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O Nubank (ROXO34) já vale o mesmo que o Itaú (ITUB4)?

A fintech tem apresentado altas taxas de crescimento, mas reafirmamos as ações ITUB4 como nossa preferência no setor; entenda

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Recentemente, o Nubank (ROXO34) ultrapassou o Itaú (ITUB4) em Capitalização de Mercado, e isso foi amplamente divulgado pela mídia. Destaca-se que em 2024, até o momento, as ações da Nu Holdings (NU) acumulam uma alta de 40,82% contra uma desvalorização de 2,70% das ações ITUB4. Abaixo, elencamos os potenciais motivos que levaram a essa valorização mais forte do banco digital.

1) Crescimento acelerado

    A fintech, que já ultrapassou os 10 anos de história, tem apresentado taxas de crescimento substancialmente maiores que o Itaú. Embora no 1T24, em nossa visão, o Itaú tenha reportado números mais sólidos que o rival digital, em relação ao crescimento o “roxinho” o superou. Com uma carteira de crédito saltando 53% A/A (vs 2,8% do Itaú) e um lucro líquido subindo 167% A/A contra 16% do Itaú.

    2) Novas geografias

    O Itaú já atua em diversos países da América Latina, mas o Brasil segue sendo a principal operação do grupo. Embora o Nu esteja ainda muito exposto ao mercado brasileiro, seus controladores têm afirmado que o crescimento no México é a prioridade de 2024. Com isso, os investidores estimam que a oportunidade neste país seja pelo menos semelhante à do Brasil.

    3) Novas verticais

    O Itaú, ao longo de boa parte dos seus 100 anos de história, se posicionou como um banco completo. E através de uma estratégia de crescimento inorgânico (M&As), veio complementando ainda mais sua oferta de produtos e serviços nos últimos anos. Já o Nubank, que nasceu praticamente com uma única oferta, Cartão de Crédito, vem ampliando sua oferta entrando em segmentos como Crédito Consignado, Conta PJ e Investimentos.

    4) Intangível

    Reconhecemos o impacto disruptivo que o Nubank teve no mercado brasileiro, especialmente no segmento de crédito pessoal. Devido a isso, observamos que muitos investidores estão sendo benevolentes em relação ao valuation do banco. Em outras palavras, há um grande otimismo em relação à capacidade do Nubank de causar disrupção em outros mercados e segmentos, tanto no Brasil quanto no mundo. No entanto, é importante ressaltar que existem consideráveis riscos de execução, seja devido a um ambiente regulatório diferente em outros países, seja devido a desafios competitivos menos óbvios para a fintech em segmentos mais focados em assessoria no alta renda.

      De forma geral, vemos os investidores animados com a tese da fintech, acreditando que o banco irá crescer forte nos mercados que já atua e adicionando novas avenidas de crescimento. Isso tem levado o valuation do banco ao nível recorde que temos visto.

      Por outro lado, no entanto, cabe trazer algumas reflexões sobre os dois bancos. São elas:

      • A capitalização de mercado reflete o preço das ações e não necessariamente o valor das empresas. Embora concordemos que a tese de crescimento e alavancagem operacional do Nu tenha se provado, o banco negocia a múltiplos bastante elevados quando comparamos com outros bancos. Já para o Itaú, vemos o banco negociando em linha com os pares, mas com algum desconto em relação à média histórica.
      • Nos últimos trimestres temos visto a qualidade do crédito da fintech apresentando algum grau de deterioração. Já para o Itaú, o pior momento da inadimplência parece ter ficado para trás. Reconhecemos que o Nubank tenha sido capaz de passar de forma tranquila pelo conturbado momento recente do ciclo de crédito. Que impactou severamente alguns bancos brasileiros. Entretanto, vemos o banco com um maior apetite a risco nos últimos trimestres, o que deveria levar a um aumento das provisões nos próximos trimestres. Em relação ao Itaú, o seu portfólio diversificado combinado a uma política de concessão de crédito, na nossa visão, bastante humilde (com o banco reconhecendo onde tem diferenciais na concessão), permitiu que o banco navegasse de forma saudável durante o período crítico do ciclo de crédito. Com isso esperamos que o banco mantenha um nível estável de provisões nos próximos trimestres.
      • Com 100 anos de história, vemos o Itaú como um banco já consolidado e reconhecido pela sua eficiência operacional e boa alocação de capital. Assim sendo, quando comparamos o banco incumbente com a fintech estimamos que uma parte muito maior do seu valor esteja em um horizonte previsível. Já para a fintech, estimamos que parte substancial do seu valor esteja na perpetuidade. Ademais, vemos o Itaú com um carrego mais positivo nos próximos anos dado que o banco elevou a parcela do lucro a ser distribuída aos seus acionistas (payout).
      • Desde sua fundação, o Nubank tem sido capaz de manter uma vantagem considerável em termos de custo de servir (CTS), com o seu custo médio por cliente ativo (<US$ 1) sendo mais de 80% menor que a média dos bancos incumbentes. Entretanto, vemos o Itaú como o banco mais avançado em termos de transformação cultural e digital. Ou seja, embora vejamos como difícil que um banco incumbente seja capaz de operar com um custo de servir semelhante ao que opera uma fintech, acreditamos que no longo prazo o custo de servir “destes dois mundos” tendam a convergir. Os bancos incumbentes serão capazes de reduzir suas estruturas físicas, enquanto as fintechs, para ampliar sua oferta de produtos e serviços, terão de ampliar sua equipe.

      ITUB4 como nossa preferência no setor

      Tudo isto posto, embora seja difícil definir de forma categórica qual banco deveria ter a maior capitalização de mercado, vemos as ações do Itaú como um investimento menos volátil e com um pouco mais de previsibilidade de resultados nos próximos anos. Como resultado, reafirmamos as ações ITUB4 como nossa preferência no setor. Paralelamente, embora as ações do Nubank possam continuar performando melhor que as ações do Itaú, entendemos que a dinâmica de preço (price action) dessas ações deve ser mais volátil ao longo do tempo. Vale lembrar que no IPO do Nubank, ao final de 2021, a capitalização do banco também estava próxima à do Itaú, mas suas ações se desvalorizaram nos anos que se seguiram e só agora, 2 anos e meio depois, os preços voltaram para o patamar próximo ao IPO.

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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. 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