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Pesquisa assessores XP: otimismo com o Ibovespa aumenta

Confira os destaques da edição de abril da Pesquisa XP de Sentimento com os assessores afiliados. Chegou a hora de investir na Bolsa?

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Chegou a hora de investir na bolsa de valores? Nos últimos dias realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Após o Ibovespa chegar em um vale de 63,000 pontos ao final de Março, o índice já se recuperou 30% desde então, apesar do noticiário das crises da: 1) Saúde, 2) Econômica e 3) Política.

A pesquisa mensal visa obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes, sobre os investimentos. O cenário atual de forte volatilidade é principalmente reflexo do coronavírus e dos seus desdobramentos na economia e política. Nesta edição, obtivemos mais de 250 respostas únicas.

A conclusão é que os assessores de investimentos seguem acreditando na bolsa de valores como oportunidade de compra.

48% dos clientes pretendem aumentar sua exposição em renda variável, 11 pontos acima do mês de Março (37%). Também aumentou o interesse em investimentos internacionais, que saltou para 58% em Abril, vs. 33% em Março.

Os assessores enxergam a liquidez global como o maior propulsor para a Bolsa em 2020 (28%), e o maior risco seria a política brasileira (51%).

Maioria visa aumentar seus investimentos em renda variável

Apesar da forte volatilidade na Bolsa, 48% dos assessores relataram que seus clientes pretendem aumentar seus investimentos em renda variável, o maior valor da série até agora, e +11p.p. acima do nível de Março (37%).

Adicionalmente, 41% não pretendem alterar sua carteira, e apenas 10% visam diminuir seus investimentos em renda variável, -4p.p. em relação aos 14% que queriam reduzir renda variável em Março. Ou seja, a maioria enxerga o momento atual como uma oportunidade de compra.

Alocação em renda variável na média histórica

A alocação em renda variável dos clientes de varejo se encontra acima da média histórica em 33% dos casos, e em linha com a média histórica em outros 39% dos casos, segundo os assessores. Consequentemente, o percentual de clientes com alocação abaixo da média história em renda variável chegou ao seu maior valor desde o começo da pesquisa, 18%.

Possivelmente, trata-se de um reflexo da volatilidade dos mercados, uma vez que os clientes já teriam reduzido suas posições ao longo de março. De qualquer forma, vale reforçar que o conjunto de clientes com alocações acima da média e na média ainda prevalece.

Interesse por investimentos internacionais cresce fortemente

Além de Renda Variável, a classe de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foi: 1) Investimentos Internacionais (58%); 2) Tesouro Direto e Renda Fixa (52%); 3) Fundos Imobiliários (36%); 4) Fundos de Renda Variável (34%); 5) Ouro (34%); 6) Fundos Multimercado (32%); e 7) Fundos de Renda Fixa (25%).

É interessante notar como, diante de um cenário de crise, a procura por Tesouro Direto e Renda Fixa segue em alta. Por outro lado, o Brasil passa agora por uma terceira crise: além de saúde e econômica, agora enfrentamos também uma crise política.

Faz sentido, nesse contexto e com a grande desvalorização do Real frente ao Dólar, o forte aumento da preferência por investimentos internacionais em Abril, que praticamente dobraram em termos de interesse por parte dos clientes em relação ao mês anterior, de 33% em Março para 58% em Abril.

Expectativas ainda mais cautelosas em relação ao Ibovespa

Quanto ao nível do Índice Ibovespa até o final do ano, os assessores estão incrementalmente mais conservadores: apenas 12% acreditam em um target acima dos 100 mil pontos (versus 21% em março). Atualmente, a maioria (50%) espera que o índice fique entre 90 e 100 mil pontos (versus 52% anteriormente), sendo que apenas 4% esperam que o índice termine o ano abaixo dos 80 mil pontos. Além disso, a maior parte dos respondentes espera que os mercados se acalmem em 3 a 6 meses (42%).

É interessante notar como o grupo que acredita que o Ibovespa fechará o ano entre 80 e 90 mil pontos cresceu 600 pontos base após a saída do Ministro Sérgio Moro do governo. Um primeiro grupo de assessores respondeu nossa pesquisa antes da saída Moro: 25% deles acreditava que a bolsa fecharia o ano entre 80 e 90 mil pontos. Um segundo grupo de assessores respondeu nossa pesquisa depois da saída do Ministro: 31% deles acreditava que a bolsa fecharia o ano nesses mesmos patamares.

Liquidez global seria o maior propulsor para a Bolsa

Na visão dos assessores, os maiores propulsores para a Bolsa de Valores em 2020 são: 1) liquidez global, via ações de Bancos Centrais e governos (28%); 2) curvas de casos do coronavírus (24%); 3) cenário econômico global (24%); e 4) cenário econômico brasileiro (21%); (5) eleições americanas (1%).

Política brasileira é o maior risco para o Ibovespa

Em Abril, a maioria dos assessores (56%) elencou a política brasileira como o maior risco para o Ibovespa em 2020, um grande aumento contra apenas 10% no mês anterior. O segundo maior risco segue sendo a desaceleração econômica global (28%), assim como no mês passado (44%), e o terceiro maior risco são os efeitos do coronavírus (13% versus 44% em março).


A Edição de Abril da pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 27 de abril de 2020, via um formulário eletrônico contendo nove questões de múltipla escolha. Foram obtidas 156 respostas até o dia 26 de abril, e 250 no dia 27 de abril, sendo que os resultados aqui discutidos refletem apenas essa segunda amostra, em virtude dos impactos dos eventos políticos do dia 24 de abril.

Abra sua conta na XP Investimentos e conte com o nosso time especializado de assessores.

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