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Swap cambial: o que é e por que você deve saber agora

Entenda como o swap cambial ganhou os holofotes de Bancos Centrais, de instituições financeiras em geral e de grandes investidores em meio à crise do coronavírus.

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Swap cambial: o que é e por que você deve saber agora

Com o aumento da cotação do dólar em meio à crise provocada pela pandemia do coronavírus, o Banco Central do Brasil pode tomar algumas medidas para frear a desvalorização do Real. A principal delas é
conhecida como swap cambial.

Esse tipo de operação de leilão de dólares serve como um controle de câmbio para que a cotação da moeda americana não atinja valores muito elevados.

O uso do swap é comum em casos de câmbios flutuantes, quando as taxas de câmbio sofrem oscilações frequentes e precisam de intervenção das autoridades do governo para manter um nível adequado.

No mês de março de 2020, por exemplo, as intervenções do BC brasileiro para conter a ala do dólar somaram US$ 15 bilhões, segundo o jornal Valor Econômico.

Para entender melhor esse conceito que tem ganhado destaque nos noticiários, continue a leitura.

O que é swap cambial?

O termo swap pode ser traduzido do inglês para o português como uma troca. Significa uma troca de posições quando há riscos para um investidor.

O swap cambial, então, é uma troca de indexadores feita para gerenciar as taxas de reajuste e controlar o câmbio. Essa operação, inclusive, é conhecida por ser uma forma de fazer Hedge.

Imagine uma empresa com dívidas em dólar que quer se proteger da desvalorização do câmbio. Neste caso, ela faz um contrato com outra empresa também endividada na moeda local.

Para ficar mais claro, vamos a um exemplo: A empresa X é exportadora e tem todas as suas receitas em dólar, mas as suas despesas são pagas em Real.

Supondo-se que as projeções indiquem que em 30 dias a cia receberá US$ 1 milhão pelas vendas, mas terá R$ 4,5 milhões de custos.

No caso de o dólar ser cotado no dia a R$ 5, a empresa ficaria hoje com um lucro de R$ 500 mil. Mas como a conta real só será feita em 30 dias, não há como saber qual será de fato a cotação do dólar.

Considerando-se um cenário otimista, o dólar vai subir e o lucro da empresa será ainda maior. Mas no cenário pessimista, o dólar
cai e o ganho fica menor.

Neste caso, a empresa decide se proteger de uma possível volatilidade do mercado e recorre ao swap cambial, que é uma troca do risco das moedas. Assim, a empresa passa a saber de antemão qual será o câmbio
utilizado para sua receita daqui a 30 dias.

Como funciona o swap cambial?

Para ficar mais claro, vamos explicar como funciona o swap cambial. Tratam-se de contratos derivativos cujos operadores são o Banco Central, as instituições financeiras e as empresas que possuem dívidas em dólar.

Tanto as empresas quanto as instituições financeiras buscam se proteger da desvalorização do real frente ao dólar. Em contrapartida, o BC visa manter a estabilidade da taxa de câmbio.

Neste cenário, o BC paga a variação cambial do período do contrato e a empresa arca com uma taxa de juros predeterminada (normalmente DI ou a Selic diária).

O Banco Central autoriza que instituições financeiras operem no mercado cambial, dando então a nomenclatura a eles de dealers.

Aqui, quem compra o swap fica ativo em Selic e passivo em câmbio, enquanto quem vende o swap fica passivo em Selic e ativo em câmbio.

É por isso que as empresas que possuem dívidas em dólar e poderiam sofrer perdas com uma possível alta da moeda americana acabam comprando swaps como proteção contra essa variação.

Como o Banco Central usa o swap?

Em tempos de crise como a do coronavírus, é comum que o valor da cotação do dólar suba bastante em um curto espaço de tempo.

Por isso, nesses momentos o Banco Central brasileiro acaba se envolvendo bastante em operações de swap, fazendo assim intervenção no dólar para evitar que a desvalorização do Real seja ainda maior.

Por ser uma instituição financeira que usa a prática de swap para diminuir a desvalorização do real, o BC tem como objetivo controlar a volatilidade do
câmbio e trazer mais estabilidade para o mercado brasileiro.

Diferença entre swap cambial e swap cambial reverso

No leilão de swap tradicional, o Banco Central compra o contrato para ganhar a Selic do período e pagar a variação do câmbio. Isso significa que há uma ‘aposta’ na queda do dólar. Na outra ponta está quem acredita que a moeda americana vai subir.

No caso do swap reverso, o BC aposta que o câmbio vai subir mais do que a taxa Selic no período de vigência do contrato, enquanto a outra parte espera o movimento contrário.

Quais são os impactos do swap cambial no dólar futuro

Os contratos de swap cambiam impactam diretamente no valor do dólar futuro, já que se trata de um instrumento desses contratos derivativos.

Quanto maior o valor dos swaps, mais lotes são negociados (tanto para compra, como para venda) no mercado futuro.

Para que os contratos tenham validade, no entanto, o Banco Central e o mercado precisam aceitar as condições – fato que nem sempre acontece. E isso impacta os preços do dólar futuro, principalmente porque uma falta de acordo pega o mercado desprevenido.

Os horários de negociação também são impactados pelos swaps, principalmente no momento de publicação das negociações, quando o BC faz e recebe propostas e quando publica os resultados.

Vale ressaltar que os leilões podem acontecer sem aviso prévio, o que também pode influenciar nas decisões de posicionamento dos negociantes. Por isso, quem trabalha com esse tipo de negociação precisa estar sempre atento aos movimentos do mercado.

Agora que você já sabe o que é swap cambial e como ele funciona, fica mais fácil entender a atuação do Banco Central para tentar frear a desvalorização do Real no mercado. Para ficar por dentro das variações do dólar, consulte as atividades de swap diretamente na página do BC.

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