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Resumo Diário de Política 17/11/2020: Pauta Fiscal em Destaque

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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O noticiário político de terça-feira ainda é dominado pela ressaca do primeiro turno da eleição municipal, mas a agenda do Congresso vai reconquistando seu espaço.

Nessa linha, o governo ainda discute com o relator Márcio Bittar qual o melhor caminho para a construção do programa de transferência de renda dentro da PEC Emergencial (https://glo.bo/36Gt4F3) — o senador tem encontro no Planalto ainda esta semana e só topa apresentar medidas austeras se houver apoio do Planalto. Os líderes do governo na Câmara e no Senado deixaram claro ontem que a decisão deve ficar para depois do segundo turno (https://bit.ly/3pDFwyf) .

Ontem, Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania, disse que a decisão será a de um Bolsa Família reformulado, sem novos recursos (https://glo.bo/3nwtrsO) a ser anunciado em dezembro, na direção do que defende a equipe econômica e do que já ouvimos dentro da Casa Civil. Esse plano, no entanto, precisará vencer resistências no Congresso, que tende a aumentar a pressão por um programa maior.

A IFI divulgou estudo em que calcula em R$ 15 bilhões o custo de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial durante quatro meses de 2021, para metade do contingente atual (https://glo.bo/36GAybf).

Em linha com nossa informação da semana passada, com o pouco tempo para discutir a PEC neste ano, uma ala do governo quer incluir gatilhos no PLP 101, que trata do ajuste fiscal dos estados (https://bit.ly/3nubc7e), ao que se opõem tanto o autor do projeto, deputado Pedro Paulo, quanto o relator, Mauro Benevides.

No Senado, líderes se reúnem às 11h para definir a pauta da semana — o governo defende prioridade para a votação da lei de falências.

E Rodrigo Maia questionou se o governo tem coragem de enfrentar a agenda fiscal (https://bit.ly/32SMjKr) e disse que não podia cair na armadilha de votar projetos “bonitos”, mas que não resolvem problemas estruturais — ele citou nominalmente o marco da cabotagem.

A virada do segundo turno deve escancarar também outra discussão que já está em curso: a da sucessão de Maia e Alcolumbre (https://glo.bo/2IKHPi1), mais um ingrediente a contaminar a pauta nas próximas semanas, o que, aliás, já está acontecendo, como Maia demonstrou acima.

Por fim, como alertamos ontem, o desempenho de Bolsonaro na disputa municipal já cobra seu preço (https://bit.ly/3fbb8Gr).

Nas redes
O bolsonarismo continua sofrendo na esteira da eleição municipal, segundo o monitor XP-Conatus. O período está sendo marcado por críticas dentro do grupo pelo desempenho eleitoral, com destaque para usuários como Olavo de Carvalho e @oiluiz, que questionam a “falta de plano” do grupo.

Internacional
Nos EUA, Donald Trump trabalha contra o tempo em diversas frentes para deixar sua marca final na política. Ele tenta garantir, por exemplo, direitos de exploração de petróleo e reduzir o deslocamento de soldados americanos para o Iraque e Afeganistão antes da posse de Biden. Na política externa, o governo construiu o que chama de “muro de sanções” contra o Irã nos últimos meses para punir Teerã com base nos direitos humanos e no terrorismo. As novas sanções têm como objetivo frustrar os planos de Biden de entrar novamente no acordo nuclear de 2015 com o Irã, que Obama assinou e Trump desfez.

O governo ainda deve anunciar novas sanções à China contra a repressão em Hong Kong e prepara uma proposta para reduzir o preço de medicamentos.

Os republicanos do Senado ainda tentam aprovar Judy Shelton para o Fed, para que o novo presidente não possa preencher a vaga.

A Pfizer Inc. iniciou um programa piloto de imunização Covid-19 em quatro estados dos EUA para refinar o plano para a entrega e implantação da vacina, que está sendo desenvolvida em conjunto com a BioNTech SE. No Reino Unido, Boris Johnson foi aconselhado a considerar o aumento das restrições regionais depois de a Inglaterra sair de seu segundo lockdown nacional no mês que vem. Na Índia, o número de novos casos na capital voltou a aumentar, mesmo com a queda dos números gerais do país. Na França, bares e restaurantes permanecerão fechados até o meio de janeiro. A Coreia do Sul aumentou as restrições de distanciamento social na grande Seul.

E, de acordo com o jornal The Sun, o chefe britânico das negociações do Brexit, David Frost, disse a Johnson que um acordo comercial com o bloco europeu pode ser anunciado até a próxima terça-feira. Apesar da falta de consentimento em alguns pontos, as autoridades da UE estariam prontas para encontrar uma “solução criativa”.

Hoje é o 687° dia do governo Jair Bolsonaro.
Hoje é o 251° dia da pandemia de Covid-19.
Faltam 12 dias para o segundo turno das eleições municipais.

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