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Economia em Destaque: EUA e Europa elevam juros, Copom mantém Selic em 13,75%

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No Brasil, o destaque da semana foi a decisão de política monetária do Copom. Conforme era esperado, a taxa Selic permaneceu em 13,75% a.a.

No cenário internacional, o Fed (banco central dos EUA) elevou mais uma vez a taxa de juros em 0,25 p.p, alcançando o patamar de 5,25%. Os dados de atividade indicam um mercado de trabalho ainda aquecido, com o setor de serviços e manufatura se recuperando no último mês. Na Europa os juros também aumentaram em 0,25 p.p.. A inflação ao consumidor na região segue pressionada e a taxa de desemprego atingiu seu menor nível histórico.

Publicamos nosso relatório Macro Mensal de abril, confira os destaques abaixo e o relatório completo aqui.

Cenário internacional

EUA: FED eleva o juro em 0,25 p.p; mercado de trabalho segue aquecido

O Fed - banco central dos Estados Unidos - elevou sua taxa básica de juros em 0,25pp, para o intervalo entre 5,00% a.a e 5,25% a.a, em linha com as expectativas. No comunicado pós-reunião, o comitê deixou as “portas abertas” para as próximas decisões, deixando claro que novos movimentos dependerão da evolução dos dados econômicos.

O Fed, portanto, continuará alerta, uma vez que os dados do mercado de trabalho de março publicados nesta sexta indicaram criação de 253 mil vagas, acima das expectativas de mercado (185 mil). A taxa de desemprego caiu de 3,5% para 3,4% e os ganhos por hora cresceram 0,48% m/m. Os números mostram que, apesar do temor de recessão e a turbulência com bancos regionais (ver abaixo), o mercado de trabalho segue aquecido.

Nosso cenário prevê um ciclo de queda de juros apenas no 1º trimestre de 2024, quando devem estar mais claros o enfraquecimento da atividade local e a redução consistente da inflação.

Após falência, First Republic Bank é comprado pelo JPMorgan

Na segunda-feira, o JPMorgan adquiriu todos os depósitos e parte dos ativos do First Republic Bank, o terceiro caso de falência de um banco americano e o maior caso desde 2008. A justificativa do FRB foi a perda maior que esperada de depósitos no primeiro trimestre, levando ao regulador (Federal Deposit Insurance Corporation, o FDIC) a tomar posse do banco.

O movimento não foi suficiente para estancar os receios do mercado de uma nova crise bancária no país. Este tema continuará sendo monitorado de perto pelos analistas do mercado financeiro.

Europa: Banco Central Europeu sobe taxa de juro em meio a queda da taxa de desemprego; inflação anual cresce

O Banco Central Europeu voltou a subir juros esta semana, embora em ritmo menor: 0,25 p.p. ante 0,50 p.p. na última decisão. A taxa de refinanciamento principal chegou em 3,75%. O comunicado que acompanhou a decisão não mostrou orientação futura clara, mas sugere altas adicionais no futuro.  Projetamos pelo menos mais uma alta de 0,25 p.p nas próximas decisões.

Do lado da inflação, abril registrou aumento de 6,9% ao ano para 7,0%, a primeira variação anual positiva desde outubro. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego da zona do Euro atingiu 6,5%, o seu menor nível histórico.

Os números da economia reforçam, portanto, a perspectiva  de que o BCE seguirá elevando juros nos próximos meses..

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Enquanto isso, no Brasil...

Copom mantem taxa Selic em 13,75% a.a

O Copom manteve a taxa Selic em 13,75% a.a pela sexta reunião consecutiva, ressaltando a necessidade de paciência e serenidade na condução da política monetária para a convergência da inflação à meta. O comitê considera que a atividade econômica local desacelera dentro do esperado, mas com maior resiliência do mercado de trabalho, e a inflação ao consumidor segue acima do intervalo compatível com a meta de 3% no acumulado para o ano.

Esperamos o início do ciclo de flexibilização monetária apenas no segundo semestre, de forma gradual, com um corte de 0,25pp na reunião de agosto, seguido de sucessivos cortes de 0,50pp até a taxa básica atingir 12,00% no final de 2023 e 11,00% no primeiro semestre de 2024.

Publicamos nosso relatório Macro Mensal

No cenário global, a economia está desacelerando devido a condições financeiras restritivas, e os bancos centrais chegaram ou estão perto do fim do ciclo de aperto monetário, mantendo as taxas de juros elevadas por um tempo considerável. No Brasil, a atividade econômica surpreendeu positivamente nos últimos meses, levando a uma revisão na nossa estimativa de crescimento do PIB para 2023 de 1,0% para 1,4%, enquanto a projeção para 2024 permanece em 1,0%. A inflação de serviços ainda mostra resistência, e nossas projeções para o IPCA continuam em 6,2% para 2023 e 5,0% para 2024. Do lado fiscal, mesmo com receitas adicionais, a nova regra não deve gerar melhoria no curto prazo, e o déficit primário de 1,1% do PIB em 2023 e 1,0% do PIB em 2024 deve levar a aumento da dívida pública. No setor externo, por conta de um contexto externo mais favorável, a taxa de câmbio se fortaleceu nas últimas semanas, e atribuímos um viés de baixa para nossa estimativa de R$/US$ 5,30 no final de 2023. Por fim, esperamos que o Copom inicie um ciclo de flexibilização monetária gradual no segundo semestre, com juros se estabilizando em patamares mais elevados devido ao viés expansionista da política fiscal, com a Selic atingindo 11% a.a no primeiro semestre de 2024.

Para mais detalhes, acesse o relatório aqui.

Mercado segue de olho na indicação do próximo diretor do Banco Central

A imprensa reportou a possibilidade de Gabriel Galípolo, atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, ser indicado como novo diretor do banco Central. Fernando Haddad criticou a manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a, “pela terceira vez”, “em uma economia que tem as menores taxas de inflação” e disse aguardar “a hora certa” para anunciar os novos nomes.

Além de Galípolo, o atual economista-chefe da FIESP, Igor Rocha, e o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, são outros nomes ventilados.

O que esperar da semana que vem

No cenário internacional, serão divulgados os números de inflação de EUA, Alemanha e China, todos referentes a abril; no caso dos dois últimos, serão publicados também alguns dados de atividade econômica.

No Brasil, a semana será dominada por dados de inflação: IGP-DI e IPCA, ambos de abril. Para o segundo, esperamos variação de 0,61% m/m e 4,18% a/a. Além disso, o Banco Central divulgará a ata da última decisão do Copom. Na seara da atividade, o IBGE também divulgará a Produção Industrial Mensal de março, indicador cuja expectativa da XP é de variação de 0,9% m/m e 0,7% a/a.

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