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Dados de inflação americana movimentam os mercados; Ibovespa encerra a semana em queda de -3,7%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 08/07 a 15/07

Fonte: Bloomberg, Research XP

Ibovespa: 3,73% | 96.551 pontos

Em semana repleta de indicadores econômicos importantes e temores de recessão econômica nos mercado globais, o Ibovespa encerrou em queda de -3,7% aos 96 mil pontos.

Lá fora, a semana foi marcada pelo início da temporada de resultados nos EUA e dados econômicos importantes. A temporada de balanços se iniciou com os grandes bancos americanos que desapontaram expectativas à medida que indicaram uma postura de cautela frente aos riscos atuais. Na agenda econômica, destaque pra a inflação ao consumidor e ao produtor do país, que subiram 9,1% e 11,3% em junho, respectivamente, aumentando as apostas de que o Federal Reserve seguirá subindo os juros na próximos reunião. Com isso, o mercado chegou a precificar uma alta de 100bps e temores de recessão aumentaram – a diferença entre as taxas dos títulos de 2 anos e 10 anos atingiram  o menor nível desde 2000. Na sexta, porém, mercados tiveram um dia de alívio e registraram altas depois do da divulgação do sentimento ao consumidor dos EUA que mostrou queda nas expectativas de inflação de longo prazo. Além disso, dados de vendas do varejo acima do esperado mostraram que a economia americana continua resiliente.

Os temores de recessão e a alta de juros também afetaram as moedas, com o dólar continuando a se fortalecer frente outras. No ano, o índice DXY já acumula ganhos de 13%, e, ao longo da semana, chegou a registrar o mesmo valor que o euro. Este, por sua vez, têm se enfraquecido com a deterioração com as perspectivas de crescimento na Zona do Euro em meio à guerra na Ucrânia, além de riscos de corte de energia da Rússia.

Já a China divulgou importantes dados de atividade econômica. O PIB do segundo trimestre desacelerou para 0,4% na comparação anual, bem abaixo dos 1,2% esperados pelo consenso e registrando o menor crescimento desde 2020. A economia foi fortemente pressionada pela política de zero-COVID. Por outro lado, dados mensais de junho mostraram sinais de melhora, com vendas de varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos subiram 3,1%, 3,8%, e 6,1%, respectivamente. No mercado acionário, a setor de tecnologia chinês voltou a ser pressionado por uma investigação de vazamento em dados pelo Alibaba.

No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 9,2% em maio, indicando crescimento generalizado nas atividades de serviços. O afrouxamento das políticas de restrição de mobilidade em conjunto com o aumento da renda disponível das famílias continua a impulsionar a demanda por esses serviços no curto prazo. Ainda sobre dados econômicos, os resultados do comércio varejista em maio tiveram crescimento de 0,1%, muito abaixo dos 1,0% esperados pelo consenso. Na política doméstica, a PEC do Estado de Emergência foi aprovada pela Câmara dos Deputados e promulgada pelo Congresso Nacional. Todas as medidas terão validade até dezembro de 2022, com impacto fiscal de R$ 41,25 bilhões. 


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de +2,89% em relação ao Real, em R$ 5,40/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de 9 bps na semana, atingindo 13,14%.

Fonte: Bloomberg, Research XP
Fonte: Bloomberg, Research XP

O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, o destaque será política monetária na Europa, com a divulgação da inflação ao consumidor de junho e a decisão de juros do Banco Central Europeu, que já sinalizou que deve começar a aumentar a taxa de juros. Durante a semana também serão divulgados os índices de gerentes de compras (PMIs) de países desenvolvidos.

No Brasil, os destaques serão a arrecadação federal de junho, o monitor do PIB da FGV e a segunda prévia do IGP-M de julho.

Ações

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Atribuímos a performance positiva das ações aos dados divulgados pela SUSEP, referente ao desempenho do mês de maio, que mostrou um crescimento nos 5 primeiros meses do ano, apesar do cenário macro desafiador.

Logomarca da empresa Magazine Luiza, listada na bolsa de valores brasileira como MGLU3

Atribuímos a forte performance positiva ao arrefecimento marginal das taxas de juros futuras, que tendem a beneficiar nomes de tecnologia.

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Atribuímos a forte performance positiva ao arrefecimento marginal das taxas de juros futuras, que tendem a beneficiar nomes de tecnologia.

Atribuímos a performance das ações majoritariamente devido às quedas generalizadas nos preços dos futuros das commodities, principalmente milho, soja e algodão, devido à perspectiva de recessão global e, consequentemente, queda na demanda. Como a SLC é um dos principais produtores do Brasil, a perspectiva de preços menores nas commodities faz com que sua perspectiva de crescimento nos resultados diminua.

Atribuímos a performance ao temor dos investidores quanto ao risco de recessão econômica, e consequente impacto na demanda de commodities como petróleo e minério de ferro. No caso de 3R, a empresa apresentou os seus dados de produção do mês de junho, um pouco abaixo do esperado.

Sem notícias específicas sobre a companhia.

Atribuímos a performance aos fracos dados operacionais do mês de junho/22 divulgados no início da semana.

Atribuímos a performance ao temor dos investidores quanto ao risco de recessão econômica, e consequente impacto na demanda de commodities como petróleo e minério de ferro.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de - R$ 300 milhões.

*Até dia 13/07/2022.

Fonte: Bloomberg, Research XP

Performance das Bolsas mundiais na semana

Fonte: Bloomberg, Research XP
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