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PIB cresce acima das expectativas no 1º trimestre, impulsionado pela Agropecuária

Setor primário avança incríveis 22% e puxa PIB brasileiro

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O IBGE divulgou, nesta manhã, os resultados do PIB no 1º trimestre de 2023. A economia brasileira cresceu 1,9% em relação ao 4º trimestre de 2022, muito acima das projeções (XP: 1,4%; consenso de mercado: 1,2%). Houve expansão de 4% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.

O desempenho mais forte que o esperado decorreu, em grande medida, do salto da Agropecuária. O PIB do setor primário avançou expressivos 22% no 1º trimestre, refletindo sobretudo a expansão acentuada da produção de soja. A propósito, a safra de grãos deve atingir máxima histórica este ano. Estimamos que, não fosse a Agropecuária, o PIB total teria crescido cerca de 1% entre janeiro e março. 

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Ainda em relação aos setores, o PIB de Serviços subiu pelo 11º trimestre consecutivo, embora venha perdendo velocidade no período recente.  Cinco entre os sete componentes do setor terciário avançaram na comparação trimestral. Destaque para Serviços de Transporte e Armazenagem, que refletiram a alta demanda por serviços logísticos – novamente, contribuição da maior atividade agropecuária. A atividade de Intermediação Financeira também merece atenção, dado o terceiro trimestre consecutivo de alta. Enquanto isso, o subsetor de Outros Serviços – inclui os serviços prestados às famílias, como alimentação fora do domicílio e hospedagem – ficou abaixo da expectativa, refletindo a dissipação gradual do impulso “pós-Covid”. Além disso, os Serviços de Informação e Comunicação registraram queda relevante no 1º trimestre, mas vale lembrar o crescimento acumulado de quase 8,5% nos três trimestres anteriores. A tabela abaixo traz os resultados de todos os componentes do PIB.     

Já o PIB da Indústria recuou – modestamente – pelo segundo trimestre seguido, com sinais mistos entre os seus componentes. Por um lado, a Indústria Extrativa permaneceu em trajetória de recuperação firme (quatro trimestres consecutivos de elevação). Por outro, a Indústria de Transformação contraiu pela terceira vez seguida, devido especialmente ao fraco desempenho das categorias de bens de capital. Além disso, a Construção Civil vem enfraquecendo, após um longo período de expansão.

Pelo lado da demanda, a Demanda Doméstica recuou no 1º trimestre (-0,5% ante o 4º trimestre). O Consumo das Famílias avançou em ritmo mais lento do que o esperado, indicando que os gastos pessoais com bens e serviços devem seguir em desaceleração. A Formação Bruta de Capital Fixo (Investimentos) sofreu contração pelo segundo trimestre consecutivo, já que as condições monetárias mais apertadas e o maior endividamento das empresas pesam sobre a demanda por bens de investimento. O Consumo do Governo subiu de forma moderada no período. Enquanto isso, o Setor Externo contribuiu significativamente – em termos líquidos – para o crescimento do PIB total no 1º trimestre (1,3%), pois o tombo das Importações muito mais do que compensou o recuo modesto das Exportações. Por fim, os dados do PIB mostraram ampliação dos estoques no começo do ano (ampliação de 1,2%).   

Em resumo, setores menos sensíveis ao ciclo econômico – Agropecuária e Indústria Extrativa como protagonistas – impulsionaram o PIB no 1º trimestre. Com isso, as projeções de crescimento econômico em 2023 devem ser revisadas para cima. Nossa projeção, atualmente em 1,4%, será revisada na próxima semana (no tradicional relatório Brasil Macro Mensal).

A atividade doméstica deve desacelerar daqui para frente, como reflexo das condições de crédito mais apertadas e da dissipação do impulso ‘pós-Covid’, porém a um ritmo mais brando do que inicialmente projetado. Além da força do Agro, destacamos a resiliência do mercado de trabalho – a geração de vagas com carteira assinada surpreendeu positivamente nos últimos meses – e o aumento acentuado das exportações. A demanda externa por produtos brasileiros continua sólida, em que pese a queda dos preços internacionais das commodities. 

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