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Embraer (EMBR3): dados operacionais do 2T22 e principais implicações do 2022 Farnborough Air Show

Melhora sequencial na carteira de pedidos; entregas ainda em patamares fracos

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A Embraer (EMBR3) reportou números operacionais neutros no 2T22, com entregas de aviação comercial de 11 unidades -21% A/A (e contra nossas estimativas de 12 unidades para o 2T22E) e entregas de aviação executiva de 21 unidades +5% A/A (e contra nossas estimativas de 17 unidades), com resultados de entregas do 1S'22 representando 26% e 28%, respectivamente, do ponto médio do guidance da Embraer para entregas em 2022 (reforçando que as entregas devem ser mais concentradas no 2S'22 neste ano). Do lado positivo, vemos uma melhora contínua dos números da carteira de pedidos, os US$17,8 bilhões reportados melhorando sequencialmente +3% vs. o trimestre anterior, impulsionado positivamente pela adição de oito E-175 E1s com a Alaska Air durante o Farnborough Air Show (mais detalhes sobre o evento na nota), com 20 novas unidades de E-195 E2s a serem incluídas no 3T22 com a Porter Airlines. Reiteramos nossa visão positiva sobre a Embraer.

Entregas: As entregas da aviação comercial e executiva no 2T22 de 11 e 21 aeronaves, respectivamente, caíram 21% e aumentaram 5% A/A, respectivamente, implicando que as entregas devem ser mais concentradas no 2S22 deste ano (guidance para 2022 para aviação comercial e executiva prevendo entrega de 60-70 e 100-110 unidades, respectivamente, com entregas no 1S'22 representando 26% e 28%, respectivamente, do ponto médio do guidance da Embraer para entregas em 2022).

Carteira de pedidos: O backlog (carteira de pedidos) consolidado da Embraer de US$ 17,8 bilhões continuou a melhorar no 2T22 (vs. US$ 17,3 bilhões no 1T22 e US$ 15,9 bilhões no 2T21), impulsionado positivamente pelos novos contratos da divisão de Serviços e pela adição de 8 E1s com a Alaska Air durante o Farnborough Air Show, com 20 novas unidades de E2s a serem incluídas no 3T22 com a Porter Airlines.

Principais implicações do Farnborough Air Show 2022 (mais detalhes abaixo): (i) Implicações positivas de competição no mercado de aeronaves de 100 a 150 assentos, com novos pedidos garantidos à Porter Airlines para a entrega de 20 aeronaves E195 E2, acima dos 12 novos pedidos assinados pela Airbus com a Delta Airlines para entrega de aeronaves A220 (principal concorrente da plataforma E2); (ii) posição incumbente reforçada em meio à configuração de aeronaves de 70-90 assentos no mercado norte-americano, com 8 novos pedidos para entrega de aeronaves E175 E1 com a Alaska Air (85% de participação histórica de mercado nesta categoria); e (iii) diversas parcerias firmadas ao longo do evento (descritas detalhadamente em seguida).

  • ¹ índice book-to-bill se refere às adições líquidas de ordens na carteira x o total de entregas, implicando em quantas vezes a entrega a companhia tem aumentado (ou reduzido) sua carteira de pedidos.

Farnborough Air Show 2022

Durante a semana passada, aconteceu em Farnborough, no Reino Unido, o Farnborough Air Show, uma grande feira comercial para as indústrias aeroespacial e de defesa. As principais conclusão são:

(i) Implicações competitivas positivas no mercado de aeronaves de 100-150 assentos, com novos pedidos garantidos à Porter Airlines para a entrega de 20 aeronaves E195 E2, +12% vs. carteira de pedidos atual e acima das 12 unidades firmadas entre Airbus e Delta Airlines para a entrega de aeronaves A220 (principal concorrente da plataforma E2).

(ii) Posição incumbente reforçada em meio à configuração de aeronaves de 70-90 assentos no mercado norte-americano, com 8 novos pedidos para a entrega de aeronaves E175 E1 com a Alaska Air, um aumento de 5% em relação aos números atuais da carteira de pedidos da categoria (85 % de participação de mercado histórica nesta categoria).

(iii) Diversas parcerias firmadas ao longo do evento:

  • (a) reforçando o compromisso ESG da empresa com a aviação sustentável (novas parcerias com Raízen e Widerøe);
  • (b) para continuar desenvolvendo o ecossistema de mobilidade aérea urbana, importante para apoiar o posicionamento de longo prazo da Eve em meio à indústria eVTOL (novas parcerias com a BAE Systems visando aplicações de defesa e Halo);
  • (c) desenvolvimentos positivos nas divisões de defesa (parceria com a BAE Systems para colaborar no desenvolvimento do C-390 no Oriente Médio) e serviços (renovação e extensão do acordo do programa pool com a LOT Polish Airlines);
  • (d) reforçando o posicionamento da Beacon em meio aos serviços de manutenção (parcerias com Binter e JetBlue); e
  • (e) desenvolvimento de aviões cargueiros (parceria entre NAC e Astral Aviation para conversão de dois E190F em aeronaves cargueiras).
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