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Economia em Destaque: China anuncia novos estímulos para o consumo

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

O governo da China anunciou aumento significativo de emissão de títulos públicos especiais para estimular o consumo e modernizar equipamentos empresariais em 2025. O objetivo é impulsionar a economia, que vem enfrentando dificuldades em meio a uma grave crise imobiliária, elevado endividamento dos governos regionais e fragilidade da demanda interna.
Nos Estados Unidos, indicadores antecedentes da indústria vieram acima do esperado em dezembro, enquanto os pedidos de seguro-desemprego na semana passada reforçaram o cenário de solidez do mercado de trabalho.
No Brasil, o setor público registrou déficit primário de R$ 6,6 bilhões em novembro de 2024, resultado melhor que o déficit de R$ 37,3 bilhões no mesmo mês de 2023. Apesar disso, a razão entre Dívida Bruta do Governo Geral e PIB subiu quase 4 p.p. no período, atingindo 77,7%.

Gráfico da Semana

Cenário Internacional

Estímulos adicionais na China em meio à fraqueza da atividade

O governo chinês anunciou um aumento significativo de títulos públicos especiais para estimular o consumo e modernizar equipamentos empresariais em 2025. As emissões podem atingir até 3 trilhões de yuans (cerca de 410 bilhões de dólares), segundo sinalizações recentes. Os recursos serão utilizados em programas que incluem incentivos para troca de veículos e eletrodomésticos, além de subsídios para a aquisição de produtos eletrônicos, como celulares e tablets. O objetivo é impulsionar a economia, que vem enfrentando dificuldades em meio a uma grave crise imobiliária, elevado endividamento dos governos regionais e fragilidade da demanda interna. O governo tem reiterado a meta de crescimento de 5% para o PIB de 2025.

Conforme divulgado nesta semana, os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China seguem próximos a 50 pontos, marca que separa crescimento de contração. Esses índices são oriundos de sondagens com empresários e refletem a avaliação sobre condições atuais da economia e dos negócios. Por exemplo, o PMI Industrial divulgado pelo governo recuou de 50,3 em novembro para 50,1 em dezembro, enquanto o índice análogo publicado pelo grupo de mídia Caixin declinou de 51,5 para 50,5 no período.

Atividade econômica dos EUA permanece sólida

Nos Estados Unidos, houve 211 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, abaixo da expectativa de mercado de 221 mil. Outros indicadores de atividade também surpreenderam positivamente nos últimos dias. A leitura final do PMI Industrial de dezembro ficou em 49,4 pontos, acima do dado preliminar de 48,3. Na mesma direção, o ISM Industrial subiu de 48,4 em novembro para 49,3 em dezembro, o maior patamar desde março. Apesar do aumento na margem, os índices do setor manufatureiro seguem abaixo do nível que separa expansão de queda (50,0). Enquanto isso, os índices de serviços – os resultados de dezembro serão divulgados na semana que vem – continuam em território positivo. O ISM de Serviços ficou em 52,1 em novembro, marcando o quinto mês consecutivo de crescimento no setor. 

No Brasil...

Dívida Bruta do Governo Geral sobe quase 4 p.p. do PIB em um ano

O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 6,6 bilhões em novembro, resultado melhor que o déficit de R$ 37,3 bilhões no mesmo mês de 2023. Em relação aos dados desagregados, o governo central e as empresas estatais registraram déficits de R$ 5,7 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente, enquanto os estados e municípios apresentaram pequeno superávit de R$ 0,4 bilhão. A melhora do saldo em comparação ao ano anterior foi puxada pelo governo central (houve déficit de R$ 38,9 bilhões em 2023), refletindo a combinação de: medidas governamentais de aumento de receitas; atividade econômica mais forte; inflação mais alta; e taxa de câmbio mais depreciada, que favorece a arrecadação tributária. No acumulado em 12 meses, entretanto, o setor público consolidado ainda mostra déficit primário expressivo (R$ 192,9 bilhões ou 1,6% do PIB).  

De fato, a razão entre Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e PIB subiu 3,9 p.p. em 12 meses, para 77,7%. Segundo nossas estimativas, o setor público registrará déficit primário de R$ 49,7 bilhões (0,4% do PIB) em dezembro de 2024, e DBGG de 78,1% do PIB. Para o final de 2025, por sua vez, projetamos saldo negativo de R$ 71,1 bilhões (0,6% do PIB) e endividamento público de 82,0%.

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O que esperar da semana que vem

No cenário internacional, destaque para dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, particularmente o relatório de emprego (Nonfarm Payroll) na 6ª-feira. Na 4ª-feira, o banco central americano (Fed) publicará a ata da última reunião de política monetária. Além disso, leituras finais de PMIs (Serviços e Composto) serão divulgados nos Estados Unidos, Europa e China – PMIs são índices oriundos de sondagens com gerentes de compras de empresas a respeito das condições econômicas e dos negócios. Por fim, o mercado irá monitorar a publicação dos índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) da China na 4ª-feira.

No Brasil, o destaque da próxima semana será a divulgação do IPCA de dezembro (6ª-feira) – estimamos que o indicador encerrou 2024 com alta de 4,9%, acima do limite superior do intervalo de tolerância que contém a meta de inflação (4,5%). Haverá também a divulgação de indicadores de atividade econômica referentes a novembro – Produção Industrial (PIM) na 4ª-feira e Vendas no Varejo (PMC) na 5ª-feira. Veja as nossas projeções abaixo.

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