos EUA para o clima, John Podesta, pediu aos governos que mantenham a fé na promessa do país de combater o aquecimento global, dizendo que Donald Trump pode desacelerar, mas não parar, a transição dos combustíveis fósseis quando retornar ao cargo em janeiro. A cúpula anual da ONU sobre o clima começou na segunda-feira em Baku, no Azerbaijão, com muitas delegações de países preocupadas com a vitória de Trump nas eleições presidenciais dos EUA em 5 de novembro, o que prejudicaria o progresso para limitar o aquecimento do planeta. Trump prometeu retirar novamente os Estados Unidos, o maior emissor histórico de gases de efeito estufa do mundo, da cooperação internacional sobre o clima e maximizar a já recorde produção de combustíveis fósseis do país. “Para aqueles de nós que se dedicam à ação climática, o resultado da semana passada nos Estados Unidos é obviamente muito decepcionante”, disse Podesta na cúpula. “Mas o que quero dizer a vocês hoje é que, embora o governo federal dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, possa colocar a ação climática em segundo plano, o trabalho para conter as mudanças climáticas continuará nos Estados Unidos.” Ele disse que a Lei de Redução da Inflação, abre nova aba (IRA), a legislação climática histórica do presidente Joe Biden que fornece bilhões de dólares em subsídios para energia limpa, continuaria a impulsionar os investimentos em energia solar, eólica e outras tecnologias, e que os governos estaduais dos EUA também promoveriam cortes de emissões por meio de regulamentação.”

Fonte: Reuters; 11/11/2024

Avanço histórico no mercado de carbono marca primeiro dia na COP29

“Negociadores alcançaram um marco importante no primeiro dia da Conferência do Clima (COP29), no Azerbaijão, com a aprovação das diretrizes do artigo 6, do Acordo de Paris, para regulamentação internacional do comércio de créditos de carbono, superando anos de impasses nas discussões sobre este mercado. O instrumento aprovado estabelece as bases para o mercado global de carbono sob supervisão da ONU. Além de auxiliar países em desenvolvimento a financiar sua adaptação climática, a mudança também oferece aos maiores emissores, mecanismos para redução de suas emissões – um resultado particularmente positivo para o país anfitrião, Azerbaijão, nesta etapa que antecede discussões mais complexas sobre financiamento e considerando as muitas ausências de grandes chefes de estado nesta edição da cúpula. Embora comemorada pelos presentes na reunião, sobretudo em meio cenário político americano que, após vitória de Donald Trump, adiciona certa complexidade às negociações, a aprovação acelerada foi criticada por parte dos especialistas em mercado de carbono. Isa Mulder, especialista em políticas do mercado global de carbono da Carbon Market Watch, declarou que o acordo teria sido costurado em bastidores e cria um precendente ruim pela falta de transparência e governança adequadas.”

Fonte: Exame; 12/11/2024

ADB aumenta o financiamento climático depois que EUA e Japão dão as primeiras garantias soberanas do mundo

“O Banco Asiático de Desenvolvimento aumentará seus empréstimos relacionados ao clima em até US$ 7,2 bilhões depois que os Estados Unidos e o Japão concordaram em assumir o risco de alguns empréstimos existentes, disse um executivo do ADB, marcando as primeiras garantias soberanas para o financiamento climático. A nova estratégia, compartilhada exclusivamente com a Reuters, oferece um modelo em potencial a ser seguido por outros bancos de desenvolvimento, já que a cúpula climática COP29 da ONU em Baku, Azerbaijão, que começa esta semana, concentra-se em aumentar o montante de financiamento disponível para as nações em desenvolvimento. O ADB estabeleceu uma meta cumulativa de longo prazo para empréstimos de financiamento climático de US$ 100 bilhões entre 2019 e 2030. Em 2023, ele emprestou US$ 9,8 bilhões. A vitória de Donald Trump nas eleições americanas na semana passada, que prometeu retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, ofuscou o início das negociações em Baku, aumentando a pressão sobre a Europa e a China para ajudar a obter um resultado sólido, disseram os negociadores na semana passada. De acordo com o plano do ADB, o país mais rico do mundo garantiria até US$ 1 bilhão de empréstimos existentes da principal instituição de desenvolvimento da Ásia, enquanto o Japão subscreveria US$ 600 milhões – liberando o banco para emprestar mais para projetos relacionados ao clima.”

Fonte: Reuters; 11/11/2024

Trump escolhe o ex-congressista Zeldin para dirigir a Agência de Proteção Ambiental

“O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que nomeará o ex-congressista republicano Lee Zeldin, que muitas vezes votou contra a legislação sobre questões ambientais, incluindo uma medida para impedir que as empresas de petróleo aumentem os preços, para chefiar a Agência de Proteção Ambiental. “Ele garantirá decisões desregulatórias justas e rápidas que serão promulgadas de forma a liberar o poder das empresas americanas e, ao mesmo tempo, manter os mais altos padrões ambientais, incluindo o ar e a água mais limpos do planeta”, disse Trump em uma publicação em sua plataforma de mídia social Truth Social. Trump, um republicano, provavelmente tentará reverter muitas regras administradas pela EPA sobre a queima de combustíveis fósseis, incluindo uma que reduz as emissões de carbono das usinas de energia e outra que reduz essas emissões dos veículos. Trump disse que planeja começar a rescindir as regras de poluição de veículos da EPA e do Departamento de Transportes em seu primeiro dia no cargo e está considerando reduzir ou eliminar as isenções fiscais para veículos elétricos e outros incentivos. Trump também planeja rescindir a capacidade da Califórnia de definir suas próprias regras de emissões de veículos, como fez em 2019. O presidente Joe Biden, um democrata, restabeleceu a autoridade da Califórnia. Trump também decidirá como gastar bilhões de dólares em subsídios para carregamento de veículos elétricos. Como candidato a governador de Nova York na eleição de 2022, Zeldin criticou a decisão do estado de aderir ao programa Zero Emission Vehicle da Califórnia, que promete acabar com a venda de veículos movidos apenas a gasolina até 2035.”

Fonte: Reuters; 11/11/2024

‘Estamos na rota da ruína’, diz presidente da COP29

“Mukhtar Babayev, presidente da COP29, abriu a conferência sobre mudança do clima em Baku, capital do Azerbaijão, pedindo ação aos governos diante de um mundo com temperaturas cada vez mais quentes. “Estamos na rota da ruína. Não são problemas do futuro”, disse em discurso na plenária. Babayev disse que a prioridade de sua presidência é aumentar a ambição e mobilizar finanças. Deixou claro que uma coisa depende da outra: “Se mobilizarmos as finanças climáticas, permitiremos que os níveis de ambição sejam maiores”. Ao falar sobre a nova meta financeira que os países precisam concordar em Baku, Babayev reconheceu que se tratam de “negociações difíceis” e que há “visões distintas de como chegarmos aos trilhões”. É precisamente isso que se espera que saia de Baku — uma nova meta que substitua o compromisso de US$ 100 bilhões ao ano, a partir de 2020 até 2025, dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento. O compromisso só foi cumprido a partir de 2022, segundo a contabilidade dos países ricos. Agora, contudo, é preciso mudar de bilhões de dólares de financiamento climático para trilhões — a ordem de grandeza para que as economias se descarbonizem e se preparem melhor para os impactos da crise do clima, que já estão acontecendo em todo o mundo. No jargão das negociações, trata-se de discutir a Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG, na sigla em inglês). Em Baku é preciso definir o número (o “quantum”), quem paga a conta e para quem vai o dinheiro. Os números sobre a mesa variam, mas começam em US$ 1 trilhão ao ano, na conta dos países em desenvolvimento.”

Fonte: Valor Econômico; 11/11/2024

Aliança contra a Fome e Pobreza já tem adesão de 31 países, diz Ipea

“Trinta e um países já finalizaram a adesão à Aliança contra a Fome e a Pobreza, apontada como a principal marca do Brasil na presidência do G20. O número foi informado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma das organizações que atua no apoio técnico da iniciativa. A aliança será oficialmente lançada na próxima semana, durante a cúpula dos líderes do G20 – grupo que reúne as maiores economias mundiais. Em julho, o governo brasileiro fez um pré-lançamento da iniciativa durante um evento paralelo às reuniões dos ministros de desenvolvimento do grupo. Entre os países que já finalizaram a adesão – isto é, submeteram o documento de compromisso para entrar na iniciativa e foram aprovados – estão Estados Unidos, Alemanha, China, Reino Unido, África do Sul e Japão. Segundo o Ipea, outros 27 também enviaram o seu pedido de adesão à presidência brasileira. Eles agora aguardam a aprovação. Há ainda 50 países que sinalizaram o interesse de entrar na aliança. A Aliança contra a Fome e a Pobreza funcionará como uma plataforma para conectar países, instituições financeiras e organizações internacionais para a implementação de uma “cesta” de políticas públicas reconhecidas internacionalmente e mobilizar recursos já existentes para enfrentar a fome e a pobreza. “O Brasil, na presidência do G20, conseguiu trazer de volta a discussão de pobreza e fome como linha transversal à discussão de desigualdade, mas colocando uma entrega efetiva. Muitas vezes o G20 fica com recomendações, mas sem uma estratégia de implementação dessas recomendações”, disse a presidente do Ipea, Luciana Servo.”

Fonte: Valor Econômico; 11/11/2024

México buscará atrair investimento privado no setor de energia elétrica para apoiar a energia verde

“A presidente do México, Claudia Sheinbaum, está aberta a mais investimentos privados no setor de eletricidade, enquanto seu governo busca atender à crescente demanda de energia com foco em fontes renováveis, ao mesmo tempo em que retoma o domínio estatal sobre a indústria. Embora o plano de eletricidade de longo prazo, anunciado na semana passada, ofereça algumas novas oportunidades para o setor privado, os investidores provavelmente serão cautelosos quanto ao comprometimento com novos projetos. Sheinbaum mantém a meta estabelecida por seu predecessor, Andrés Manuel López Obrador, de que a Comissão Federal de Eletricidade (CFE), uma empresa estatal, forneça pelo menos 54% da demanda elétrica do país, enquanto limita os geradores privados a 46%. A CFE perdeu participação de mercado após a reforma energética de 2013, que abriu os setores de eletricidade e petróleo a um maior investimento privado e estrangeiro. No entanto, com a supermaioria no Congresso obtida nas eleições de junho, o partido governista Morena e seus aliados recentemente aprovaram uma reforma constitucional que isenta a CFE da obrigação de competir com geradores privados para fornecer eletricidade à rede nacional. Embora compartilhe das visões nacionalistas de López Obrador sobre a energia, Sheinbaum dá maior ênfase às fontes renováveis, que devem representar grande parte da capacidade de geração adicional e exigirão a participação do setor privado. “Há uma aceitação tácita de que o governo não tem recursos suficientes para fazer tudo”, afirmou Víctor Ramírez, sócio da consultoria Perceptia21 Energía.”

Fonte: Valor Econômico; 11/11/2024

Shell vence recurso contra ordem para reduzir emissões de gases de efeito estufa

“A Shell ganhou um recurso contra uma ordem histórica para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, numa vitória para a capacidade das empresas de energia de evitarem ataques de ativistas em tribunal. O Tribunal de Recurso de Haia anulou na terça-feira uma ordem proferida por um tribunal distrital em 2021 para que a Shell reduzisse as suas emissões em 45 por cento até 2030, em relação aos níveis de 2019. A Shell enquadrou o caso como uma tentativa dos ativistas de empurrar uma questão essencialmente política através do sistema judicial sem que os eleitores e legisladores holandeses e da União Europeia primeiro aceitassem totalmente a ideia de empresas individuais serem forçadas a reduzir rapidamente as emissões. “Atualmente não há acordo suficiente na ciência climática sobre uma percentagem de redução específica que uma empresa individual como a Shell deveria aderir”, afirmou o Tribunal de Recurso num comunicado no segundo dia de uma cimeira global sobre o clima da ONU. Também apoiou o argumento da Shell de que qualquer decisão que visasse uma empresa seria ineficaz, uma vez que outros fornecedores interviriam para satisfazer a procura de combustíveis fósseis. Mas afirmou que a empresa de energia tinha a obrigação de “limitar as suas emissões de CO₂”. O órgão de cientistas da ONU, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, disse que é necessário um corte global de 43% nas emissões em relação a 2019 até o final da década para manter dentro dos limites ideais de 1,5°C de aquecimento global acima do nível pré-industrial. níveis estabelecidos no acordo de Paris em 2015.”

Fonte: Financial Times; 12/11/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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