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Relatório de Alocação | Maio 2019

O mês foi marcado por dados econômicos mais positivos das principais potências mundiais, mitigando assim uma maior preocupação acerca de uma possível desaceleração global mais acentuada.

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Panorama Internacional

O mês foi marcado por dados econômicos mais positivos das principais potências mundiais, mitigando assim  uma maior preocupação acerca de uma possível desaceleração global mais acentuada. Isso resulta em um ambiente mais favorável para ativos de risco, ilustrado não só pela máxima histórica atingida pelo S&P 500 (bolsa americana) no mês, mas também pela alta de quase 5% do Euro Stoxx (bolsa europeia) e valorização de 0,98% do Ibovespa mesmo em um cenário politico e econômico interno pior que o esperado.

A máxima histórica da bolsa americana foi devido ao ânimo do mercado em relação aos dados de PIB do primeiro trimestre acima do esperado na China (+ 6,4%) e Estados Unidos (3,2%), além da inflação americana do primeiro trimestre ainda controlada (1,3%), o que resulta em um ambiente onde o Banco Central do país não precise aumentar a taxa de juros (política monetária que desaceleraria a economia). Nossa expectativa para esse ano é de que não haja alterações nos juros americanos, dando suporte para que a bolsa continue uma trajetória saudável de valorização com um mercado externo favorável.

Para o próximo mês será importante monitorar o possível acordo entre China e Estados Unidos e se os próximos dados econômicos sustentarão a atual narrativa de crescimento estável, resultando em um ambiente mais benigno para as principais economias globais e, consequentemente, para países emergentes.

Panorama Brasil

Além do cenário internacional descrito anteriormente, foi importante para sustentação do mercado brasileiro, em abril, a aprovação da primeira etapa da Reforma da Previdência, a aprovação na CCJ. O processo foi marcado por um ambiente político conturbado com constantes conflitos entre o executivo e legislativo, em parte protagonizados por Bolsonaro e Rodrigo Maia.

O caminho até a aprovação final será longo e tem como próxima fase a Comissão Especial na Câmara. O que determinará tempo de tramitação e se haverá ou não uma forte desidratação da proposta de 1,24 tri será a capacidade de articulação política do governo, que tem dado sinais de melhora. Apesar da baixa visibilidade, nossa expectativa é uma aprovação na comissão especial no final de julho ou agosto, no plenário da Câmara entre agosto e setembro e, por fim, no Senado entre outubro e novembro.

Já os dados econômicos surpreenderam de forma negativa com crescimento da inflação e queda da expectativa de crescimento. Pela nona semana seguida, foi revisada para baixo a projeção do PIB para 2019 (+1,7%), convergindo para nossa estimativa entre 1,5% e 2%. O que pode indicar um potencial de crescimento mais baixo do que o mercado acredita.Enquanto a reforma não avançar, não vemos melhora nos índices de confiança, consequentemente tão pouco mudanças no quadro de atividade ou mesmo nos atuais preços do Ibovespa.

Renda Variável

A performance do Ibovespa (+0,98%) no mês foi negativamente impactada por nomes mais ligados à atividade doméstica, cuja performance depende da recuperação da economia, como os bancos Itaú e Bradesco (-1,7%), e as siderúrgicas – CSN (-10,3%), Gerdau (-6,54%) e Usiminas (-13,4%). Tal queda, contudo, foi parcialmente compensada pelo desempenho das empresas ligadas ao ciclo global, com destaque para os frigoríficos, frente à peste suína africana na Ásia – JBS (+24,2%), BRF (+37,1%) e Marfrig (+22,4%) – e para a Petrobras (+12,3%).

Nossa visão segue em linha com os últimos relatórios de alocação, na qual sinalizamos volatilidade e meses mais desafiadores à frente. No entanto, os ativos seguem descontados, mesmo após incorporarmos uma atividade mais fraca para 2019. Hoje, a bolsa negocia a patamares atrativos em termos de Preço/Lucro – 11,5x comparado à média histórica de 12,3x, o que dá conforto.

Importante ressaltar que o que fará preço não será apenas se haverá ou não a aprovação de uma reforma da previdência, mas sim o quão diluída poderá ser e quando ocorrerá. No caso de uma diluição baixa, poderíamos ver o Ibovespa chegando aos 135 mil pontos, cenário otimista. Contudo, nossa última pesquisa mostra que o mercado já trabalha com uma reforma de R$700bi, vs. a proposta original do governo de R$1,24tri. Em relação ao prazo, temos acompanhado atrasos adicionais, que também contribuem para a menor probabilidade do nosso cenário base de 125 mil pontos. Ainda assim, vislumbramos a classe de renda variável como o melhor ativo para o ano.

Multimercado

Em abril, a performance dos multimercados, conforme representado pelo Índice de Hedge Fundos da ANBIMA (IHFA), teve um resultado no campo positivo, mas em nível contido. O quadro da indústria foi marcado pela divergência de retornos individuais entre os fundos, no mês em que os ativos locais tiveram resultado aproximadamente neutro, nos mercados de juros, moedas e ações. Quando não há uma tendência clara quanto à direção do mercado, diminui-se o consenso entre os gestores, levando à divergência entre os resultados. A exceção foram os fundos que investem em ações globais, os quais tiveram alta expressiva no mês.

No curto prazo, de forma geral, os gestores têm montado posições de forma tática, para se defender da volatilidade elevada no Brasil. Por outro lado, no longo prazo, a expectativa é de que consigam capturar os fundamentos construtivos do país, sobretudo com o encaminhamento favorável da Reforma da Previdência.

Vale lembrar que, para um fundo multimercado que tenha gestão ativa, as teses de investimentos dos gestores apresentam um período de concretização, que, na maioria dos casos, são de longo prazo. Logo, recomenda-se avaliar a performance da categoria em janelas mínimas de 12 a 24 meses.

Renda Fixa

Novamente os ativos IPCA +, impactaram positivamente nossas carteiras recomendadas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou para 0,72% em abril, pressionado principalmente pela alta dos preços de combustíveis e alimentos.

Seguimos ressaltando a importância dos ativos de infl ação para qualquer carteira via credito privado (debêntures, CRIs ou CRAs) ou via ativos bancários (CDB) visando não só uma proteção do portfólio de investimentos, mas também ganhos reais acima do CDI.

Adicionamos esse mês os ativos pré-fixados para clientes agressivos que buscam mais retorno e mais risco dentro da classe de renda fixa. Recomendamos apenas os ativos bancários, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), visando um carrego acima dos ativos pós-fixados para um prazo de 2 a 3 anos.

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