Indicadores econômicos que serão divulgados entre 04/05/2020 e 08/05/2020

Quais indicadores econômicos devem ser acompanhados na próxima semana?

A decisão de política monetária do Banco Central e a divulgação da produção industrial de março e do IPCA, PMI, balança comercial e vendas de veículos em abril serão os principais destaques da agenda econômica doméstica.

No cenário externo, as principais divulgações serão os dados de PMI de abril da Zona do Euro, Estados Unidos e China.

Quais indicadores econômicos foram divulgados na última semana?

Na última semana, o resultado primário do setor público, os dados de crédito, de inflação (IPCA-15) e de atividade econômica (confiança do consumidor e taxa de desemprego nacional) foram os principais destaques da agenda econômica.

• As contas do Tesouro Nacional, incluindo o Banco Central, registraram um déficit primário de R$ 2,250 bilhões em março e superávit de R$ 49,681 bilhões no primeiro trimestre de 2020. As contas apenas do Banco Central tiveram resultado primário nulo em março, com desempenho negativo de R$ 167 milhões no primeiro trimestre do ano.
• As concessões de crédito apresentaram expansão de 3,5% entre fevereiro e março, com alta de 28,2% para empresas e queda de 11,4% para pessoas físicas. As concessões de crédito livre, que não utilizam recursos do BNDES ou da poupança, subiram 4% no período.
• Em abril de 2020, o IPCA-15 registrou contração de 0,01%, em linha com a nossa expectativa e levemente abaixo das expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (+0,01%). No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou de 3,67% em março para 2,92% em abril.
• O índice de confiança do consumidor, calculado pela FGV, recuou 22,0 pontos, para 58,2, entre março e abril, registrando o menor patamar histórico do indicador, que começou a ser calculado em 2005.
• Por fim, a taxa de desemprego nacional, influenciada negativamente pela pandemia do coronavírus, passou de 11,4% em fevereiro para 11,5% em março de 2020 (o equivalente a 12,2% no dado original), em linha com as nossas expectativas e levemente abaixo da expectativa de mercado coletada pela Bloomberg (12,5%). Os dados mostraram uma queda generalizada na performance de todos os setores e um aumento de informalidade no mercado de trabalho brasileiro.

Já no cenário externo, os principais destaques foram o PMI composto de abril da China, as decisões de política monetária e a divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2020 dos Estados Unidos e da Zona do Euro.

• Na China, em meio aos efeitos adversos da pandemia do novo coronavírus, o PMI industrial caiu de 50,1 em março para 49,4 em abril, sugerindo que a indústria do país voltou a apresentar contração no mês.
• Nos Estados Unidos, os integrantes do comitê de política monetária decidiram, por unanimidade, manter as taxas de juros do país na atual faixa de 0% a 0,25% ao ano, em linha com as expectativas de mercado. O PIB do país apresentou queda de 4,8% na comparação anual do primeiro trimestre de 2020, frustrando as expectativas de mercado, de -4%.
• Na Zona do Euro, os dados preliminares divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia mostraram uma contração de 3,8% do PIB europeu entre o quarto trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, a maior contração histórica do indicador, mas em linha com as expectativas de mercado. Quanto à decisão de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de depósito estável em -0,50% e a taxa de refinanciamento em 0%.

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