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Pesquisa assessores XP: interesse na Bolsa aumenta

Confira os destaques da edição de maio da Pesquisa XP de Sentimento com os assessores afiliados. Chegou a hora de investir na Bolsa?

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Nos últimos dias realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Como comentamos no nosso relatório “O caso para se comprar Brasil”, mesmo com o rally das ultimas semanas, o Brasil ainda continua sendo a pior Bolsa e pior moeda do mundo em performance em 2020. Nesse sentido, quaisquer melhoras nos fundamentos domésticos ou globais podem levar a uma forte recuperação nos preços de ativos brasileiros (Bolsa, câmbio e juros), como vimos nos últimos dias.

Consequentemente, seguimos acreditando na Bolsa brasileira, apesar do cenário atual de forte volatilidade, que é principalmente reflexo do coronavírus e dos seus desdobramentos na economia e política. Por meio da nossa pesquisa mensal, visamos obter a visão dos assessores e principalmente dos seus clientes sobre tais assuntos, como o sentimento em relação à bolsa e os riscos do coronavírus. Nesta edição, obtivemos cerca de 300 respostas únicas.

A conclusão é que os assessores de investimentos seguem acreditando na bolsa de valores como oportunidade de compra. 54% dos clientes pretendem aumentar sua exposição em renda variável, +6p.p. acima do mês de Abril (48%). Também aumentou o interesse em investimentos internacionais, que saltou para 72% em Maio, vs. 58% em Abril. Os assessores enxergam cenário econômico global como o maior propulsor para a Bolsa em 2020 (29%), e o maior risco continua sendo a política brasileira (41%, queda vs. 56% em Abril), seguido pela desaceleração global (29%).

Maioria visa aumentar seus investimentos em renda variável

Apesar da forte volatilidade na Bolsa, 54% dos assessores relataram que seus clientes pretendem aumentar seus investimentos em renda variável, o maior valor da série até agora, e +6p.p. acima do nível de Abril (48%). Vale ressaltar que o número de clientes que visam aumentar seus investimentos em renda variável vem em uma crescente desde março.

Adicionalmente, 41% não pretendem alterar sua carteira, e apenas 5% visam diminuir seus investimentos em renda variável, -5p.p. em relação aos 10% que queriam reduzir renda variável em Abril. Ou seja: a maioria enxerga o momento atual como uma oportunidade de compra.

Alocação em renda variável na média histórica

A alocação em renda variável dos clientes de varejo se encontra acima da média histórica em 42% dos casos, voltando aos patamares de Fevereiro após ter atingido o vale de 33% em Março. Adicionalmente, a alocação está em linha com a média histórica em outros 36% dos casos, segundo os assessores.

Consequentemente, o percentual de clientes com alocação abaixo da média história em renda variável chegou a 16%, o segundo maior valor desde o começo da pesquisa. De qualquer forma, vale reforçar que o conjunto de clientes com alocações acima da média e na média ainda prevalece.

Interesse por investimentos internacionais cresce fortemente, de novo

Além de Renda Variável, a classe de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foi: 1) Investimentos Internacionais (72%); 2) Tesouro Direto e Renda Fixa (45%); 3) Fundos Imobiliários (44%); 4) Fundos Multimercado (40%); 5) Ouro (36%); 6) Fundos de Renda Variável (36%); e 7) Fundos de Renda Fixa (19%).

É interessante notar como o interesse por investimentos internacionais segue crescendo, atingindo o maior valor desde o início da pesquisa: 72% dos assessores reportaram que seus clientes estão interessados em tal classe de ativos. Tal preferência faz sentido dentro do contexto de grande desvalorização do real frente ao dólar, que já perdeu quase 30% de valor desde o início do ano.

Fim da volatilidades nos mercados parece mais distante

As respostas estão divididas para a pergunta que não quer calar: quando a turbulência dos mercado se acalmará? 32% acreditam que isso ocorrerá entre 1 e 3 meses, 36% acreditam entre 3 e 6 meses, e 29% acreditam que levará mais de 6 meses. Ou seja, não há consenso. Vale destacar que esse último grupo cresceu +5p.p. versus Abril, ou seja, parece que o final da volatilidade nos mercados está mais distante do que antecipado anteriormente.

Por outro lado, quanto ao nível do Índice Ibovespa até o final do ano, os assessores estão incrementalmente otimistas: 18% acreditam em um target acima dos 100 mil pontos (versus 12% em Abril). Atualmente, a maioria (59%) espera que o índice fique entre 90 e 100 mil pontos (versus 50% anteriormente), seguida de 18% que esperam que o índice fique entre 80 e 90 mil pontos.

Cenário econômico global seria o maior propulsor para a Bolsa

Na visão dos assessores, os maiores propulsores para a Bolsa de Valores em 2020 são: 1) cenário econômico global (29%, +5p.p. M/M); 2) liquidez global, via ações de Bancos Centrais e governos (26%, -2p.p. M/M); 2) curvas de casos do coronavírus (26%, +2p.p. M/M); e 4) cenário econômico brasileiro (16%, -5p.p. M/M).

Política brasileira segue sendo o maior risco para o Ibovespa

Em Maio, a maioria dos assessores (41%) elencou a política brasileira como o maior risco para o Ibovespa em 2020, uma queda de -16p.p. versus o mês anterior. O segundo maior risco segue sendo a desaceleração econômica global (29%, flat na comparação mensal), e o terceiro maior risco são os efeitos do coronavírus (18% versus 13% em Abril).


A Edição de Maio da pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 27 de maio de 2020, via um formulário eletrônico contendo nove questões de múltipla escolha, que obteve 295 respostas únicas.

Abra sua conta na XP Investimentos e conte com o nosso time especializado de assessores.

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