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Indicadores econômicos divulgados entre 21/10/2019 e 25/10/2019

Agenda de Indicadores econômicos a serem divulgados na próxima semana.

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Quais indicadores econômicos devem ser acompanhados na próxima semana?

Cada um dos indicadores econômicos impacta direta ou indiretamente a economia como um todo, por isso o exercício de classificá-los de acordo com seu nível de importância não é tarefa fácil. Entretanto, existem alguns indicadores que tendem a impactar de forma mais recorrente o mercado (principalmente quando suas divulgações destoam muito das expectativas) e é exatamente por isso que adicionamos a coluna de classificação na agenda de indicadores semanais.

Apesar de todos os indicadores precisarem ser monitorados, aqueles que foram classificados com duas ou três estrelas são os que provavelmente terão maior impacto na semana que vem. Assim, para a próxima semana, vale a pena monitorar mais de perto:

  • No Brasil: Boletim Focus, IPCA-15, confiança do consumidor e do comércio e notas à imprensa do Setor Externo, Política Monetária e de Crédito;
  • Nos Estados Unidos: PMI Composto e confiança do consumidor;
  • E na Zona do Euro:  PMI Composto e confiança do consumidor.

Quais indicadores econômicos foram divulgados na última semana?

Na última semana, além dos acontecimentos políticos e comerciais que impactaram os mercados (tanto nacional quanto internacionalmente), uma série de indicadores econômicos importantes foram divulgados.

No Brasil, as principais divulgações foram o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto, o Boletim Focus e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro.  Assim como os demais indicadores de atividade econômica no Brasil, o IBC-Br apresentou performance modesta em agosto, recuando 0.7% na comparação anual (ago19 / ago18) e surpreendendo negativamente tanto as nossas expectativas (0.00%) quanto as expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (-0.5%). Na base de comparação mensal (ago19 / jul19), o indicador apresentou expansão de 0.1%, reforçando o nosso entendimento de que a economia brasileira tem crescido a passos muito lentos. O Boletim Focus, por sua vez, trouxe como principal destaque o fato de o mercado ter reduzido sua projeção de inflação para 2020 de 3,78% na última semana para 3,73% e para 2019 de 3,42% para 3,28%. Os dados recentes de IPCA abaixo do esperado e a divulgação completa da Pesquisa de Orçamentos Familiares foram duas das principais causas da queda das projeções de IPCA tanto para 2019 quanto para 2020.  Outro destaque do Boletim foi a revisão da projeção da Taxa Selic para 2020, que passou de 5,00% para 4,75%. Enquanto isso, o resultado do Caged de setembro de 2019 mostrou que, pela sexta vez consecutiva, o número de admissões ultrapassou o de demissões, mantendo o saldo geral de empregos positivo. O total de postos de trabalho gerados em setembro (157.213) ficou acima do que era esperado pelo mercado (129.902) e atingiu o maior patamar para o mês desde 2013, quando foram criadas 211.068 novas vagas. Apesar da melhora, o resultado de setembro mostrou que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda não recuperou seu patamar pré-crise e corroborou o nosso entendimento de que a economia segue crescendo de forma gradual.

Nos Estados Unidos, as principais divulgações foram as vendas no varejo e a produção industrial. As vendas no varejo caíram 0,3% em setembro ante agosto, registrando a primeira queda desde fevereiro e frustrando as expectativas de mercado (+0,2%). Enquanto isso, a produção industrial do país caiu 0,4% na passagem de agosto para setembro, também frustrando as expectativas de mercado (-0,2%).

Na Zona do Euro, as principais divulgações foram dados de inflação ao consumidor e produção industrial. O índice de preços ao consumidor (CPI) da região subiu 0,8% na comparação anual de setembro, desacelerando em relação ao acréscimo de 1% verificado em agosto e ficando abaixo das expectativas de mercado (+0,9%). A produção industrial da região, por outro lado, superou levemente as expectativas ao apresentar expansão de 0,4% em agosto ante julho.

Por fim, na China, as principais divulgações foram dados de inflação ao consumidor, produção industrial e PIB. O índice de preços ao consumidor (CPI) apresentou expansão mensal de 0,9% em setembro e, na comparação anual, avanço de 3,0%, em linha com as expectativas. O PIB do país avançou 6,0% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, surpreendendo negativamente as expectativas de mercado e marcando o ritmo mais lento de crescimento da economia chinesa desde o início da série histórica, em 1992. A produção do setor industrial da China, por outro lado, apresentou expansão de 5,8% em setembro em relação ao mesmo mês de 2018. O crescimento foi mais acelerado que os 4,4% registrados em agosto e superou as expectativas de mercado (4,9%).

Assim, os indicadores divulgados ao longo da última semana reforçaram a mensagem de que os cenários nacional e internacional permanecem mistos e com ritmo gradual de crescimento.

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