Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV em queda de 0,18% e ISE em alta de 0,24%.
• No lado das empresas, a Toyota anunciou o investimento de R$11 bilhões em suas operações no Brasil para ampliar a capacidade de produção de modelos e motores com a tecnologia híbrida-flex entre 2023 e 2030 – do montante total, R$5 bilhões estão confirmados até 2026 e incluem a produção de um novo veículo compacto híbrido-flex com previsão de produção para 2025.
• Na política brasileira, (i) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que sua pasta tem como meta publicar até o fim do mês toda a regulamentação do Mover, programa que prevê R$19,3 bilhões, até 2028, na produção de carros mais seguros e menos poluentes - segundo Alckmin, o sucesso do programa está comprovado na série de investimentos relevantes anunciados pelas montadoras após seu lançamento; e (ii) o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deve lançar ainda este ano, o Conselho de Segurança Climática, que espera reunir autoridades das esferas federal, estadual e municipal e atores da sociedade de civil para discutir ações sobre o tema.
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Brasil
Empresas
Toyota vai investir R$ 11 bi no Brasil para ampliar produção de modelos híbridos flex
"A Toyota, pioneira global em lançar veículos híbridos-flex, vai elevar a aposta nestes modelos com o anúncio de um investimento de R$ 11 bilhões em suas operações no Brasil entre 2023 e 2030. A montadora japonesa usará os recursos para ampliar a capacidade de produção no país de modelos e motores com a tecnologia híbrida-flex. Do montante total, R$ 5 bilhões estão confirmados até 2026 e incluem a produção de um novo veículo compacto híbrido-flex, já anunciado no ano passado com previsão de produção para 2025, além de outro modelo com a mesma tecnologia, desenvolvido especialmente para o Brasil, segundo comunicado distribuído nesta terça-feira plano também prevê a montagem de baterias na fábrica de Sorocaba (SP) a partir de 2026 para equipar os veículos híbridos já produzidos localmente. Como parte do plano, a Toyota irá expandir seu parque fabril em Sorocaba, que atualmente opera a plena capacidade. Será necessário construir novas instalações no local, para as quais serão transferidas as operações produtivas de Indaiatuba, também em São Paulo."
Fonte: Bloomberg Línea, 05/03/2024
Na Biopower, o óleo que frita o bife se transforma em combustível sustentável para caminhões
"A Biopower, negócio da alimentícia JBS responsável por combustíveis limpos, transformou no ano passado 4,5 milhões de litros de óleo de cozinha em biodiesel. A ação faz parte do programa Óleo Amigo, criado há 8 anos, que já ajudou a destinar corretamente mais de 26 milhões de litros de óleo. Por meio da ação, escolas, hospitais, igrejas e comércios vendem o óleo de cozinha já utilizado para a JBS. O pagamento feito pela venda custeia a infraestrutura, reformas e equipamentos para os locais. A empresa conta também com a doação por parte de famílias, e usa o líquido e os resíduos da produção dos bovinos, como sebo dos animais, na formulação do combustível. Segundo Alexandre Pereira, diretor comercial da Biopower, o programa busca conscientizar a população sobre o descarte correto dos materiais. “Cada litro de óleo de cozinha tem a capacidade de poluir até 25 mil litros de água. Com o programa, já evitamos a contaminação de 650 bilhões de litros de água”, afirma."
Fonte: Exame, 05/03/2024
Em cerimônia da BYD na Bahia, governador diz que foi um “estica e puxa” para investimento ir ao NE
"Uma cerimônia ao ar livre, num palco montado ao lado de quatro caminhões e quatro máquinas de construção ilustra o cenário criado pela BYD para marcar o início de obras da fábrica da montadora chinesa em Camaçari, na Bahia. O início de obras é uma forma simbólica de referir-se ao momento em que os chineses começam, na verdade, a reformar uma fábrica que já existe e que pertenceu, até o ano passado, à Ford. “Todos acompanharam o estica e puxa para que o Nordeste recebesse essa fábrica”, destacou, em discurso, o governador Jerônimo Rodrigues (PT), referindo-se a todo o esforço feito não apenas pelo governo baiano mas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em abril de 2023, durante viagem à China, empenhou-se pessoalmente para atrair o investimento, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Pelo contrato assinado com o governo estadual, a BYD se comprometeu a terminar a reforma em cerca de um ano e meio. Na fábrica baiana serão produzidos carros híbridos e elétricos. O investimento inicial será de R$ 3 bilhões, com expectativa de 20 mil empregos e capacidade para produzir 150 mil veículos por ano."
Fonte: Valor Econômico, 05/03/2024
Política
Voltado a carros menos poluentes e mais seguros, Mover deve sair até o fim do mês
"O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 5, que a meta da pasta é publicar até o fim do mês toda a regulamentação do Mover - programa que prevê R$ 19,3 bilhões, até 2028, na produção de carros mais seguros e menos poluentes. Segundo Alckmin, o sucesso do Mover está comprovado na série de investimentos relevantes anunciados pelas montadoras após seu lançamento. Após participar de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente se dirigiu a Sorocaba, no interior paulista, onde visitará a fábrica da Toyota, que, conforme antecipou o próprio Alckmin no domingo, vai anunciar investimentos de R$ 11 bilhões. Na quarta-feira, 6, é aguardado o anúncio de um investimento histórico da Stellantis, grupo que produz carros das marcas Fiat Jeep, Peugeot e Citroën. No total, conforme a Anfavea, entidade que representa a indústria automotiva, R$ 100 bilhões serão investidos pelas montadoras e seus fornecedores de peças até 2029."
Fonte: Exame, 05/03/2024
Conselho de Segurança Climática deve ser lançado este ano, diz MMA
"O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) deve lançar ainda este ano, o Conselho de Segurança Climática, que espera reunir autoridades das esferas federal, estadual e municipal e atores da sociedade de civil para discutir ações sobre o tema, afirma Carlos Alexandre Príncipe, especialista em políticas públicas da pasta. Ele também reforçou os esforços do governo na reestruturação da política ambiental com a reestruturação do Comitê Interministerial de Mudança do Clima e com os trabalhos de revisão da da Política Nacional de Mudança do Clima. “Este tipo de política se reflete também na nossa intenção de ainda este ano, o quanto antes possível, lançarmos o Conselho de Segurança Climática, conselho este que tem a função precípua de colocar os três níveis da federação em contato com o problema, envolvendo também o setor privado, a academia, e o setores sociais”, disse durante evento na sede do BNDES, na segunda (4/3). Prometido para março do ano passado, o Conselho deveria ser anunciado junto com a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática. Contudo, a derrota de Marina Silva no Congresso no início de 2023, quando os parlamentares transferiram parte das atribuições de sua pasta para outros órgãos, enfraqueceu os planos da ministra."
Fonte: Epbr, 05/03/2024
Geração distribuída perde uma das principais fontes de financiamento
"O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu não permitir mais a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs) para financiar a geração distribuída de energia. Com isso, projetos desse segmento, quase todos de energia solar, aguardam a regulamentação das novas debêntures de infraestrutura, criadas pelo governo este ano, para voltar a se financiar com incentivos fiscais. A geração distribuída (GD) é o modelo que permite aos consumidores produzirem a própria energia elétrica, no local de consumo ou de forma remota, em sistemas de até 5 megawatts (MW). No Brasil, 99% da potência instalada nesse modelo é da fonte solar fotovoltaica, segundo dados da Absolar. Benefícios fiscais fizeram com que projetos de GD buscassem a se financiar por meio da emissão de CRIs nos últimos dois anos. Há isenção de imposto de renda para investimentos nesses instrumentos financeiros, para pessoas físicas, e uma redução na alíquota de imposto para pessoas jurídicas."
Fonte: Epbr, 05/03/2024
Opinião
O PL do Combustível do Futuro, explicado
"Parte relevante do Plano de Transformação Ecológica do governo federal, o projeto de lei do Combustível do Futuro pode ser votado este mês na Câmara dos Deputados. A proposta traz uma série de iniciativas para estimular combustíveis de baixo carbono no país, incluindo alternativas de origem orgânica para o diesel, o querosene de aviação e o gás natural de origem fóssil. O PL também prevê mudanças nas regras da mistura de etanol na gasolina e do biodiesel ao diesel convencional. A necessidade urgente de descarbonizar os transportes já está criando uma demanda expressiva para esses novos produtos, mas a produção está só começando, no Brasil e no exterior. A maioria desses combustíveis é baseada em matéria orgânica, e a esperança é que o país use sua liderança no agronegócio global para se tornar também um dos grandes exportadores dessa indústria nascente. O Executivo entregou o projeto à Câmara em setembro. Desde dezembro, o PL tramita em regime de urgência. Na semana passada, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), concluiu seu parecer, que pode ser votado na Câmara ao longo deste mês.”
Fonte: Capital Reset, 05/03/2024
Internacional
Empresas
A BYD lidera o impulso dos carros elétricos chineses na Austrália, um mercado mais amigável
"A BYD e outras montadoras chinesas estão trazendo novos modelos de carros elétricos em massa para a Austrália, um mercado onde não enfrentaram barreiras comerciais e as vendas aumentaram devido aos subsídios para VEs e benefícios fiscais, bem como aos altos preços da gasolina. Desde que chegou ao poder em 2022, o governo do primeiro-ministro Anthony Albanese promoveu agressivamente a adoção de veículos elétricos como parte dos planos do país para reduzir as emissões - uma mudança que ocorreu após uma década de ações climáticas fracas sob o comando de líderes conservadores. Isso criou um poderoso vento a favor da demanda por carros elétricos. Os EVs foram responsáveis por 7,2% das vendas de carros novos na Austrália em 2023, em comparação com 3,1% no ano anterior. Embora a Tesla também esteja se beneficiando muito, são os fabricantes chineses no segmento não premium do mercado que representam a maior ameaça para as montadoras estabelecidas, como a Toyota e a Ford, cujas amplas linhas de carros com motor a gasolina significam que elas têm mais a perder."
Fonte: Reuters, 06/03/2024
"Um tribunal federal de recursos recusou-se, na terça-feira, a responsabilizar cinco grandes empresas de tecnologia por seu suposto apoio ao uso de trabalho infantil em operações de mineração de cobalto na República Democrática do Congo. Em uma decisão por 3 a 0, o Tribunal de Apelações dos EUA para o Distrito de Columbia decidiu a favor da Alphabet, controladora do Google, Apple, Dell Technologies, Microsoft e Tesla, rejeitando uma apelação de ex-mineiros infantis e seus representantes. Os autores da ação acusaram as cinco empresas de se unirem a fornecedores em um empreendimento de "trabalho forçado" ao comprarem cobalto, que é usado para fabricar baterias de íon-lítio, amplamente utilizadas em produtos eletrônicos. Quase dois terços do cobalto do mundo vêm da RDC. De acordo com a denúncia, as empresas "deliberadamente ocultaram" sua dependência do trabalho infantil, incluindo muitas crianças pressionadas a trabalhar devido à fome e à pobreza extrema, para garantir que sua necessidade crescente do metal fosse atendida."
Fonte: Reuters, 05/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)
Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)
Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)
Outros relatórios de destaque
Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)
ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
RAIZ4 de olho na produção de SAF; Montadoras e os grandes investimentos em carros elétricos, apesar dos desafios (link)
1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)
Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)
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