IBOVESPA -0,25% |160.490 Pontos
CÂMBIO +0,59% | 5,57/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em queda de 0,25%, aos 160.490 pontos, em um dia de noticiário mais esvaziado e menor liquidez à medida que o fim de 2025 se aproxima. O índice foi pressionado pelo desempenho negativo de Vale (VALE3, -1,4%), que recuou mesmo em um dia positivo para o minério de ferro (+1,0%).
As ações da Brava (BRAV3, +5,0%) subiram, repercutindo o aumento do preço do petróleo (Brent, +2,1%). Cogna (COGN3, -3,1%) recuou, continuando a tendência negativa do papel em dezembro, que acumula uma queda de 12,4%.
Para o pregão de terça-feira, destaque para a divulgação do relatório Caged de novembro no Brasil e da ata da última reunião do FOMC, o comitê de decisão de política monetária do banco central americano.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a segunda-feira com movimentos mistos, em nova sessão de liquidez reduzida. No Brasil, Pela manhã, o IGP-M surpreendeu com deflação de 0,01% em dezembro, abaixo da expectativa de +0,15%, enquanto o Focus trouxe ajustes marginais nas estimativas de inflação e Selic. Já o déficit primário do governo central em novembro superou expectativas ao atingir R$ 20,2 bilhões, e o dólar avançou 0,44%, para R$ 5,5689, com saída de fluxos corporativos para o exterior. Com isso, DI jan/27 fechou em 13,785% (+3,8bps); DI jan/28 em 13,150% (-0,5bps); DI jan/29 em 13,200% (-3,0bps); DI jan/31 em 13,505% (-3,0bps). Nos Estados Unidos, os rendimentos das Treasuries também operaram sem movimentos definidos, em dia de expectativa pela ata do Fed e notícias sobre negociações Rússia-Ucrânia. T-note 2y em 3,450% (-1,0bps); T-note 10y em 4,120% (-2,0bps); T-bond 30y em 4,800% (-1,0bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%), após o S&P 500 registrar duas sessões consecutivas de queda, pressionado por novas realizações no setor de tecnologia. Entre os destaques negativos, Nvidia, Palantir, Oracle e Tesla caíram, refletindo preocupações com um possível excesso de investimentos ligados à inteligência artificial. O setor de materiais também pesou no índice, com Newmont caindo 5,6% após forte correção nos preços da prata e do ouro.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), renovando máxima histórica à medida que o ano chega ao fim. O movimento é liderado pelo setor de mineração, com Fresnillo subindo 3,5%, além de ganhos em Anglo American, Antofagasta e Glencore, acompanhando a recuperação do ouro e da prata após a forte volatilidade registrada na véspera.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +0,9%), mesmo em meio à cautela dos investidores diante de exercícios militares da China ao redor de Taiwan. No Japão, os índices recuaram pressionados por perdas em ações ligadas a tecnologia e data centers, com SoftBank recuando quase 2% após anunciar a aquisição da DigitalBridge por US$ 4 bilhões.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de segunda-feira com leve queda de 0,09%, acumulando alta de 3,06% em dezembro e de 21,05% no ano. Os fundos de papel registraram leve queda de 0,01%, enquanto os fundos de tijolos apresentaram queda de 0,28%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se VRTM11 (2,8%), VGRI11 (2,7%) e SNCI11 (2,5%). Já entre as principais quedas, figuraram CCME11 (-2,7%), RBFF11 (-2,4%) e RCRB11 (-2,3%).
Economia
Negociações de paz entre Rússia e Ucrânia têm reviravolta após suposto ataque por parte de Kiev, que nega o ocorrido. No Brasil, Governo do Estado de São Paulo anunciou reajuste nas tarifas de metrô e trem. Por fim, governo central registrou um déficit pior que o esperado em novembro, de R$ 20,2 bilhões. A arrecadação deve seguir desacelerando, enquanto as despesas continuarão pressionando o resultado do governo.
Na agenda doméstica, destaque para a divulgação de indicadores do mercado de trabalho referentes a novembro. Esperamos criação de 65 mil vagas e uma taxa de desemprego em 5,4%, reforçando a visão de um mercado de trabalho ainda aquecido. Ainda, na seara fiscal, teremos a divulgação do resultado do setor público, que deve apresentar déficit de R$ 15,2 bilhões. Na agenda internacional, destaque para a divulgação de PMIs na China – sondagens empresariais que buscam captar o pulso da atividade econômica.
Veja todos os detalhes
Economia
Mercado de trabalho deve continuar aquecido com desemprego em 5,4%
- As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, que vinham avançando de forma consistente, sofreram uma mudança de rumo após o Kremlin informar aos Estados Unidos sobre um suposto ataque à residência de Vladimir Putin — negado por Kiev. Moscou indicou que, diante do episódio, pretende reavaliar sua posição nas tratativas, sinalizando uma possível guinada no processo. Antes do comunicado, Trump havia participado de uma reunião considerada positiva, na qual demonstrou otimismo com o andamento das negociações, embora tenha expressado preocupação após saber do ocorrido;
- A partir de 6 de janeiro de 2026, a tarifa do metrô e dos trens em São Paulo será reajustada de R$ 5,20 para R$ 5,40, conforme decisão do governo estadual. Entre os principais custos apontados para justificar o aumento estão gastos com energia, manutenção da frota, infraestrutura e folha de pagamento. Segundo a administração estadual, o objetivo do reajuste é garantir a eficiência, a segurança e a qualidade do serviço prestado à população, e os recursos adicionais arrecadados serão integralmente reinvestidos em projetos de modernização e expansão da infraestrutura de mobilidade;
- O governo central registrou um déficit primário de R$ 20,2 bilhões em novembro, abaixo do déficit de R$ 4,5 bilhões observado no mesmo mês do ano passado. O resultado ficou bem acima das expectativas do mercado e da nossa projeção, que apontavam déficits de R$ 13,2 bilhões e R$ 12,9 bilhões, respectivamente, diferença explicada principalmente por devoluções de depósitos judiciais feitas pelo governo federal. No acumulado de 2025, o déficit chega a R$ 83,2 bilhões, enquanto em 12 meses soma R$ 59,7 bilhões, equivalente a 0,47% do PIB. Para os próximos meses, seguimos projetando desaceleração no crescimento da arrecadação, em linha com a moderação da atividade econômica, do câmbio e dos preços, mas não esperamos queda das receitas no curto prazo. Do lado das despesas, a execução mais intensa de gastos discricionários e a redução da fila de pedidos de benefícios previdenciários e do BPC/LOAS devem continuar pressionando o resultado primário. Nossa projeção atualizada para o fechamento de 2025 é de déficit de R$ 55,9 bilhões, ou 0,4% do PIB, e de R$ 11,4 bilhões (0,1% do PIB) quando excluídas as exceções para o cálculo da meta — permanecendo acima do limite inferior da meta de resultado primário, de R$ 31,0 bilhões negativos;
- Na última leitura do ano, o Boletim Focus mostrou mais um recuo nas projeções para o IPCA de 2025 e 2026. Para este ano, as projeções recuaram de 4,33% para 4,32%, e de 4,06% para 4,05% no ano que vem. Para mais informações, acesse aqui o relatório completo;
- Na agenda doméstica, destaque para a divulgação de indicadores do mercado de trabalho referentes a novembro. Esperamos criação de 65 mil vagas e uma taxa de desemprego em 5,4%, reforçando a visão de um mercado de trabalho ainda aquecido. Ainda, na seara fiscal, teremos a divulgação do resultado do setor público, que deve apresentar déficit de R$ 15,2 bilhões. Na agenda internacional, destaque para a divulgação de PMIs na China – sondagens empresariais que buscam captar o pulso da atividade econômica.
Empresas
Varejo XP: Feedback da última rodada de 2025 com investidores locais
- No nosso último Carrinho XP do ano, trazemos o feedback das conversas recentes com investidores locais nas últimas semanas;
- De modo geral, percebemos um sentimento e posicionamento mais cautelosos em relação ao setor, diante de uma dinâmica de consumo mais fraca no 4º trimestre, somada a incertezas crescentes para 2026;
- Ainda assim, vemos investidores monitorando o setor de perto em busca de potenciais pontos de entrada, enquanto algumas posições principais, como SMFT, VIVA e RADL/PGMN, permanecem nas carteiras, apoiadas por tendências estruturais e sólido momento de resultados;
- Vale destacar que MELI foi um dos nomes mais discutidos, com poucas resistências à nossa visão mais construtiva, embora sem convicção suficiente para se posicionar;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Private equity firms sell assets to themselves at a record rate (Financial Times);
- Transparência ganha mais peso no crédito privado (Valor Econômico);
- Interferências do STF e do TCU na liquidação do Banco Master acendem alerta no FMI e no Banco Mundial (Valor Econômico);
- Ratings ‘brAA-’ da BRK colocados em CreditWatch negativo por potencial aumento de alavancagem após vitória no leilão de Pernambuco (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs lucram mais de 10% e anunciam dividendos; IFIX renova máxima pela 5ª sessão consecutiva (Money Times);
- Fundos imobiliários chegam a uma nova era em 2025 (Valor Investe);
- Preços de imóveis avançam 17,14% em 12 meses no país, diz Abecip (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Biopower, da JBS (JBSS32), anuncia investimento de R$ 140 milhões em usinas de biodiesel | Café com ESG, 30/12
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,25% e 0,43%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) a Biopower, empresa da JBS Novos Negócios que produz biodiesel, acaba de anunciar um investimento de R$ 140 milhões em modernização e inovação tecnológica de suas três usinas – o aporte prepara a empresa para um novo ciclo de crescimento e reforça seu papel estratégico na transição energética nacional; e (ii) alguns dos maiores comerciantes de soja do mundo estão se preparando para romper seu acordo de conter o desmatamento da floresta amazônica para preservar benefícios fiscais no principal estado agrícola do Brasil, disseram à Reuters duas pessoas com conhecimento direto do assunto;
- Na política, a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta segunda-feira a prorrogação da suspensão da venda de biodiesel entre congêneres por mais seis meses, podendo ser estendida por um ano – a medida já está em vigor desde maio, e o prazo original iria até o dia 31/12;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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