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Número de pessoas físicas na Bolsa cresce 35,7% em um ano – XP Monitor

Nesse relatório, monitoramos os investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira, analisando por faixa etária, estados e gênero.

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O que você vai encontrar nesse relatório:

  • Em julho, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.243.325. Em relação a junho, houve um aumento de 57.100 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,1% e +35,7% em relação ao mesmo período de 2021;
  • A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.750.589 contas ativas em maio, representando 33,4% de todas as contas. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
  • Em relação a regiões, ainda há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,4% do total de investidores, 39,5 p.p. à frente de PR, RS e SC somados (16,9%);
  • O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.252.868 em julho, o que corresponde a 23,9% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +47,9% desde 2020;
  • Por fim, observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse em BDRs: são 1,4 milhão representando 26% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu nos últimos 12 meses, registrando um aumento de +532% no número de CPFs cadastrados.

Em julho, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.243.325. Em relação a junho, houve um aumento de 57.100 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,1% e +35,7% em relação ao mesmo período de 2021. Analisamos aqui os principais números em relação à presença dos investidores na Bolsa brasileira neste relatório.

Fonte: B3, XP Research

Quanto à posição total desses investidores PFs, houve um aumento do valor total mensal de +3,9%, atingindo R$ 468,7 bilhões investidos. Esse aumento pode ser justificado pelo desempenho do índice Ibovespa, que fechou o mês em alta de 4,7%, saindo dos 98.541 para os 103.164 pontos. No último mês, as bolsas globais se beneficiaram de resultados das empresas que têm vindo melhor que o que se temia, além de um posicionamento e sentimento que já estavam muito negativos. 

Fonte: B3, XP Research

Quanto ao saldo por investidor, houve um aumento de +2,8% em relação à junho. Olhando a evolução desde 2017, quando o saldo atingiu seu pico, indo de R$ 267,7 mil por indivíduo em 2017 para os atuais R$ 89,4 mil em julho deste ano, equivalente à uma queda de -66,6%. De forma geral, essa redução no saldo por pessoa ao longo dos últimos anos indica uma crescente presença de pequenos investidores que estão iniciando seus investimentos em ações, o que vemos como um bom sinal, uma vez que mais brasileiros estão começando a investir na Bolsa.

Fonte: B3, XP Research

Maioria dos investidores na faixa etária de 26 a 35 anos

A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.750.589 contas ativas em maio, representando 33,4% de todas as contas. Em seguida, temos a faixa entre 36 a 45 anos com 1.470.944 contas, equivalente a 28,1% do total.

Segundo dados da B3, em 2013, a porcentagem de investidores entre 25 e 39 anos era de 19% contra 56% de investidores com mais de 60 anos. Recentemente, essa relação se inverteu, com pessoas com mais de 56 anos representando apenas 13,0% da Bolsa em julho. Isso sugere que o público mais jovem está cada vez mais cuidando de suas finanças, o que vemos com bons olhos.

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Já em relação ao valor investido, à medida que a idade avança, o valor também aumenta como mostrado no gráfico acima. Isso pode ser relacionado ao aumento da renda e também ao acúmulo de patrimônio (com os juros compostos trabalhando a seu favor!).

Concentração de investidores na Bolsa no eixo Sudeste-Sul

Os estados que possuem maior número de investidores na Bolsa são: 1) São Paulo (1.915.988 contas, +1,0% M/M, 36,5% do total), 2) Minas Gerais (520.741 contas, +1,0% M/M, 9,9% do total), 3) Rio de Janeiro (519.671 contas, +1,1% M/M, 9,9% do total), 4) Paraná (336.258 contas, +1,0% M/M, 6,4% do total) e 5) Rio Grande do Sul (293.285 contas, +1,1% M/M, 5,6% do total). Isso mostra ainda a concentração no eixo Sul-Sudeste do país, principalmente na região Sudeste. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,4% do total de investidores, 39,5 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (16,9%).

*Pode contabilizar o mesmo investidor mais de uma vez caso ele tenha conta em mais de uma corretora
Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Analisando somente São Paulo, este estado representa sozinho 36,5% do total de contas, quase +27 p.p. acima do segundo colocado, MG, com 9,9% do total. Do ponto de vista do valor investido na Bolsa, o estado de São Paulo também lidera, representando 48% (R$ 223,9 bilhões) do valor total, mais de 33 p.p. acima do RJ (R$ 68,7 bilhões).

Apesar de ainda representar somente 23,9% do total, o número de mulheres continua apresentando crescimento na Bolsa

O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.252.868 em julho, o que corresponde a 23,9% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +47,9% desde 2020, porém esse valor ainda é baixo em comparação com o número de investidores homens, que atingiu 3.990.457 no mês, equivalente a um aumento de +67,5% durante o mesmo período. Já em relação ao mês anterior, o número de mulheres cresceu +1,2% e o de homens aumentou +1,1%.

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Na quebra por estado, São Paulo detém o maior número absoluto de investidoras, 490.405, +1,1% M/M (vs. 1.425.583 homens, +1,0% M/M), porém é o terceiro estado ao analisarmos a porcentagem em relação ao número total de investidoras (25,6%), atrás do Rio de Janeiro (25,9%) e do Distrito Federal (26,5%).

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Ao olharmos para o saldo médio por pessoa, notamos que as mulheres detém também os menores saldos. A exceção é no Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 141,6 mil para as mulheres enquanto os homens detém R$ 128,9 mil, ou seja, 9,8% maior. No estado de São Paulo, o saldo médio das mulheres é de R$ 103,2 mil, comparado a R$ 121,5 mil para os homens (15,1% menor). Destaque nesse caso para o estado de Minas Gerais, cuja diferença chega em quase 40%.

Fonte: B3, XP Research

Cresce o número de investidores com interesse em BDRs

Liberado para qualquer investidor desde 2020, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) continuaram a seguir atrativos. Observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse nesse tipo de ativo: são 1,4 milhão representando 26% do estoque, segundo os últimos dados da B3 de março de 2022.

Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu nos últimos 12 meses, registrando um aumento de +532% no número de CPFs cadastrados.

Por fim, o saldo mediano registrou o menor valor desde 2017, cerca de R$ 95. De forma geral, essa redução no saldo por pessoa ao longo dos últimos anos indica uma presença mais alta de pequenos investidores que passaram a iniciar seus investimentos nessa classe de produto, o que vemos como um bom sinal.

Fonte: B3, XP Research. *Primeiro trimestre de 2022

Quer saber mais sobre ações internacionais (BDRs)? Acesse aqui nosso relatório

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