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Prévia 2T19: Um trimestre ainda ameno

Ao nos aproximarmos da temporada de resultados das empresas do segundo trimestre de 2019 (2T19), publicamos nossa prévia com as estimativas e comentários sobre empresas e setores selecionados.

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Ao nos aproximarmos da temporada de resultados das empresas do segundo trimestre de 2019 (2T19), publicamos nossa prévia com as estimativas e comentários sobre empresas e setores selecionados. Vemos uma temporada de resultados relativamente fraca, resultado do cenário desafiador para a atividade econômica, que impacta as empresas domésticas. De fato, após um 1T19 decepcionante com o PIB caindo -0,2% trimestre contra trimestre (ou -0,6% anualizado), esperamos uma leve recuperação no 2T19, com o PIB crescendo apenas 0,3% T/T (ou + 1,2% anualizado).

Dessa forma, esperamos que o setor de varejo seja impactado negativamente, embora a Renner deva continuar se destacando positivamente. Para as empresas de ecommerce, o fim do benefício fiscal da Lei do Bem também deve afetar os resultados. No setor financeiro, não esperamos um trimestre extraordinário, mas B3 e Bradesco devem ser os principais destaques. Na Ambev, também vemos um 2T19 suave, com o volume de cerveja no Brasil crescendo 1,5% no ano contra ano. Uma fraca demanda e ambiente de preços desafiador devem pesar os resultados das siderúrgicas mais uma vez.

As companhias de aluguel de veículos deverão ser destaque positivo no trimestre, com crescimento expressivo nos volumes. As companhias aéreas também devem reportar números bons, beneficiadas pelo cenário de oferta mais restrita e, consequentemente, ambiente de precificação mais benigno.

Esperamos que as geradoras apresentem margens mais fracas, haja visto que compraram energia para se protegerem de um cenário de chuvas mais adverso, o que acabou não acontecendo de fato. Acreditamos que as distribuidoras de combustíveis apresentem margens ligeiramente mais fracas do que o esperado por terem repassado integralmente os reajustes de refinarias e por uma maior parcela de etanol nas vendas, o qual possui margem menor. A Ultrapar deve apresentar os resultados mais fracos da cobertura, com perda de participação de mercado na Ipiranga e resultados ainda pressionados em outros negócios.

Sobre as exportadoras, esperamos um trimestre forte para os frigoríficos com preços e exportações mais altos, com destaque para a JBS. Do lado negativo, o setor de papel e celulose deve ser impactado pelos preços pressionados da celulose, enquanto as mineradoras devem ser beneficiadas pelos preços mais altos do minério de ferro, embora os resultados da Vale devam ser parcialmente impactados ​​por custos elevados.

Quer saber o que esperamos para os resultado de cada uma das empresas de nossa cobertura?

  • JBS (JBSS3): Esperamos fortes resultados do 2T, com EBITDA de R$ 4,7 bilhões e margem EBITDA de 9%, impulsionados principalmente pelo negócio de carne bovina nos EUA e de frango tanto nos EUA quanto no Brasil.
  • Gol (GOLL4): Apesar de uma ligeira pressão sobre as margens devido ao real depreciado, a Gol deverá reportar >20% de crescimento na receita unitária. Estimamos uma margem EBIT de ~ 10,1% no 2T19.
  • Lojas Renner (LREN3): Acreditamos que a continuação do sólido crescimento de vendas mesmas lojas (+12% A/A), apesar da contração de margens, colocará a Renner mais uma vez entre os melhores resultados trimestrais do setor de varejo.
  • Bradesco (BBDC4): O crescimento do setor de varejo, mais uma vez, deve impulsionar a expansão da margem financeira bruta e compensar as receitas provenientes de menores taxas, causadas pela maior competição e a atividade mais lenta do mercado de capitais. Esperamos um sólido crescimento no Lucro Líquido de +23,8% A/A e ROE de 20%.
  • Ultrapar (UGPA3): Nossas estimativas refletem dados recentes de venda de combustíveis e evolução de margens. Deve haver uma leve deterioração na Ipiranga por perda de participação de mercado e maior mix de etanol. A Oxiteno deve apresentar resultados ainda fracos.
  • Via Varejo (VVAR3): Esperamos um trimestre fraco para Via Varejo, com baixo crescimento nas lojas e na operação online, além de contração de margem EBITDA de 1,1 p.p. Porém, acreditamos que os investidores devam focar nos resultados com a nova gestão (ou seja, a partir do segundo semestre).
  • Cielo (CIEL3): Mais um trimestre desafiador, com concorrência acirrada no setor de adquirência levando à queda de -4,5% A/A e -38,9% A/A de Receita e Lucro Líquido, respectivamente.

Outros destaques relevantes

  • Vale (VALE3): Esperamos resultados sólidos, dados os maiores preços do minério de ferro, mas parcialmente compensados ​​por maiores custos. Esperamos vendas em linha, embora a parada da Brucutu na maior parte do 2T tenha impacto na produção.
  • Ambev (ABEV3): Esperamos um 2T19 suave, com o volume de cerveja aumentando 1,5% no ano e ainda pressionando os custos impactando as margens.
  • Magazine Luiza (MGLU3): Esperamos tendência de desaceleração no crescimento de vendas do Magazine Luiza tanto para as lojas físicas quanto o online, além de contração nas margens. Porém, não acreditamos que isso será uma surpresa para o mercado, e nem indicação de piora da operação, uma vez que a base de comparação do 2T18 é muito alta.

Quer saber a data de divulgação do resultado trimestral de todas as empresas do índice Ibovespa e Small Caps?

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