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Resumo da Semana: Ibovespa fecha em queda de 1,87%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 06/01 a 10/01

Ibovespa: -1,87% | 115.503 pontos

O Ibovespa teve uma semana negativa, acumulando queda de 1,87% em 115.503 pontos. O índice seguiu um movimento de realização de lucros após alta significativa no fim de 2019.

A semana foi tumultuada no internacional com a súbita escalada de tensões no Oriente Médio no começo da semana, depois do ataque americano contra o general iraniano Qassem Soleimani e a retaliação do Irã. No entanto, sinais de que os EUA e o Irã se afastaram da beira de uma guerra ajudaram a revitalizar o apetite ao risco. Com isso, a atenção se volta à economia e ao acordo comercial de fase 1 entre EUA e a China, que aguarda a visita do vice-premier chinês à Washington na próxima semana para a cerimônia de assinatura. Na sexta-feira, foram divulgados dados de criação de emprego nos EUA abaixo do esperado, mas como o crescimento de salário também foi abaixo do esperado, a expectativa de juros continuarem baixos foi sustentada, sendo positivo para as bolsas.

No Brasil, o Banco Central apresentou os resultados da agenda BC#. No geral, a apresentação foi negativa para os bancos, cujas ações caíram 1,5-2%, dado que a maioria das medidas destacadas incentiva a competição. Além disso, dados da produção industrial de novembro frustraram as expectativas e interromperam o processo de recuperação que o setor vinha experimentando por três meses consecutivos.


Câmbio e juros

Na semana terminada em 10 de janeiro, a curva DI futuro abriu 7bps, atingindo 7,21% para janeiro de 2031. Já o dólar fechou a semana em ligeira alta de +0,9% em R$ 4,09/USD principalmente por uma semana no geral positiva nos mercados internacionais.


O que esperar

Na próxima semana, no Brasil, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação das pesquisas de serviços e de comércio, bem como do índice de atividade econômica do Banco Central. Na nossa visão, os indicadores devem reforçar a mensagem de recuperação gradual da economia brasileira, puxada principalmente pelo comércio de bens duráveis.

No campo externo, serão divulgados dados de inflação e de produção industrial tanto nos Estados Unidos quanto na Zona do Euro. Na China, os destaques serão dados de atividade (vendas no varejo, produção industrial e PIB). Os indicadores devem reforçar mais uma vez a mensagem de que, apesar das tensões geopolíticas, os riscos de recessão das principais economias globais têm se tornado gradativamente menores.

Clique aqui para mais detalhes sobre a agenda econômica semanal.


Ações

As ações foram impulsionadas pela expectativa de venda de sua participação na Taesa. A venda de ativos está dentro da agenda da Cemig de reorganização da empresa para a posterior privatização.

A Petroquímica teve sua recomendação elevada por duas casas de análise. Além disso, ainda há um otimismo com relação ao acordo com autoridades para reparação de prejuízos a vítimas de fenômenos de afundamento em Maceió.

A Eletrobras ampliou ganhos após fala do ministro de minas e energia, Bento Albuquerque, sobre privatização da empresa no segundo semestre de 2020

Preços de celulose apresentaram alta nesta semana (+US$1,4/t), para US$458,3/t. Ainda, apesar de não estar claro se existe algum impacto sobre celulose, incêndios na Austrália podem ter levantado alguma preocupação sobre oferta da commodity.

Sem notícias específicas, acreditamos que as ações foram positivamente impactadas pelo otimismo do mercado frente ao resultado do quarto trimestre de 2019.

Empresa sofreu pressão devido a revisão para baixo de outra casa de análise.

As ações reagiram negativamente ao anúncio do cancelamento do contrato de aquisição de parte da carteira de clientes da Agemed (operadora de planos de saúde da região Sul).  

As ações reagiram negativamente após a Hering ter anunciado a abertura de uma empresa no Uruguai para iniciar o plano de abertura de lojas próprias no país.

As ações dos bancos tradicionais em geral foram impactadas negativamente após o Banco Central apresentar os resultados da Agenda BC# e o rumo de suas iniciativas, das quais visa fomentar a competição e a entrada/fortalecimento de concorrentes.

As ações dos bancos tradicionais em geral foram impactadas negativamente após o Banco Central apresentar os resultados da Agenda BC# e o rumo de suas iniciativas, das quais visa fomentar a competição e a entrada/fortalecimento de concorrentes.


Tesouro Direto

Os principais destaques da semana com efeitos sobre o mercado e a curva de juros futura foram:

Dados de inflação 2019, que ficaram acima da expectativa do mercado, dados mais fracos do que esperados de produção industrial e leilão de NTN-F 2031 no dia 10 de janeiro.

Com dados indicando riscos relativamente baixos de alta na inflação, o mercado continua esperando novo corte na taxa Selic na próxima reunião do Copom, em fevereiro, para 4,25%, com efeito de fechamento de curva no curto a médio prazos.

Já o efeito de abertura na parte longa da curva veio devido ao leilão realizado pelo Tesouro Nacional de 2 milhões de títulos NTN-F com vencimento em 2031, o maior já realizado.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

É importante ter em mente que os efeitos da marcação a mercado só são capturados de fato em caso de venda dos títulos antes do vencimento.


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