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Bolsa do Japão cai 12,4% e ativa ‘circuit breaker’: entenda o que está por trás da queda

Queda é a maior desde a 'black monday' de 1987

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A Bolsa de Valores de Tóquio ativou o mecanismo de “circuit breaker” após uma queda acentuada no índice Nikkei 225, que despencou 12,4%, e no TOPIX, que caiu 7,3% nesta segunda-feira (5). Esse foi um dos maiores declínios diários recentes, levando à suspensão temporária das negociações para estabilizar o mercado e prevenir vendas em pânico. A queda desta segunda-feira também é a maior desde a “black monday” de 1987.

Historicamente, a última vez que a Bolsa japonesa viu uma queda comparável foi durante a crise financeira global de 2008, quando o Nikkei também sofreu perdas significativas. Outro evento notável foi em 2011, após o terremoto e tsunami no Japão, que causaram quedas acentuadas nos mercados financeiros do país.

Outros países asiáticos também sofreram com quedas nesta segunda-feira, com o índice sul-coreano Kospi caindo 8,77% em Seul, a 2.441,55 pontos, e o Taiex recuando 8,35% em Taiwan, a 19.830,88 pontos.

Por que as bolsas estão caindo?

A queda significativa de hoje na Bolsa de Valores de Tóquio pode ser atribuída a uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, há uma crescente preocupação com a desaceleração econômica global, alimentada por sinais de fraqueza em várias economias importantes, incluindo os Estados Unidos e a China. A situação é agravada pela inflação persistente, que tem pressionado os bancos centrais a manterem políticas monetárias restritivas, elevando as taxas de juros e, consequentemente, afetando negativamente os mercados de ações.

No Morning Call XP transmitido hoje, o estrategista-chefe e head do Research da XP, Fernando Ferreira, comentou os acontecimentos, destacando as diversas motivações para o movimento de queda. “Dessa vez, não parece ter apenas um catalisador por trás desse grande movimento de mercado. Ou seja, vemos uma conjunção de vários fatores. Os dados nos EUA, de emprego e manufatura, pioraram na última semana, o que fez com que as bolsas tivessem uma queda forte. Ações do setor de tecnologia são as principais afetadas, com devido a sua ciclicidade e múltiplos elevados. “O Warren Buffet vendendo 50% da sua posição em Apple também não ajuda”, comentou o estrategista.

O Japão, país cujas ações mais sofreram nos últimos dias, teve movimento de queda iniciado após o banco central local elevar juros e anunciar redução das compras de ativos, fazendo com que investidores desmontassem posições de carry trade, que consiste na venda de uma moeda com juros baixos pra investir em outra que tenha juros mais elevados (como a moeda brasileira).

Além disso, o Japão enfrenta desafios econômicos internos, como a incerteza política e as dificuldades estruturais de longo prazo, incluindo uma população em envelhecimento e uma força de trabalho em declínio. Recentemente, a depreciação do iene também aumentou os custos de importação, contribuindo para um cenário econômico desfavorável. Esses fatores têm gerado incerteza entre os investidores, levando a uma retirada significativa de capital dos mercados de ações. Comentamos mais no Top 5 temas globais da semana.

Outra possível motivação para a queda de hoje é a tensão geopolítica nas regiões do Oriente Médio e Ásia-Pacífico, especialmente em relação à segurança e à política comercial. As preocupações com possíveis conflitos e desestabilizações na área aumentam o risco percebido pelos investidores, levando a uma aversão ao risco e à venda de ativos mais voláteis.

O que é o “circuit breaker”?

A ativação do “circuit breaker” é uma medida preventiva utilizada para acalmar os mercados durante períodos de volatilidade extrema, permitindo aos investidores um momento para avaliar a situação e evitar decisões precipitadas de venda. Esse mecanismo reflete a preocupação com a atual instabilidade econômica global e o impacto de eventos geopolíticos e econômicos sobre os mercados financeiros.

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