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Resumo Diário de Política 12/07/2019

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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O dia ontem foi de intensas negociações para votação dos destaques da reforma da previdência. O resultado foi regras mais brandas para policiais (impacto estimado em R$ 5 bilhões), redução no tempo de contribuição e mudanças na pensão por morte (impacto conjunto de R$ 20 bilhões) (http://bit.ly/2XXrFHP; http://bit.ly/2XJ5YXV e http://bit.ly/2XMhKRs). Segundo o Ministério da Economia, a desidratação pode ficar entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Como o projeto que chegou ao plenário trazia R$ 987,5 bilhões aos cofres públicos, a economia continuaria acima de R$ 900 bilhões (http://bit.ly/2XJ9zoV).

No entanto, o atraso para o início da sessão fez com que os deputados ficassem até as 3 da manhã em plenário e não conseguissem concluir as votações. São 6 destaques que devem ser apreciados hoje (http://bit.ly/2Y3NiGx). Fica em xeque o calendário de Rodrigo Maia, que previa para hoje a reforma aprovada em segundo turno. Assim, volta a crescer a chance de que o plenário da Câmara só conclua a votação da reforma em agosto (ver mais detalhes no Bastidores de Brasília).

Importantes curtas: PSB e PDT estudam expulsar deputados que votaram a favor da reforma da previdência. Foram 11 de 32 no PSB e 8 de 27 no PDT (http://bit.ly/2Y2qeIf); Jair Bolsonaro decidiu indicar o filho Eduardo Bolsonaro, o ‘03’ que hoje deputado federal, para o cardo de embaixador do Brasil nos EUA (http://bit.ly/2XIctKF). Como era de se esperar, as repercussões negativas já começaram (http://bit.ly/2XJrP1B).

Bastidores de Brasília

Há uma divisão nos partidos de centro entre aqueles líderes que já consideram quase uma realidade a votação do segundo turno da reforma da Previdência em agosto e os que se empenham para que ela se encerre até a próxima semana. É preciso dizer que essa chance, que na manhã de ontem parecia distante, de fato está mais perto. A tendência é que o quórum esteja mais reduzido.

Alguns deputados discutiam no fim da sessão na madrugada de ontem para hoje qual seria a melhor alternativa. Um líder do centro defendia encerrar os destaques hoje e enviar a PEC para a comissão especial. Rodrigo Maia chamaria então para segunda-feira uma sessão para votação da proposta em segundo turno. O cronograma não agradou aos parlamentares, que se mostraram dispostos a ir ainda hoje para suas cidades.

Aliados do presidente da Câmara se preocupam em adiar a votação para agosto. Acham que a volta às bases por duas semanas poderia contaminar o ambiente e prejudicar o placar. Integrantes do Ministério da Economia também não querem esse risco. Por isso, defendem que Maia chame sessão já para segunda-feira, se for o caso. Se não conseguir, terça, quarta e assim em diante.

A agenda deste 12 de julho

A Câmara retoma sessão para analisar destaques da PEC da reforma da Previdência. Será importante observar a capacidade dos líderes de mobilizar suas bancadas em uma sexta-feira. A tendência é que a Casa encerre a apreciação dos destaques.

O presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente da Conamp, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, acompanhado do ministro da Secretaria Geral, Jorge Antonio de Oliveira Francisco, às 10h.

  • Hoje é o 193º dia do governo Jair Bolsonaro.
  • Faz 142 dias que Jair Bolsonaro entregou projeto da previdência à Câmara.

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