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Resumo da Semana: Ibovespa fecha em alta de 1%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 30/12 a 03/01

Ibovespa: 1,01% | 117.706 pontos

A semana começou positiva para os mercados globais, levando a um primeiro dia de 2020 de ganhos para as bolsas de maneira geral. O movimento seguiu o otimismo em relação às negociações comerciais e a mais recente medida do banco central da China para estimular sua economia, com redução da alíquota do compulsório em 50 pontos-base, de 13,0% para 12,5%, no caso de grandes instituições. Em relação às negociações comerciais, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse no início desta semana, que espera assinar a primeira fase de um acordo com a China em ‪15 de janeiro, apesar de Pequim ainda não ter confirmado a data.

Por outro lado, o sentimento positivo que deu início ao novo ano foi revertido na sexta-feira, à medida que a tensão entre os EUA e o Irã aumentou depois do ataque aéreo americano que matou um dos principais comandantes iranianos em Bagdá. O líder do país do Oriente Médio ameaçou "retaliação severa", levando à queda das bolsas internacionais, o que impactou negativamente o Ibovespa também. Tal imbróglio geopolítico é um tema importante que será monitorado nos próximos dias.

Mesmo assim, o Ibovespa acumulou alta de 1% na semana, dado que as perdas de sexta-feita foram suavizadas ao longo do dia e os dois primeiros dias da semana acumularam alta de 1,75%, quando o Ibovespa atingiu nova máxima histórica de 118,552 pontos.


Câmbio e juros

Na semana terminada em 3 de janeiro, a curva DI futuro fechou 11 pontos-base, atingindo 7,14% para janeiro de 2031.

No primeiro dia de negociações do ano, a curva fechou em decorrência de expectativas positivas para um acordo comercial entre EUA e China. Além disso, as perspectivas econômicas para o Brasil continuam animando os mercados.

Vale destacar que o fechamento da curva se deu apesar de tensões geopolíticas entre EUA e Irã, enquanto mercados aguardam os desdobramentos do ataque realizado pelo país norte-americano.

Com relação ao câmbio, o dólar fechou a semana praticamente estável em R$ 4,06/USD devido ao cenário otimista com o fim das negociações comerciais e expectativa de aceleração do crescimento da economia brasileira em 2020.


O que esperar

Na próxima semana, no Brasil, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação da produção industrial de novembro, que deve reforçar a mensagem de recuperação gradual da economia brasileira, e do IPCA de dezembro, que deve trazer sinalizações adicionais quanto ao que esperar da próxima decisão de política monetária do Banco Central.

No campo externo, serão divulgados dados de atividade (PMI composto e taxa de desemprego) dos Estados Unidos e da Zona do Euro, enquanto na China serão divulgados dados de inflação. Os indicadores devem reforçar mais uma vez a mensagem de que o cenário internacional permanece desafiador, mas com riscos gradativamente menores de recessão.

Clique aqui para mais detalhes sobre a agenda econômica semanal.


Ações

As ações da incorporadora continuaram se valorizando na última semana, possivelmente devido ao crescente otimismo dos investidores em relação à melhora operacional da companhia esperada para os próximos anos.

O papel reagiu positivamente ao anúncio do banco, ocorrido na última sexta-feira, de que iria distribuir R$ 7,8 bilhões entre dividendos e juros sob capital próprio.

A alta das ações refletem a expectativa de dados de volume de venda de combustíveis melhores do mês de novembro (a serem divulgados neste mês pela Plural). Além disso, há uma expectativa dos investidores sobre aquisição de refinarias da Petrobras.

Sem notícias específicas, acreditamos que as ações foram positivamente impactadas pelo otimismo do mercado frente ao desempenho operacional da companhia.

Reflexo em parte devido ao fechamento do desconto de holding, e em parte devido à alta da ação da própria Gerdau, que vem andando bastante devido à melhora na expectativa da demanda por aços longos em 2020 graças à retomada da construção civil.

Sem notícias específicas sobre a companhia, acreditamos que a queda da ação possa ser justificada pela realização de lucros decorrente do forte desempenho nas últimas semanas.

Após sucessivas altas ao longo de 2019, fruto do otimismo do mercado em relação à empresa, as ações sofreram correção na semana sem noticiário específico.

As ações corrigiram após alta recente dado as incertezas relacionadas ao novo marco regulatório do saneamento básico, tema que deve avançar somente após o recesso parlamentar.

A queda das ações na semana reflete em parte o movimento do Dólar e dos preços de Petróleo, impactados pelo aumento nas tensões geopolíticas.

Sem noticiário específico sobre a companhia na semana, as ações sofreram correção após altas sucessivas nas últimas semanas.


Tesouro Direto

Na primeira semana do ano, terminada no dia 3 de janeiro, todos os títulos negociados no Tesouro Direto apresentaram rentabilidade positiva.

Isso foi resultado de fechamento na curva DI futuro (redução das expectativas para a taxa de juros no futuro) em relação à semana anterior, de 15 bps (basis points; pontos-base) para janeiro de 2031.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

É importante ter em mente que os efeitos da marcação a mercado só são capturados de fato em caso de venda dos títulos antes do vencimento.


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