XP Expert

Recorde de emissões de Renda Fixa em 2024; Dezembro é maior mês da história

O ano de 2024 marcou a renda fixa, com volumes recordes. Entenda e saiba o que esperar.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Ao longo de 2024, observamos emissões de títulos de dívida em volumes robustos no mercado de capitais. Houve a recuperação do mercado do crédito após os eventos ocorridos em 2023 (Americanas e Light), com as empresas aproveitando para refinanciar seus passivos e seguir com investimentos e o patamar elevado de juros no Brasil seguiu atraindo investidores para a Renda Fixa. Veja mais detalhes a seguir, e o que esperar para 2025.

2024: um ano marcante para a Renda Fixa

Em 2024, as emissões no mercado de renda fixa atingiram R$ 573,8 bilhões, considerando debêntures (comuns e incentivadas), CRIs e CRAs. O volume foi 76% superior a 2023, e 59% maior do que o ano de 2022, o maior até então desde o início da série pela Anbima (2012).

Após um mês mais fraco em novembro, dezembro foi destaque com R$ 77,8 bilhões emitidos, o maior volume mensal da série. No comparativo anual, houve crescimento de 138%.

Entretanto, notamos desempenhos distintos entre os produtos:

  • Debêntures: principal produto no período, foram responsáveis por 83% do total emitido, representando o dobro do volume de 2023. A maior parcela correspondeu a debêntures comuns (71,5%), enquanto as incentivadas representaram 28,5%;
  • CRIs: representaram 10% do total emitido em 2024, com alta de 25% A/A; e
  • CRAs: tiveram a menor participação, com apenas 8% das emissões de 2024, queda de 3% A/A. Além das restrições ao produto impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro de 2024 (também válidas para os CRIs), o setor da agricultura passou por um período mais desafiador com a queda dos preços dos grãos, menor volume de safras e adversidades na cadeia de insumos agrícolas, o que pode ter afetado a demanda pelas emissões de CRAs por parte das companhias.

Em relação ao prazo médio ponderado das emissões, ainda que tenha havido redução frente a 2023, consideramos que as empresas conseguiram captar a prazos alongados, de 8,9 anos, acima da média histórica.

Já quanto aos subscritores, os intermediários e participantes ligados a ofertas públicas tiveram a maior participação no volume emitido no ano, com 45,5%, evidenciando a importância das corretoras na colocação dos papéis. Os fundos de investimento tomaram uma parcela semelhante, de 44,3%, com elevada captação ao longo do ano.

Volume emitido de debêntures, CRIs e CRAs (em R$ bilhões) e prazo médio (em anos)

Volume emitido de debêntures, CRIs e CRAs (em R$ bilhões) por mês

Volume emitido de debêntures, por destino dos recursos, em 2024 (%)

Volume emitido de debêntures, por subscritor, em 2024 (%)

Acreditamos que uma combinação de fatores tenha impulsionado as emissões, dos quais destacamos quatro principais:

  1. A melhora do sentimento do mercado após os eventos de Americanas e Light permitiu a retomada da oferta de crédito ao final de 2023, dando sequência em 2024;
  2. A redução do nível dos prêmios de risco, os spreads de crédito, vista ao longo de 2024, resultou em empréstimos a menor custo para as empresas, que aproveitaram o momento para refinanciar e alongar seus passivos e realizar investimentos, dentre outros usos;
  3. A alta demanda por títulos de renda fixa em meio à elevada taxa de juros no país, ofereceu (e assim continua) rentabilidades atrativas tanto sob a perspectiva real quanto nominal, mesmo com spreads mais baixos; e
  4. O desaquecimento do mercado de ações para a realização de IPOs e follow-ons, que também são fontes importantes de recursos para as empresas, foi suprido pelo mercado de dívida.

O que esperar para 2025?

Após os volumes sem precedentes vistos no último ano, acreditamos que as emissões apresentem uma acomodação - afinal, 2024 também concentrou parte das emissões que haviam sido postergadas em 2023.

Adicionalmente, a acentuação do risco fiscal principalmente ao final de 2024, ainda presente em 2025, em conjunto com a trajetória de alta da taxa Selic, naturalmente traz maior seletividade das empresas ao fazer investimentos, por exemplo. Isto reduz a necessidade de captações relevantes e, consequentemente, de ofertas no mercado de dívida.

Apesar da possível redução no número de emissões de renda fixa no mercado de capitais em 2025 versus 2024, o mercado de dívida deve seguir preponderante como fonte de captações para as empresas, além de continuar oferecendo boas rentabilidades aos investidores. Assim, 2025 segue promissor para a renda fixa.

Veja mais

Gostou? Tem alguma dúvida ou sugestão? Deixe nos comentários abaixo!

Onde Investir em 2025 banner
XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este material foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos” ou “XP”) tem caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como sendo material promocional, solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados.
Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.