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🌎RADAR GLOBAL: Petrolíferas carbono-zero?

Petrolíferas sustentáveis, EUA elétrico e novo alvo do S&P500

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA 0% e Europa 0%) enquanto investidores aguardam mais dados de emprego americano (payrolls); ontem, os pedidos de auxílio desemprego vieram em 385 mil, em linha com as expectativas. Na China (-0,5%) bolsa volta para o negativo após notícia sobre uma possível multa de US$ 1bi sobre a Meituan, bem como alerta do Alibaba sobre a perda de incentivos fiscais do governo. O petróleo (+1,3%) devolve parcialmente uma queda de 8% na semana, a maior desde março.

Coronavírus: Num estudo clínico Fase II, a Moderna testa doses de reforço em indivíduos previamente vacinados, e afirma que eles produziram uma resposta “robusta” contra a variante Delta. Além disso, a imunização da Moderna permanece alta (93% de eficácia) mesmo após 6 meses da 2ª dose, vs. 84% da Pfizer.

EMPRESAS

Temporada de resultados do 2T21 nos EUA – Ontem: Moderna. Hoje: DraftKings. Segunda-feira: Tyson Foods.

Exxon Mobil visa maior sustentabilidade: A gigante petrolífera, que já foi a maior empresa dos EUA em termos de capitalização de mercado, hoje planeja reestruturar seu modelo de negócios. A companhia anunciou considerar a neutralização completa de suas emissões de carbono até 2050, cedendo às pressões dos investidores. Enquanto ela não comunica uma decisão oficial em relação ao tema, não se sabe ao certo qual será o plano para atingir a meta ambiciosa. Até o momento, soluções como investimentos em alternativas para captura de carbono diretamente da fonte emissora e novos biocombustíveis provenientes de algas estão sendo estudados.

Mudança drástica de estratégia: A Exxon Mobil parecia não comprar a ideia de se tornar mais sustentável e da movimentação do setor em reduzir emissões de carbono. Em 2018, a empresa anunciou um plano de investimentos no valor de US$ 230bi para aumentar a sua capacidade de extração de petróleo em +1 milhão de barris/dia, o que resultou em uma recepção negativa dos investidores e a ação caiu -3% no dia. Desde então, as pressões dos investidores para que a companhia se torne menos poluente se intensificaram e, atualmente, a empresa parece ajustar a sua estratégia de forma mais complacente com os investidores.

Setor em transição: Assim como a Exxon Mobil, outras gigantes europeias do petróleo, como a Royal Dutch Shell, também anunciaram metas para reduzir ou neutralizar suas emissões de carbono. A mudança de pensamento ao redor do mundo em relação ao meio ambiente e aquecimento global parece afetar o setor que já viveu épocas de grande lucratividade. Com temas ESG se tornando mais relevantes e metas de sustentabilidade mais ambiciosas, devemos ver uma reestruturação no modelo de negócios de diversas empresas.

América de carros elétricos: Biden anuncia nova meta nacional para que veículos elétricos representem 50% de todas as vendas de novos automóveis até 2030. A meta será apoiada pela General Motors (GMCO34), Ford (FDMO34) e Stellantis (antiga Fiat Chrysler) e o acordo será formalizado ainda nesta semana na Casa Branca. Além disso, importante destacar que a meta de vendas não é obrigatória, mas incentiva a indústria automobilística e o governo dos EUA a promoverem a legislação e a adoção de EVs. Embora ambiciosa, há uma preocupação das empresas quanto aos desafios referentes à regulação americana, bem como à demanda do consumidor, que ainda permanece baixa vs. veículos tradicionais.

Cenário geral: Do lado das empresas, a Volvo, Ford, GM e Mercedes já anunciaram metas para acelerar a transição de seus negócios para vender apenas veículos elétricos a partir de 2025. Atualmente, os EUA representam cerca de 17% do estoque mundial de 10,2 milhões de EVs, enquanto a China detém 44% deles (mais de 4,5 milhões); a Europa (3,2 milhões) responde por cerca de 31%, sendo que esse tipo de modelo já representa grande parte das vendas de carros novos em países ao norte da região. Entre 2016 e 2020, a Europa expandiu suas vendas de EVs em 60% a.a. vs. 36% a.a. na China e 17% a.a. nos EUA.

Longe da meta: O Uber, sem surpresas, entregou mais um trimestre de prejuízos: US$ 509 milhões, valor maior que o consenso que esperava de US$ 325 milhões. O resultado veio duramente impactado pela pandemia, bem como pela baixa oferta de motoristas. Apesar da empresa ter dobrado suas receitas com o aumento da demanda por serviços, registrando US$ 393 milhões, um aumento de 105% vs. 2Q20, a companhia necessitou de um alto investimento para atrair motoristas, o que levantou novas dúvidas sobre a confiabilidade de seu modelo de mão de obra a longo prazo.

Além do consenso, a companhia também decepcionou as expectativas dos investidores, que por sua vez estavam otimistas devido ao sólido resultado apresentado pela sua concorrente Lyft, postando seu primeiro lucro operacional antes do esperado. A movimentação da companhia de expandir seus negócios além do serviço de carona, parece influenciar negativamente em suas metas de lucratividade, vistos que muitas das novas operações ainda não são lucrativas.

ANÁLISES

Fonte: Goldman Sachs

Otimismo na bolsa americana? O Goldman Sachs anunciou um aumento de seu preço alvo-para o índice americano de 4.300 para 4.700 em 2021 e de 4.600 para 4.900 em 2022, o que sugere um potencial de apreciação de +6,34% e +10,9% do nível atual. O aumento do preço-alvo é baseado nos seguintes fatores: 1) aumento das expectativas do lucro das empresas, 2) taxas de juros mais baixas que o esperado e 3) Fluxo de investimentos em ações. Com o forte resultado das companhias no 2º trimestre, o banco espera uma lucratividade maior das empresas até o final do ano e acredita que o índice será impulsionado na medida em que ações de tecnologia aumentam as suas fatias no índice. Em relação a taxa de juros, a postura do Fed parece indicar um período mais longo de baixas taxas de juros do que o esperado anteriormente, estabelecendo um cenário positivo para valuations mais elevadas nas bolsas. Por fim, o banco aposta que o fluxo proveniente das próprias empresas, que anunciaram um montante de US$ 683bi em recompras, somado aos US$ 5,4tri alocados em títulos de crédito de curto prazo que podem ser redirecionados ao mercado de renda variável e afetar positivamente as ações.

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