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Resumo da Semana: Ibovespa fecha em alta de 0,6%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 14/05 a 21/05

Ibovespa: +0,58% | 122.593 pontos

Em uma semana marcada por grande volatilidade nos mercados globais, o Ibovespa fechou a semana com uma alta de +0,6% aos 122.593 pontos. As Bolsas globais abriram a semana em queda, com a extensão das preocupações com a alta da inflação nos EUA. Apesar disso, os principais índices globais voltaram a se recuperar nos últimos dois dias após dados econômicos muito positivos. Em particular, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA vieram no menor nível desde o início da pandemia, e as prévias dos PMIs de maio para os EUA e a zona do Euro marcaram novas altas históricas, indicando forte expansão de atividades, principalmente no setor de serviços.

O grande evento da semana foi a ata do Federal Reserve liberada na quarta-feira. No documento, chamou a atenção o fato de que alguns dirigentes indicaram a intenção de começar a discutir uma redução na compra de ativos nas próximas reuniões. O tom um pouco mais hawkish trouxe à tona novamente o temor da retirada de estímulos monetários antes do esperado, e levou a quedas expressivas nos mercados globais. O time de Economia entende, porém, que o movimento é saudável, ao indicar que o Fed segue atento para evitar patamares de inflação demasiadamente altos diante de uma recuperação sólida da economia, caso essa se confirme ao longo dos próximos meses.

No cenário local, pode-se destacar a aprovação da Medida Provisória de capitalização da Eletrobrás pela Câmara dos Deputados. Investidores enxergam bom bons olhos a privatização da companhia, já que tende a gerar melhorias na sua estrutura. Com isso,  as ações ordinárias da companhia acumulam alta de mais de +18%. Quanto à reforma administrativa, a discussão pela Comissão de Constituição e Justiça na Câmara foi adiada para a próxima semana.

A semana foi  também marcada pela volatilidade nos preços de commodities. O minério de ferro acumula perdas de -5,4%, explicado por declarações do governo chinês em adotar medidas para conter a alta nos preços “não razoáveis”. Além disso, os preços do petróleo também foram impactados negativamente, acumulando uma queda de -3,3%, dado o possível retorno da oferta do Irã, após progressos para a retomada do acordo nuclear que retiraria sanções ao país.

Por último, as criptomoedas tiveram mais uma semana turbulenta, reiterando sua alta volatilidade. O Bitcoin chegou a recuar -30% na manhã da quarta-feira para o patamar de U$30.000. A queda foi resultado de uma onda de notícias negativas, incluindo: 1) o anúncio de Elon Musk, CEO da Tesla, revertendo a decisão de aceitar a cripto como meio de pagamento por conta de preocupações ambientais, 2) autoridades chinesas reforçando a proibição de pagamentos com a criptomoeda, e 3) anúncio do Tesouro dos EUA de que transações acima de US$ 10 mil deverão ser declaradas. Nos últimos sete dias, o Bitcoin acumula perdas de -27%.


Gráfico da semana:

Apertem os cintos, investidores de Bitcoin

Clique aqui para ver mais detalhes sobre o gráfico da semana.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana em alta de +1,77% em relação ao Real, em R$ 5,37/USD. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 ficou de lado, atingindo 9,12%.

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O que esperar

No cenário internacional, destaque para a divulgação do indicador de inflação ao consumidor medido pelo PCE nos EUA – que deve ganhar atenção redobrada diante dos últimos resultados de inflação acima do esperado e da discussão de política monetária no país. A semana contará também com discursos de dirigentes do FED e vendas de novas casas nos EUA, além do indicador de clima de negócios de maio e da leitura final do PIB na Alemanha.

No Brasil, a semana será marcada por uma bateria de indicadores macroeconômicos, além da continuação de discussões no Congresso da MP da Eletrobrás, e das Reformas Administrativa e Tributária. Na seara de dados, teremos a divulgação de dados de mercado de trabalho (com Caged de abril e PNAD de março), além de inflação medida pelo IPCA-15 referente a maio, além do saldo das contas externas e do resultado primário do governo central referentes a abril.


Ações


A performance das ações foi afetada pelo boato de fusão com a Marfrig, somada à queda recente nos preços dos grãos, mas não houve mudança estrutural no setor ou mesmo nas expectativas de resultado da empresa. A BRF tem performado pior que a média setorial devido à sua estrutura produtiva e dependência da demanda doméstica, o que abriu mais espaço para essa recuperação nos preços das ações nesta semana também.

Acreditamos que a alta das ações acompanha o cenário de queda nas taxas de juros de longo-prazo norte-americanas ao longo da semana, que servem como referência de risco para as empresas, tendo um impacto significativo em companhias com uma parcela relevante de seu valor na perpetuidade, como é o caso das locadoras. Para mais detalhes, clique no link para acessar o relatório que publicamos sobre a performance positiva das ações do setor durante a semana.

Atribuímos a performance do papel à reação positiva do mercado aos resultados do 1T21 que foram reportados pela companhia na última sexta-feira.


Acreditamos que a alta das ações acompanha o cenário de queda nas taxas de juros de longo-prazo norte-americanas ao longo da semana, que servem como referência de risco para as empresas, tendo um impacto significativo em companhias com uma parcela relevante de seu valor na perpetuidade, como é o caso das locadoras. Para mais detalhes, clique no link para acessar o relatório que publicamos sobre a performance positiva das ações do setor durante a semana.

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Atribuímos a performance negativa do papel à maior preocupação dos investidores com o aumento dos custos de materiais de construção após a alta do INCC-10. Adicionalmente, acreditamos que as ações também foram impactadas após a divulgação dos resultados abaixo do esperado pelo consenso de mercado no fim da semana passada.

Atribuímos a performance negativa do papel à maior preocupação dos investidores com o aumento dos custos de materiais de construção após a alta do INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção).

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Sem notícias específicas. Vale notar que o papel encerrou a semana passada em forte alta, o que pode indicar um movimento de correção ao longo desta.

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi de +R$ 1,7 bilhão*.

*Até dia 19/05/2021

Performance das Bolsas mundiais (acum. da semana)

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