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Resumo Diário de Política 27/10/2021: CPI aprova relatório final e Câmara vota PEC dos Precatórios

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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Na véspera de completar seis meses, a CPI da Pandemia aprovou ontem (26) seu relatório final (bit.ly/3nyqkCb). Como previsto, o parecer do senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu 7 votos favoráveis e 4 contrários, e coloca o presidente da República como um dos principais responsáveis pela exasperação da pandemia, propondo sua responsabilização por nove crimes (bit.ly/3vQYNPX).

As conclusões do inquérito, que contempla 80 pedidos de indiciamento, seguem agora à Câmara dos Deputados, Polícia Federal, Superior Tribunal de Justiça, Ministério Público Federal, TCU, MPs estaduais, PGR, Defensoria Pública e ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Ainda no ambiente legislativo, ficou para hoje (27) a votação da PEC dos Precatórios na Câmara. Nos bastidores, Arthur Lira e lideranças do governo atuam para garantir o placar necessário à aprovação, já que o texto necessita ao menos 308/513 votos em Plenário.

O substitutivo do deputado Hugo Motta (Republicanos – PB) é tido como “ponto de partida”, e a ele poderão ser apresentados destaques com finalidade supressiva. Na oposição, a estratégia é repetir o movimento pró-desidratação da PEC: haverá nova investida, assim, contra o teto para pagamento de precatórios, com a diferença que o ônus de manutenção da regra, agora, será do governo (que necessitará dos 308 votos mínimos para mantê-la, bit.ly/3CwgLty). Já Lira admite haver espaço para que a proposta seja “aperfeiçoada” (bit.ly/3pPpovM).

No Senado, Rodrigo Pacheco retirou de pauta a PEC da Renda Básica (PEC nº 29/2020). Apesar do relator de Plenário, Antonio Anastasia (PSD-MG), ter excluído os artigos que tirariam o programa social do teto de gastos (glo.bo/2ZnSK9x), a sensibilidade do tema não trouxe garantia de resultado/aderência a essa solução.

E ficou para quinta-feira (28) a votação do projeto de decreto legislativo que susta a portaria do Ministério da Infraestrutura que regulamentou o marco legal das ferrovias (MP nº 1.065/2021). O imbróglio envolve um dispositivo que atribui preferência para outorga ao primeiro pedido de autorização ferroviária nos casos de concorrência entre empresas e incompatibilidade locacional para implantação simultânea dos trechos (bit.ly/315NpVk). Ao anunciar o acordo e assinalar esse entretempo para que Tarcísio Freitas reveja a regra, Pacheco também despachou o PLS nº 261/2018 à Câmara dos Deputados e pontuou que analisará o pedido de prorrogação da MP nº 1.065/2021 – que vence dia 28 – por mais 60 dias.

Vale lembrar que a eventual caducidade da medida provisória pode fulminar os pedidos de autorização em curso na Infraestrutura, que não estariam envoltos pela garantia do “ato jurídico perfeito”.

E, finalmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o julgamento de ações contra a chapa Bolsonaro – Mourão. Luis Felipe Salomão, relator, propôs tese considerando que disparos em massa de fake news podem configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, mas, no caso concreto, não haveria provas suficientes para condenar o presidente e seu vice. Salomão foi acompanhado pelo ministro Mauro Campbell Marques. Sob fundamentos diferentes, o ministro Sérgio Banhos também votou pela improcedência das ações, deixando o placar em 3 a 0. O julgamento prosseguirá amanhã (28), a partir das 9h (bit.ly/3mllFnT).

Nas redes

O monitor XP-Conatus registrou ambiente polarizado nas redes pelo relatório da CPI da Pandemia, com destaque para os indiciados – e a sugestão de indiciamento de um dos senadores na reta final – e a defesa promovida pelo campo bolsonarista de parte dos apontados pelo relatório.

Em paralelo, a prisão de Zé Trovão engaja usuários de ambos os campos políticos a partir de destaque dado pelo noticiário, mas greve de caminhoneiros segue sem destaque nas redes.

Internacional

No Congresso americano, cresce a preocupação entre democratas sobre a possibilidade de não haver acordo sobre o Plano das Famílias Americanas até quinta-feira, dia no qual Joe Biden deve viajar a Europa para reunião do G-20. O presidente tem importante papel em mediar reuniões e aproximar posições das diferentes alas do partido, portanto sua presença em Washington é considerada relevante para um acordo. Além disso, parlamentares relatam inquietações sobre perda de ímpeto uma vez ultrapassado o prazo simbólico (politi.co/3ClZ2VI).

Apesar dos correligionários de Biden terem avançado nas negociações nas últimas duas semanas, ainda permanecem divergências relevantes a serem resolvidas sobre o financiamento do projeto e medidas para Saúde. Nesse contexto, o senador Ron Wyden divulgou uma nova proposta para ajudar financiar o projeto – um novo imposto sobre ganhos de capitais para bilionários (on.wsj.com/3CnCX9e).

Além das divergências sobre o texto, parlamentares notam preocupações pelo calendário apertado para mais negociações. No fim do mês, o Congresso deve retomar discussões sobre orçamento para estradas e, no fim do ano, sobre o orçamento público e teto da dívida.

Vale destacar ainda que tanto o Plano das Famílias Americanas quanto o projeto de Infraestrutura de USD 1,2 trilhão – cujo andamento segue bloqueado pela ala mais à esquerda do partido democrata, que vincula o andamento de uma matéria ao da outra na Câmara – ganham mais destaque em meio a duas disputas eleitorais para governador acirradas nos estados de Virginia e New Jersey (bit.ly/3GqR0NH).

Hoje é o 1031° dia do governo Jair Bolsonaro.

Faltam 340 dias para as eleições presidenciais.

Acabou a CPI da Pandemia.

Hoje é o 595° dia da pandemia de Covid-19.

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