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A nova aposta da Polygon – Radar Criptomoedas

Google amplia sua presença no setor, BNY Mellon oferecerá serviços de criptomoedas e CVM divulga novo parecer

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Boa tarde, este é um relatório semanal publicado pelo time de Research XP, mostrando o que movimentou o mercado de cripto nos últimos dias, além de análises e comentários das principais notícias.

Conheça a Xtage, a plataforma de cripto da XP Inc.

O que movimentou o mercado?

Fonte: Coingeck, XP Research. *Os dados acima são até às 10h40 de 17/10/2022

Na última semana, o mercado foi mais uma vez marcado por volatilidade, com a divulgação de dados sobre a inflação nos Estados Unidos. Na quinta-feira, o preço do Bitcoin chegou a cair mais de 3,5%, abaixo do patamar de US$18.400 e no mesmo dia, voltou a subir e atingiu US$19.800, acompanhando o movimento das bolsas de valores. No agregado, o valor das criptomoedas avançou para US$ 934 bilhões, registrando uma alta de +0,16% vs. a semana anterior.

A inflação ao consumidor americano (CPI) no mês de setembro veio acima das expectativas, tendo subido 0,4% em setembro, ante consenso de 0,2%. Já o seu núcleo, que exclui alimentos e energia, subiu 0,6% pelo segundo mês consecutivo, indicando uma pressão inflacionária ampla em toda a economia. Em 12 meses, o índice acumula alta de 8,2%, consideravelmente acima da meta do Fed.

Com a elevação da inflação acima do esperado e o mercado de trabalho aquecido, como mostrou o relatório Payroll, na semana retrasada, podemos esperar uma nova elevação de 0,75pp na taxa de juros norte-americana na próxima decisão de política monetária do Fomc, no início de novembro.

Principais notícias

Google começará a aceitar criptomoedas

A gigante de tecnologia anunciou em sua conferência, Cloud Next, que irá começar a aceitar pagamentos com criptomoedas para seus serviços em nuvem, através de uma integração com a exchange Coinbase. Primeiramente, serão selecionados um grupo de clientes, envolvidos em projetos de Web3.

Em troca, a Coinbase usará a plataforma do Google Cloud para processar dados de blockchain e aumentar o alcance de seus serviços de criptografia em todo o mundo, além de usar a infraestrutura de Cloud para realizar análise de informações de seus clientes por meio de machine learning.

BNY Mellon oferecerá serviços de criptomoedas

Um dos bancos mais antigos dos EUA começará a oferecer custodia de criptomoedas aos seus clientes. Segundo comunicado, o BNY Mellon armazenará chaves privadas de acesso aos fundos e prestará os mesmos serviços de escrituração oferecidos aos gestores de fundos em outros ativos, como ações e títulos.

O banco considera que as criptomoedas são “a ponta da lança” e que outros ativos tokenizados serão promissores, apesar de estarem menos desenvolvidos. Um estudo recente feito pela própria instituição financeira, mostrou que mais de 90% dos investidores institucionais procuram investir no segmento de criptoativos.

CVM divulga novo parecer sobre criptoativos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou na terça-feira (11) um parecer com orientações sobre a atuação dos criptoativos no mercado mobiliário. O documento indica em que situações a CVM pretende exercer sua autoridade sobre os criptoativos enquanto não há regras mais claras sobre como regular este setor.

O órgão buscará transparência e clareza de informações, atenta ao mercado marginal de criptoativos, tokenização de ativos digitais, entre outras frentes. Para isso, criou um enquadramento dos tokens em taxonomia que servirá para indicar o seu tratamento jurídico. Inicialmente, a taxonomia seguirá as seguintes categorias:

  • Token de Pagamento (cryptocurrency ou payment token)
  • Token de Utilidade (utility token)
  • Token referenciado a Ativo (security tokens, stablecoins e os NFTs)

Com o parecer, percebemos que a CVM é receptiva às novas tecnologias que contribuem e influenciam positivamente a evolução do mercado de valores mobiliários e possui uma postura menos punitiva que a SEC até o dado momento.

A nova aposta da Polygon

No começo da semana, a Polygon, um dos principais protocolos de escalabilidade, lançou a rede pública de testes (testnet) de sua tecnologia de “Prova de Conhecimento Zero” (Zero-Knowledge Proof), compatível com o Ethereum Virtual Machine (EVM).

Como funciona essa tecnologia? Também conhecida como ZK-Rollups, ela permite que os dados sejam verificados fora da cadeia principal e, em seguida, uma forma mais “simplificada” dos dados pode ser enviada a rede, aumentando a quantidade de transações e diminuindo suas taxas.

Já o EVM, é um software que executa todos os tipos de transação na blockchain e onde é implementado os smart contracts. Então, quando falamos de zkEVM, estamos falando das soluções de segunda camada fornecidas pela Prova de Conhecimento Zero, em um ambiente que não é apenas compatível, mas equivalente ao Ethereum. Construir dApps através de outros protocolos, pode ser um desafio porque o código pode não se adaptar bem com a blockchain da Ethereum e vice-versa.

Com a implantação da zkEVM, os desenvolvedores não precisarão usar novas linguagens de programação e poderão transferir seus contratos inteligentes da Ethereum sem dificuldades para a Polygon, se beneficiando da segurança e da descentralização da blockchain. Algumas das maiores plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), incluindo Aave e Uniswap, bem como a plataforma social Web3 Lens, serão as primeiras a utilizar a tecnologia zkEVM.

Quando vemos os números da Polygon, percebemos que há um crescimento significativo de usuários, chegando a atingir sua máxima histórica de 5,8 milhões de endereços ativos.

Fonte: Polygon Analytics

Outra métrica são as vendas de NFTs, que vem aumentando rapidamente, com recorde em setembro de US$ 2,36 bilhões.

Fonte: Polygon Analytics

Aprenda mais 🎓

EVM (Ethereum Virtual Machine)

Conhecido como o “coração da Ethereum”, EVM é o software que executa todos os tipos de transação na blockchain da Ethereum. Ele é usado para a criação de aplicativos descentralizados (dApps), bem como para implantar os contratos inteligentes (smart contracts) na rede.

Os desenvolvedores podem criar um contrato por meio de uma linguagem de programação como Solidity, Serenity ou Viper. Posteriormente, o contrato será compilado e transformado em um código de bytes (EVM bytecode) e então é executado na Ethereum Virtual Machine.

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