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Paulo Guedes diz que há muito ‘barulho’ sobre aprovação do Orçamento: saiba o que está em jogo na visão do ministro

Em bate-papo organizado pelo InfoMoney e pela XP, o ministro da Economia analisou a conjuntura política-econômica e os impactos da aprovação do Orçamento da União

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A aprovação do Orçamento da União, principal assunto do momento que envolve a política e a economia do Brasil, foi comentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em Live exclusiva organizada pelo portal Infomoney, em parceria com a XP, na série especial de 1 ano de pandemia. De acordo com o comandante da pasta que rege as medidas econômicas para o Brasil, o impasse gerado em torno do tema tem muito “barulho” e não se vê o que, de fato, é relevante, segundo a visão do ministro.

“Não há desentendimento, uma briga ou uma guerra. Disseram que havia uma guerra do presidente da Câmara com o ministro da Economia ou guerra contra o Senado. Não é esse o clima, de forma alguma”, disse Paulo Guedes durante a primeira pergunta realizada pelo economista-chefe da XP, Caio Megale.

A polêmica gerada na aprovação do Orçamento pelo Congresso, há cerca de duas semanas, está em cima da questão dos gastos obrigatórios frente ao aumento de distribuição de emendas parlamentares no jogo político. De acordo com a análise de Guedes, o Orçamento como foi aprovado é um dilema para o governo: “Você tem que estar juridicamente blindado. Tecnicamente, tudo tem de estar encaixado. Mas, por outro lado, deve ser politicamente satisfatório”, declarou Guedes.

Ainda cabe para o presidente Jair Bolsonaro sancionar ou vetar os pontos levantados e aprovados no Congresso. Segundo o ministro da Economia, essa questão coloca em jogo também a imagem do presidente nas eleições de 2022, uma vez que sancionar integralmente o Orçamento como foi aprovado poderia causar problemas jurídicos com o TCU e vetar integralmente também seria “politicamente desconfortável”, de acordo com suas palavras durante a Live.

Portanto, Guedes acredita que o veto parcial deve ser a estratégia de Bolsonaro para não desagradar os parlamentares e, também, para reendereçar alguns pontos relevantes do ponto de vista econômico que não foram contemplados.

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