Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,26%, enquanto o ISE andou de lado (0,08%).
• No Brasil, o conselho de administração da Petrobras vai se reunir na sexta-feira (24) para aprovar a indicação de Magda Chambriard para a presidência da companhia - mesmo com a entrada de Chambriard no lugar de Jean Paul Prates, a expectativa de especialistas é de que a governança da companhia impeça que grandes mudanças de rumo sejam feitas.
• No internacional, (i) o Conselho da União Europeia aprovou, nesta terça (21/5), o regulamento que estabelece regras comuns para o mercado interno de gases, com o objetivo de substituir progressivamente o gás natural por alternativas renováveis ou de baixo carbono - biogás, biometano, metano sintético e hidrogênio verde integram a lista de opções renováveis, enquanto os gases de baixo carbono devem emitir 70% menos de gases de efeito estufa no seu ciclo produtivo (vs. fóssil); e (ii) segundo relatório do Banco Mundial, os mercados globais de carbono movimentaram o valor recorde de US$104bi em 2023 - contudo, os preços seguem baixos e menores do que o preciso para impulsionar as mudanças necessárias para cumprir as metas do acordo de Paris.
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Brasil
Empresas
CPI aprova relatório e responsabiliza Braskem por danos em Maceió
"A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem aprovou nesta terça-feira (21), de forma simbólica, o relatório final do senador Rogério Carvalho (PT/SE), que pede o indiciamento de três empresas e de 11 pessoas por crimes ambientais no caso do afundamento do solo em bairros de Maceió, que atingiu milhares de moradias, afetando mais de 60 mil pessoas, causando ainda danos ambientais e destruição na infraestrutura da capital alagoana. O parecer do relator foi apresentado na semana passada, mas teve pedido de vista concedido, para mais tempo de análise. No relatório, Rogério Carvalho responsabilizou a mineradora e petroquímica Braskem pelos danos causados em áreas da capital alagoana devido a exploração do mineral sal-gema – que é utilizado, por exemplo, na produção de soda cáustica e fabricação de PVC. O texto de Rogério Carvalho, que também propõe fiscalização mais rígida da mineração, foi aprovado em menos de 30 minutos, sem discordâncias. Na reunião, integrantes da CPI elogiaram o relatório apresentado e o teor técnico dos trabalhos conduzidos pela CPI. Ao resumir o relatório, Rogério Carvalho afirmou que o parecer teve como foco a incriminação da Braskem pela “lavra ambiciosa”, o aprofundamento das investigações pelas falhas de fiscalização de agentes públicos, incluindo os que atuam na Agência Nacional de Mineração (ANM), e a necessidade de um novo modelo de governança para o sistema de mineração no Brasil. O texto, segundo ele, também teve como “centralidade” as vítimas dos danos e prejuízos na capital alagoana."
Fonte: Epbr, 21/05/2024
Conselho da Petrobras deve eleger Chambriard na sexta-feira
"O conselho de administração da Petrobras vai se reunir na sexta-feira (24) para aprovar a indicação de Magda Chambriard para a presidência da companhia. O nome da ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está sob análise das instâncias internas de governança da estatal, que devem dar sinal verde até o momento da reunião. Mesmo com a entrada de Chambriard no lugar de Jean Paul Prates, a expectativa de especialistas é de que a governança da companhia impeça que grandes mudanças de rumo sejam feitas. Com a chegada de Chambriard à Petrobras, cerca de 20 profissionais, entre assessores e consultores ligados a Prates, foram exonerados na semana passada. A estatal classifica a mudança como um “procedimento padrão”, enquanto pessoas ligadas ao executivo entendem a mudança como “caça às bruxas”. Entre os que deixaram a empresa, estão Sérgio Caetano Leite, ex-diretor financeiro e de relações com investidores, João Paulo Madruga, ex-gerente de relações institucionais, e Annete Hessen, especialista em visualização de dados. Outros nomes devem ser mantidos na diretoria, como o da atual presidente interina e diretora de assuntos corporativos, Clarice Coppetti, o diretor de transição energética e sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, e os demais que são funcionários de carreira. Tolmasquim esteve na Base Aérea do Galeão no início da manhã de ontem para acompanhar visita do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Os dois se reuniram e falaram sobre permanência de Tolmasquim na companhia, apurou o Valor. Silveira esteve no Rio para participar do embarque de eletricistas da Light e da Enel e de equipamentos para reparos em redes subterrâneas, em Porto Alegre (RS)."
Fonte: Valor Econômico, 22/05/2024
Eventuais mudanças na Petros após troca na Petrobras precisam passar por instâncias de governança
"Caso pretenda estender as trocas realizadas na diretoria da Petrobras à Petros, o fundo de pensão da estatal, a futura presidente da empresa, Magda Chambriard, terá um pouco mais de trabalho para mudar a atual gestão de Henrique Jäger. A Petrobras pode até indicar o nome, mas o apontado é visto como mais um candidato que precisa passar por todo o processo seletivo em questão. O próprio Jäger foi indicado pela Petrobras no ano passado, em uma seleção que gerou questionamentos de participantes. Esta semana, o colunista Lauro Jardim, de "O Globo" informou que as mudanças na Petrobras devem se estender à Petros. Oficialmente, a indicação do principal executivo não é feita diretamente pela patrocinadora, como ocorre em outros fundos de pensão estatais. De acordo com as regras da entidade, a Petrobras até pode indicar um nome, mas ele deve passar pelos mesmos crivos internos que os outros candidatos. Os procedimentos foram adotados para reforçar a governança e afastar indicações políticas. Segundo o jornal “O Globo”, na Petrobras, Chambriard pretende trocar executivos da diretoria da estatal que são considerados próximos ao ex-presidente Jean Paul Prates. O diretor de engenharia, tecnologia e inovação, Carlos Travassos, que responde pelas obras de refinarias e estaleiros, e o diretor de governança e conformidade, Mario Spinelli, devem ser substituídos. Além deles, o diretor financeiro, Sérgio Caetano Leite, o gerente-executivo de relações institucionais, João Paulo Madruga, e o advogado-geral da Petrobras, Marcelo Mello, já foram destituídos pelo conselho de administração."
Fonte: Valor Econômico, 21/05/2024
Mudanças climáticas desafiam produção de biocombustíveis
"A intensificação dos efeitos da mudança do clima começa a impor desafios significativos à produção de biocombustíveis no Brasil, afetando diretamente a disponibilidade de matérias-primas como soja e cana-de-açúcar, essenciais para a produção de biodiesel e etanol, avaliam especialistas consultados pela agência epbr. Analistas de mercado observam que a variação nos padrões climáticos, incluindo secas e inundações – como a que afeta agora o Rio Grande do Sul –, tem gerado incertezas que comprometem a segurança energética e a estabilidade do setor de biocombustíveis. “Existe uma tendência que essas mudanças climáticas tenham efeitos mais relacionados às incertezas de segurança energética brasileira. O quão certo o mercado está em relação à disponibilidade de biocombustíveis”, explica Bruno Cordeiro, analista de petróleo da StoneX. Recentemente a consultoria publicou um relatório onde reduziu a previsão para a safra de soja no Rio Grande do Sul em 3 milhões de toneladas. Segundo Cordeiro, haverá uma “possível menor oferta de óleo de soja no país” e “uma tendência de incerteza, considerado que é a matéria prima responsável pela produção de 80 a 95% do biodiesel brasileiro”. “Em anos de adversidade climática temos o risco de desabastecimento de biocombustíveis”, afirma. A consultoria alerta que essa imprevisibilidade no fornecimento de biocombustíveis pode até mesmo deslocar a demanda para combustíveis fósseis."
Fonte: Epbr, 21/05/2024
Americanas terá aumento de capital de R$ 12 bi
"A Americanas deu mais um passo na tentativa de recolocar os negócios nos trilhos, com a aprovação, ontem, em assembleia geral extraordinária, de um aumento de capital de R$ 12,2 bilhões a ser feito pelos maiores acionistas da varejista - Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles. Conforme pauta aprovada por 95,7% dos presentes, o aporte pode chegar a até R$ 40,7 bilhões. Com base em dados publicados pela empresa, sem o exercício do direito de preferência pela base de acionistas, o trio de referência deve passar de participação de 30,1% para 49,3%. Já os bancos credores, sem garantias, ficarão com 48,2%. A capitalização é resultado de quase um ano de negociações e acomodação de interesses, principalmente entre o trio e os grandes bancos."
Fonte: Valor Econômico, 22/05/2024
Evento debateu oportunidades de negócios e urgência climática
"A urgência de buscar respostas efetivas para enfrentar as mudanças climáticas, ainda mais evidente para o Brasil e o mundo a partir da tragédia que o Rio Grande do Sul vive desde o fim de abril, foi um dos temas de destaque no Summit Valor Econômico Brazil-USA. Um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes e a projeção de imagens de cidades inundadas, arrasadas, rios tomando campos e ruas, estradas destruídas e pessoas à espera de ajuda - são mais de 2 milhões de atingidos - marcaram a abertura do evento realizado em Nova York, no dia 15. Além de reforçar a solidariedade ao povo gaúcho, Frederic Kachar, diretor-geral da Editora Globo e do Sistema Globo de Rádio, sublinhou a urgência de encarar com pragmatismo as mudanças climáticas. Também destacou a importância da mobilização de empresas, empresários, sociedade civil e do voluntariado em um momento sem precedentes na história do Rio Grande do Sul. Kachar defendeu ainda a necessidade de um maior investimento no Brasil por parte dos Estados Unidos. “Temos uma matriz energética limpa, que é de fato um diferencial para o resto do mundo, mas não somos prioridade de investimento, inclusive dos Estados Unidos”, afirmou."
Fonte: Valor Econômico, 22/05/2024
Política
Coprocessado busca espaço no Combustível do Futuro com emenda do agro
"Emenda da senadora Tereza Cristina (PP-MS) inclui o diesel coprocessado entre as alternativas para descarbonizar veículos pesados, no projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020). Também transfere a responsabilidade pelo blend de renováveis ao fóssil para produtores ou importadores, ao invés de distribuidoras de combustíveis. A proposta atende a uma demanda da Petrobras ao prever que o mandato que será criado para o diesel verde (HVO), um combustível 100% renovável idêntico ao diesel fóssil, possa ser cumprido também pela parcela renovável do produto resultante do coprocessamento de óleo vegetal com cargas de petróleo. Aprovado pela Câmara em março, o projeto de lei traz previsão de aumento de mistura de biodiesel no diesel e etanol na gasolina. Ao mesmo tempo, inaugura mercados para o diesel verde e os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês). Durante a discussão na Câmara, a Petrobras tentou conquistar um espaço para o coprocessado no mandato de biodiesel – hoje em 14%, mas que pode chegar a 20%. Após a derrota para o agro, a estatal explora agora, no Senado, a possibilidade de uma garantia de mercado via política para o diesel verde – cuja indústria ainda não está estabelecida no Brasil. Embora a senadora Tereza Cristina tenha fortes relações com o agro, e busque, com a emenda, uma conciliação entre interesses divergentes (Petrobras versus produtores de biodiesel), ainda não há consenso em torno da proposta. A última audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado para debater o tema ocorreu nesta terça (21/5) e a intenção do relator, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), é apresentar o relatório para votação em junho."
Fonte: Epbr, 21/05/2024
Grupo de Finanças Sustentáveis do G20 apresentará recomendações aos países sobre fundos climáticos
"Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 irá apresentar, na próxima reunião, em julho, o primeiro relatório com recomendações sobre a facilitação de acesso a recursos de fundos climáticos. O grupo se reunirá nos dias 9 e 10 de julho, em Belém, no Pará. De acordo com o coordenador do grupo e subsecretário de financiamento ao desenvolvimento sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, o acesso a esses recursos é uma das prioridades da presidência brasileira do G20. “O Brasil colocou como primeira prioridade do GT de Finanças Sustentáveis facilitar o acesso a esses fundos. A presidência do G20 é o impulso político que o G20 pode dar para que conselhos diretivos desses fundos iniciem processos de reforma na acreditação e nos desembolsos. O grupo está passando um pente fino em todos esses fundos”, afirmou a jornalistas, após participar do encontro de representantes de bancos públicos de desenvolvimento de países do G20, na sede do BNDES, no Rio. De acordo com o Oliveira, os quatro principais fundos verdes internacionais – Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund); Fundo de Investimento Climático (Climate Investment Funds); Fundo de Adaptação (Adaptation Fund) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility) – somam uma carteira de investimentos que deve ultrapassar US$ 30 bilhões nos próximos cinco anos. Esses dinheiro, porém, não tem chegado até a ponta."
Fonte: Valor Econômico, 21/05/2024
"A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) defendeu, nesta terça (21/5), que 20% dos recursos obrigatórios dos contratos de concessão e partilha do óleo e gás para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) sejam destinados para projetos relacionados a biocombustíveis. O presidente executivo da entidade, Thiago Falda, solicitou a inclusão do projeto de lei 5811/2016, do deputado Moses Rodrigues (UNIÃO/ CE), ao PL do Combustível do Futuro, durante audiência pública sobre o tema no Senado. Originalmente, o projeto do deputado Moses Rodrigues, em tramitação na Câmara, estabelece que 50% do montante de 1% do valor bruto da produção de cada campo de óleo e gás destinado a PD&I seja direcionado a inovação em energias renováveis. “Entendemos que se esse texto for incorporado ao PL Combustível do Futuro, prevendo 20% de obrigação em investimentos em P&D, seria um avanço enorme, já que geraria quase R$ 1 bilhão em investimentos anuais para o desenvolvimento da bioeconomia”, afirmou Falda. Segundo o executivo, dos R$ 16 bilhões destinados à inovação entre 2017 e 2022, apenas R$ 330 milhões (2,33%) foram destinados a biocombustíveis. “É um valor muito baixo”, avaliou. A ABBI estima que somente com a adoção de tecnologias das suas associadas – que incluem Raízen, Braskem e Basf –, o Brasil poderia chegar a 2050 com uma produção 18 vezes superior a atual, com o desenvolvimento de novos biocombustíveis como SAF (aviação) e diesel verde – ambos em discussão no Congresso. Isso poderia gerar uma receita de quase US$ 600 bilhões ao ano, e redução de emissão de CO2 da ordem de 29 gigatoneladas, de acordo com a associação."
Fonte: Epbr, 21/05/2024
Desmatamento na Amazônia recua, mas degradação florestal dispara em 2024, aponta Imazon
"O desmatamento na Amazônia recuou 58% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo levantamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A degradação florestal — que é o dano causado pelas queimadas ou extração seletiva de madeira —, em contrapartida, saltou mais de 3000% no mesmo período. De acordo com o Imazon, o desmatamento de janeiro a abril passou de 1.203 quilômetros quadrados para 508 km². A degradação, no entanto, passou de 84 km² para 2.846 km² na mesma base de comparação, a maior em pelo menos 15 anos, quando o instituto passou a mapear a degradação florestal além do desmatamento. Segundo o Imazon, a maior parte dessa destruição ocorre pelo número de queimadas em Roraima, que só em abril, teve uma área degradada equivalente à cidade de Salvador, com 693 km² afetados. “Por isso, é muito importante que enquanto os governos federal e dos Estados sigam intensificando o combate à derrubada da floresta, sejam realizadas ações específicas de enfrentamento às queimadas, focando principalmente em Roraima”, diz, em nota, Larissa Amorim, pesquisadora do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon. O Estado vem sofrendo com uma seca histórica, e isso, conforme o coordenador do Imazon, Carlos Souza Jr., causa mais queimadas. “Segundo os nossos monitoramentos da superfície de água no bioma Amazônia, que apresenta dados desde 1985, o Estado foi o mais afetado pela redução hídrica, onde as várzeas estão ficando mais secas a cada verão”, explica."
Fonte: Valor Econômico, 21/05/2024
Internacional
Empresas
"Os executivos do setor de mineração lançaram dúvidas sobre os planos da UE de comprar conjuntamente minerais essenciais para a transição para as energias limpas, como o bloco fez para as vacinas durante a pandemia do coronavírus e, mais recentemente, para o gás. A plataforma de compra conjunta de gás funcionou assim: a Comissão Europeia abriu uma convocatória para empresas que quisessem aderir ao esforço de compra comum. Em seguida, agregou a procura e dirigiu-se aos mercados globais para combinar essa procura com a oferta. No seu primeiro concurso, a procura de 34 mil milhões de metros cúbicos de gás foi satisfeita com ofertas três vezes superiores. A necessidade de matérias-primas essenciais, à medida que a procura de painéis solares, turbinas eólicas e baterias aumenta, tornou-se tão premente como o gás, que abastece a maioria dos agregados familiares da UE. “Com a compra comum de exportação de gás funciona muito bem e superou todas as nossas expectativas . . . Precisamos de utilizar melhor o peso político e económico da Europa para conseguir melhores abastecimentos para a Europa”, disse o chefe do Acordo Verde da UE, Maroš Šefčovič, a um pequeno grupo de jornalistas à margem de uma cimeira esgotada de executivos mineiros e especialistas em minerais críticos em Bruxelas na semana passada. A decisão de avançar com o plano de compras conjuntas surge no momento em que a Lei das Matérias-Primas Críticas, um marco histórico do bloco – um esforço para garantir o fornecimento de uma lista de 34 materiais cruciais para as indústrias da UE – entra em vigor esta semana."
Fonte: Financial Times, 21/05/2024
Preço global das emissões de carbono atingiu recorde de US$ 104 bilhões em 2023
"Os países arrecadaram um valor recorde de 104 mil milhões de dólares no ano passado cobrando às empresas pela emissão de dióxido de carbono, mas os preços continuam demasiado baixos para impulsionar as mudanças necessárias para cumprir as metas do acordo climático de Paris, afirmou o Banco Mundial num relatório divulgado na terça-feira. Vários países estão a aplicar um preço às emissões de carbono para ajudar a cumprir os seus objetivos climáticos, fazendo com que os poluidores paguem sob a forma de um imposto, ou ao abrigo de um sistema de comércio de emissões (ETS), ou cap-and-trade. “A precificação do carbono é uma parte crítica da combinação de políticas necessárias para cumprir as metas do Acordo de Paris e apoiar o crescimento de baixas emissões”, afirma o relatório do Banco Mundial sobre o Estado e as Tendências dos Mercados de Carbono. Existem 75 instrumentos globais de precificação do carbono em operação, dois a mais que há um ano, cobrindo cerca de 24% das emissões globais de gases de efeito estufa. O valor arrecadado em 2023 em receitas de carbono aumentou em relação aos cerca de US$ 95 bilhões arrecadados em 2022. No entanto, o relatório afirma que menos de 1% das emissões globais de gases de efeito estufa são cobertas por um preço direto do carbono igual ou superior à faixa recomendada pela Comissão de Alto Nível sobre Preços do Carbono para cumprir a meta do acordo de Paris de 2015 de limitar o aumento da temperatura bem abaixo de 2. graus Celsius. Em 2017, um relatório da Comissão de Alto Nível indicou que os preços do carbono precisam de estar na faixa dos 50-100 dólares por tonelada até 2030 para manter o aumento das temperaturas globais abaixo dos 2ºC. Ajustados pela inflação, esses preços precisariam agora estar na faixa de US$ 63 a 127 toneladas métricas, disse o relatório do Banco Mundial. O maior contribuinte individual para as receitas globais do carbono é o Sistema de Comércio de Emissões da UE."
Fonte: Reuters, 21/05/2024
Meta do Acordo de Paris pode ser cumprida se mundo chegar ao net zero, diz estudo da BloombergNEF
"De acordo com um relatório da BloombergNEF, empresa de pesquisas sobre finanças energéticas, a aceleração das tecnologias limpas e a descarbonização são chaves para garantir que a principal meta do Acordo de Paris, de manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, seja cumprida. O estudo Energy Outlook 2024, divulgado com exclusividade para a Exame, cria cenários para o aumento da temperatura global. No cenário de transição econômica, a redução nas emissões de CO2 — de 34 bilhões de toneladas para 25 bilhões —implicaria em manter o aquecimento global em 2,6ºC até 2050, acima da meta. No cenário de Net Zero, com a redução das emissões a partir de 2025 até que sejam zeradas, o aquecimento global pode se manter em 1,75ºC até 2050, aponta o relatório. As mudanças no consumo e demanda de energia, transporte e indústria só ocorrerão com o aumento no curto prazo das tecnologias ligadas à energia limpa. A pesquisa cita como ações necessárias para a transição ao cenário Net Zero a necessidade de triplicar a capacidade energética de fontes limpas e renováveis até 2030, as substituições dos veículos a combustão por carros elétricos até 2034 e o aumento das tecnologias de captura de carbono. O cenário de transição econômica considera ainda a importância dos veículos elétricos, da energia limpa e a eficiência energética para reduzir as emissões. Se essas tecnologias não fossem incentivadas, as emissões seriam 50% maiores em 2050 e 27% maiores do que são hoje. A pesquisa considera que os combustíveis fósseis ainda exercem um papel significativo nos principais setores da economia, mas a demanda por gás cresce de forma modesta a partir da substituição por petróleo e carvão."
Fonte: Exame, 21/05/2024
Desastres naturais impactam as finanças de um em cada cinco adultos nos EUA
"Quase 20% dos adultos dos Estados Unidos viram-se afetados economicamente por catástrofes naturais no ano passado, informou nesta terça-feira, 21, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o que supõe um aumento de quase 50% em comparação com 2022. O informe anual do Fed sobre o bem-estar econômico das famílias revelou que 19% dos adultos declararam que se viram afetados economicamente por desastres naturais ou fenômenos meteorológicos graves, como inundações e incêndios florestais, nos últimos 12 meses. As maiores mudanças foram registradas no oeste do país, onde o percentual de pessoas que indicaram ter sofrido um impacto financeiro por causa de desastres naturais quase dobrou. No sul, que inclui estados propensos a furacões como a Flórida, quase um quarto de todos os entrevistados disseram que se viram afetados economicamente por catástrofes naturais, enquanto apenas 13% o fizeram no nordeste. Em seu relatório, o banco central americano assinalou que algumas das pessoas com maior risco de sofrer catástrofes naturais também tinham menos probabilidades de contar com um seguro residencial. "Os proprietários com renda mais baixa, os que vivem no Sul e os que já se viram afetados economicamente por uma catástrofe natural tinham menos probabilidades de possuir um seguro residencial", revela o documento. O número de adultos americanos com bom desempenho financeiro permaneceu relativamente inalterado, 72% em 2023, segundo o Fed. Mas esse indicador esconde uma mudança importante: entre os pais que vivem com filhos menores de 18 anos, apenas 64% afirmaram que sua situação econômica era pelo menos boa, cinco pontos percentuais a menos que em 2022."
Fonte: Exame, 21/05/2024
Política
Europa aprova medidas para substituir gás natural por biometano e hidrogênio
"O Conselho da União Europeia aprovou, nesta terça (21/5), o regulamento (.pdf) que estabelece regras comuns para o mercado interno de gases, com o objetivo de substituir progressivamente o gás natural por alternativas renováveis ou de baixo carbono. Biogás, biometano, metano sintético e hidrogênio verde integram a lista de opções renováveis, enquanto os gases de baixo carbono devem emitir, no mínimo, 70% menos de gases de efeito estufa no seu ciclo produtivo, quando comparado ao fóssil. O texto havia sido apresentado em 2021 pela Comissão Europeia, dentro do pacote Fit for 55 – um conjunto de propostas para atualizar a legislação da UE e implementar iniciativas que estejam em conformidade com os objetivos climáticos acordados pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu. A partir de agora, as regras passam a ser aplicadas em até seis meses, e os estados-membros terão dois anos para adaptar suas legislações nacionais às novas disposições. Uma das medidas estabelece que, a partir de 2049, não serão mais firmados contratos de longo prazo para gás fóssil, que hoje representa 95% do mercado de gás europeu. A meta é que até 2050 os gases renováveis e de baixo carbono cheguem a 66% de participação do mercado. “As novas regras ajudarão a fazer a transição para gases renováveis e de baixo carbono, em particular o hidrogênio, no sistema energético, com vistas a alcançar as metas de descarbonização da UE”, diz o comunicado. A resolução prevê que os estados-membros deem descontos tarifários e incentivos para as alternativas ao derivado de petróleo, especialmente para o mercado de hidrogênio, e facilitem o acesso à rede de gás existente, através da eliminação de tarifas transfronteiriças."
Fonte: Epbr, 21/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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