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Nubank (ROXO34): Um trimestre mais lento não impediu que os lucros dobrassem | Revisão 4T24

Confira nossa análise para os resultados do 4T24 do Nubank

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O Nu adicionou 4,5 milhões de clientes durante o trimestre e 20,4 milhões nos últimos doze meses. Portanto, o banco terminou 2024 com um total de 114,2 milhões de clientes. Desses, 101,8 milhões estão no Brasil (+15,8% A/A), 10,0 milhões no México (+92,3% A/A) e 2,5 milhões na Colômbia (+212,5% A/A). Em termos de taxa de atividade (clientes ativos divididos pelo total de clientes), o Nu registrou uma queda de 50 bps, atingindo 83,1%. No entanto, os clientes ativos em diferentes produtos no Brasil continuaram a crescer: 25,7 milhões de clientes ativos em investimentos (+71% A/A), 3,0 milhões de contas ativas de PMEs (+36% A/A), 2,3 milhões de apólices de seguro ativas (+64% A/A) e 15,5 milhões de clientes ativos em Pix e Boleto Financeiro (+14% A/A).

A carteira total atingiu US$ 20,7 bilhões, uma queda de -0,7% T/T, mas um aumento de +13,7% A/A. Em termos ajustados pelo câmbio (FXN), o crescimento foi de +13% T/T e +45% A/A. Desses US$ 20,7 bilhões, 29% vêm de empréstimos e 71% de cartões de crédito. A Carteira de Juros (IEP) permaneceu em US$ 11,2 bilhões. Na carteira de cartão de crédito, 33% são parcelas geradoras de juros, enquanto 67% não geram juros. Esse perfil difere da média do mercado, em que 80% da carteira de cartões de crédito é isenta de juros. Os depósitos também cresceram, encerrando o trimestre em US$ 28,9 bilhões (+22% A/A ou +55% FXN), com um custo de captação de 89%, estável em relação ao trimestre anterior. Desses depósitos, US$ 23,1 bilhões estão no Brasil, US$ 4,5 bilhões no México e US$ 1,3 bilhão na Colômbia. Como resultado, a relação empréstimo/depósito (LDR) foi de 39%, ante 40% no trimestre anterior. Vale destacar que, para essa métrica, a Nu considera apenas a carteira de juros. Se considerarmos o cálculo tradicional, mais comparável a outras instituições financeiras, o índice seria de 72% no 4T24 (vs. 73,7% no 3T).

As receitas totalizaram US$ 3,0 bilhões, refletindo um crescimento de +2% T/T e +24% A/A (+50% A/A FXN). A linha de Receita de Juros e Ganhos com Instrumentos Financeiros aumentou 28% A/A (55% A/A FXN), atingindo US$ 2,5 bilhões no 4T, impulsionada por três fatores principais: receita de juros sustentada do portfólio de financiamento ao consumidor, o mix de crédito e maior receita de juros de equivalentes de caixa e títulos.

Em relação a Receita de Tarifas e Comissões, ela cresceu 9% A/A (32% A/A FXN), totalizando US$ 495,6 milhões, impulsionada por (i) aumento nas taxas de intercâmbio e (ii) crescimento das taxas de atraso.

A Receita Média Mensal Consolidada por Cliente Ativo (ARPAC) para outro trimestre caiu sequencialmente para US$ 10,7 (-2,7% T/T), mas subiu +23% A/A FXN. Embora a Nu tenha continuado a aumentar o número médio de produtos por cliente, a aceleração da base de clientes no México e na Colômbia afetou essa métrica. Durante o mesmo período, o Custo Médio Mensal Consolidado para Servir por Cliente Ativo (CTS) permaneceu estável em US$ 0,8, com um crescimento de +11% A/A FXN.

A Margem Financeira Bruta (NII) fechou o trimestre em US$ 1,7 bilhão, +1,9% T/T e +29,7% A/A (+57% A/A FXN). Nu afirmou que a desaceleração do crescimento T/T foi impulsionada principalmente pela combinação de três fatores: (i) redução dos rendimentos na carteira de cartão de crédito, refletindo um perfil de risco melhorado dos clientes e produtos; (ii) diminuição dos rendimentos dos empréstimos à medida que os empréstimos garantidos continuam crescendo; (iii) pressão contínua nos custos de captação no México e na Colômbia. Como resultado, a Margem Financeira Líquida (NIM) caiu de 18,4% no 3T para 17,7% no 4T24, desacelerando o ritmo de compressão. As métricas ajustadas ao risco também caíram para 9,5% (de 10,1% no trimestre anterior).

A qualidade do crédito apresentou melhora. A inadimplência inicial (15-90 dias) caiu para 4,1% no 4T, e a inadimplência tardia (90+ dias) também caiu, atingindo 7,0% (-20 bps T/T). As despesas com provisão para perdas de crédito atingiram US$ 804 milhões (+4% T/T e +36% A/A), elevando o custo de crédito para 15%. Por fim, as baixas contábeis menos recuperações fecharam o trimestre em US$ 618,5 milhões, alta de 8% T/T e 44% A/A.

O custo total dos serviços financeiros e transacionais prestados totalizou US$ 1,63 bilhão, +28% A/A (+56% FXN), refletindo (i) maiores despesas com juros, acompanhando o crescimento dos depósitos, e (ii) aumento das despesas com a emissão de letras financeiras. Como resultado, o Lucro Bruto terminou o trimestre em US$ 1,36 bilhão (+1% T/T e +19% A/A), resultando em uma margem bruta de 46%. As despesas operacionais caíram sequencialmente em -5% T/T e subiram +2% A/A.

Apesar do aumento de custos e despesas, a Nu entregou um lucro líquido superior. Durante o 4T24, o lucro líquido totalizou US$ 552,6 milhões (lucro líquido ajustado de US$ 610,1 milhões), estável em relação ao trimestre anterior e +53% A/A. Esse lucro implica em um ROAE de 29% (32% ajustado), o mais alto entre os bancos no Brasil.

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