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Inter & Co (INBR32): Dinâmica positiva de resultados; ROE continua em trajetória de alta

Inter & Co (INBR32): Confira aqui nossa análise detalhada sobre os números divulgados resultado do 4T24 do Banco Inter.

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A base de clientes atingiu 36,1 milhões (+19% A/A e +3% T/T), mantendo um ritmo sólido de crescimento. Clientes ativos chegaram a 20,6 milhões (25% A/A). A taxa de atividade alcançou 56,9% (+94bps e +286bps T/T e A/A, respectivamente). Dentre esses, Clientes PJ chegaram a 2,2 milhões (6% do total), um crescimento de 21% A/A. Não apenas a base de clientes está crescendo, mas também a penetração de produtos. O Inter aumentou com sucesso o número de clientes ativos no programa de fidelidade, compras, investimentos, seguros e conta global.

A carteira de crédito aumentou 32,8% A/A e 8,2% T/T, totalizando R$ 41,2 bilhões. Esse forte desempenho T/T e A/A foi impulsionado por Antecipação de Recebíveis de Cartão de Crédito (+352%), FGTS (+56%), Home Equity (+52%), Cartões de Crédito (+25%) e Hipotecas (+24%). Esses avanços mais do que compensaram a queda de 54% no segmento de agronegócios. A Inter&Co destacou que sua “carteira Consumer Finance 2.0”, que inclui Pix Financing, BNPL e Cheque Especial, registrou crescimento de 38% T/T, ultrapassando R$ 695 milhões. Apesar da desaceleração marginal em comparação ao 3T, o crescimento contínuo dessa linha deve beneficiar o NIM da Inter. Nesse sentido, a taxa “all-in” implícita para o trimestre reverteu a trajetória de queda observada no período anterior, saltando 140 bps para 22,0%. Como resultado, por mais um trimestre consecutivo, a empresa conseguiu aumentar seu NIM (de 8,1% para 8,3%) e o NIM ajustado ao risco (de 4,8% para o recorde de 5,0%).

Tanto NPL>90 quanto 15-90 apresentaram queda sequencial (30bps para 4,2% e 20bps para 3,4%, respectivamente), indicando que as novas safras de crédito (especialmente em cartões de crédito) continuam com bom desempenho. Por outro lado, a formação de NPL ficou em 1,8% da carteira de crédito total, impactada pela reclassificação de renegociações para estágio 3, de acordo com a Resolução CMN 4.966.

Receita Bruta e Receita Líquida totalizaram R$ 3,0 bilhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente. A receita líquida aumentou 10% sequencialmente, +6% vs. XPe, e +40% A/A. O NII saltou 42% A/A, impulsionado pela contínua repricing e pela nova alocação de liquidez. Segundo a empresa, “As exigências anteriormente compulsórias do Agronegócio foram realocadas para outros títulos com rendimentos mais altos.” As receitas de tarifas também apresentaram forte crescimento, aumentando 37% como resultado de efeitos de rede, hiperpersonalização e cross-selling eficaz. Os maiores contribuintes para as tarifas foram comissões e corretagem, interchange e ganhos de capital. Como resultado, a proporção de receitas de tarifas ficou em 32% do total das receitas líquidas, cobrindo 71% dos custos de SG&A

ARPAC bruto manteve seu momento positivo e aumentou sequencialmente para R$ 49,3, o que vemos como uma melhora. ARPAC líquido também registrou avanço (+4% T/T e +16% A/A), em decorrência tanto do crescimento de receitas quanto do controle disciplinado de custos.

O custo de risco diminuiu marginalmente em 10 bps T/T, ficando em 5,0%, refletindo o bom desempenho das recentes modalidades de crédito e o conservadorismo da Inter na concessão de crédito. As provisões para perdas em empréstimos atingiram R$ 496 milhões, 3% abaixo de nossa estimativa (5% acima T/T e +29% A/A). Como resultado, o Índice de Cobertura manteve-se estável em 136%, patamar que ainda consideramos saudável.

As despesas totais chegaram a R$ 841 milhões (+7% T/T e +34% A/A). O crescimento foi impulsionado por marketing, tecnologia e pessoal. Ainda assim, a Inter conseguiu apresentar um índice de eficiência menor, de 50,1% (-60bps T/T).

CTS aumentou sequencialmente e anualmente (+3% T/T e +4% A/A), encerrando o 4T24 em R$ 13,0.

Como resultado da combinação de maiores receitas com custos e despesas sob controle, a Inter entregou um lucro líquido de R$ 295 milhões (+13% T/T e +85% A/A). Esse nível implica um ROE de 13,2%, 120 bps e 460 bps acima do 3T24 e 4T23, respectivamente. Embora reconheçamos que a Inter melhorou notavelmente sua rentabilidade, reiteramos nossa visão de que, apesar de o banco estar no caminho certo, o ritmo atual ainda parece abaixo do nível necessário para alcançar as metas de 2027.

A Inter encerrou 2024 com CET1, Tier 1 e BIS de 15,2% (ante 23,0% em 2023). Ao longo de 2024, a empresa decidiu otimizar ainda mais sua estrutura de capital, concentrando-se em aumentar a base de capital no nível da holding. No 4T24, o capital excedente no nível da holding chegou a R$ 1,5 bilhão (acima de R$ 1,1 bilhão no 3T). Portanto, no nível bancário (Banco Inter S.A.), o índice Tier-I diminuiu para 15,2%, principalmente devido a (1) crescimento em empréstimos e investimentos, (2) pagamentos de dividendos do Banco Inter S.A. para a Inter&Co, e (3) aumento nos ativos fiscais diferidos, atribuído a resultados negativos de marcação a mercado em títulos disponíveis para venda, que impactam negativamente o patrimônio de referência. Embora o índice BIS no nível bancário pareça adequado, se ajustarmos o índice de capital para incluir o capital excedente alocado na holding, o BIS seria de 19,5%, acima do que consideramos eficiente.

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