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PRIO (PRIO3) | Resultados do 2T25: Trimestre pouco animador, maior potencial à frente

A PRIO reportou seus resultados referentes ao 2º trimestre de 2025. Veja nossos comentários.

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Resultados sequencialmente mais fracos, como esperado, mas o foco continua sendo o potencial muito maior que está por vir

A PRIO divulgou resultados em linha com as nossas estimativas para o 2Q25 nesta terça-feira (5), após o fechamento do mercado. EBITDA ajustado de US$ 276 milhões (-4% vs. XPe) caiu -38% t/t, impulsionado por um declínio significativo nas vendas (-20% t/t) e uma queda nos preços médios do Brent para cerca de US$ 67/bbl (-11% vs. 1T25), conforme discutido em nossa nota de prévia. O lucro líquido de US$ 154 milhões no trimestre ficou 7% abaixo do XPe de US$ 166 milhões. Apesar dos resultados sequencialmente mais fracos, acreditamos que as perspectivas continuam positivas para a PRIO. Acreditamos que os investidores estarão focados principalmente nos projetos que aumentam significativamente a geração de caixa em 2026, especialmente nos desenvolvimentos futuros do Wahoo (como a emissão de uma Licença de Instalação (LI), que esperamos nas próximas semanas).

FCFE apenas marginalmente positivo, excluindo aquisições. A dívida líquida (incluindo obrigações de pagamentos futuros) ficou em US$ 2,8 bilhões (1,8x ND/LTM EBITDA, +0,5x q/q) no 2T25 e aumentou (+US$ 323 milhões) em relação ao trimestre anterior. O aumento da dívida líquida é explicado por (i) o pagamento adiantado pela aquisição da Peregrino de -USD 335 milhões (mais detalhes em nossa nota); e (ii) recompra de ações no valor de USD 22 milhões. O fluxo de caixa livre para o equity (FCFE), excluindo o pagamento da aquisição, foi apenas marginalmente positivo, em US$ 12 milhões, impactado principalmente por (i) um acordo de US$ 40 milhões relacionado à desmobilização do FPSO Polvo e com uma pequena ajuda do (ii) capital de giro (WK) de US$ 7 milhões. Excluindo os itens não recorrentes (aquisições, WK e o acordo de Polvo), o FCFE foi marginalmente positivo em US$ 45 milhões. O baixo FCFE, em nossa visão, é explicado principalmente pelo capex acima do usual no trimestre, associado à perfuração de poços em Wahoo, perfuração de novos poços produtores e workovers em Peregrino, workovers em Tubarão Martelo e uma parada programada em Frade.

Menor produção, vendas ainda menores. A produção no 2T25 foi em média de 100kboed, uma queda de -8% t/t. Apesar do crescimento sequencial em Albacora Leste, Polvo + TBMT e Peregrino (+6,0kboed t/t nesses três ativos), a queda de -15,2kboed t/t em Frade levou à redução da produção total. A redução em Frade deveu-se principalmente a uma paralisação programada para preparar o FPSO para a ligação de Wahoo e a uma falha temporária no sistema de compressão de gás da plataforma. Do lado positivo, os poços TBMT-10H e TBMT-4H retomaram as operações em junho, após workovers bem-sucedidos. Em relação às vendas, o 2T25 registrou uma queda de -20% t/t. No entanto, as vendas da PRIO já mostraram uma recuperação em julho (+12,5% acima da média do 2T25), uma tendência que deve contribuir para resultados financeiros mais sólidos no 3T25.

Menor produção, maior lifting cost. O lifting cost da PRIO seguiu aumentando, atingindo US$ 13,8/bbl no 2T25, o maior nível desde o 2T21. O aumento é explicado principalmente pelo maior lifting cost Peregrino (o ativo foi adquirido em dezembro de 2024) e pela queda significativa de 40% no trimestre na produção da Frade, devido à interrupção da produção e falhas no sistema de compressão no período. Acreditamos que essa tendência deve ser parcialmente revertida nos próximos trimestres, à medida que a produção da Frade se recupera dos baixos níveis do 2T25.

Wahoo em destaque. Embora os resultados do 2T25 tenham sido abaixo do esperado, acreditamos que os investidores estarão mais focados no futuro. Em 18 de julho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) emitiu a Licença Prévia (LP) para o projeto Wahoo da PRIO (veja aqui nossa nota completa). O próximo passo é a aprovação de uma Licença de Instalação (LI), que permitiria efetivamente a conexão entre os poços de Wahoo e a FPSO Frade. Em seguida, a PRIO precisaria obter a Licença Operacional definitiva. Se tudo correr conforme o planejado, esperamos que o campo comece a produzir petróleo no primeiro trimestre de 2026. O desenvolvimento é um importante catalisador para a tese de investimento da empresa. Estimamos que o projeto poderia aumentar o FCFE anual da PRIO em +USD 600-700 milhões (supondo preços do Brent de USD 60-70/bbl).

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