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Resumo Diário de Política 04/09/2019: Senado aprovou a PEC da cessão onerosa

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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Senado aprovou ontem a PEC da cessão onerosa, que acerta a distribuição de recursos que serão obtidos com leilão do pré-sal de R$ 106,5 bi marcado para novembro. Foram 74 votos em primeiro turno e 69 em segundo, sem votos contra. Ficou acertado que União ficará com 67% dos recursos, enquanto estados e municípios ficarão com 15% cada. Os 3% restantes vão para o estado do RJ, que receberá R$ 2,5 bi do leilão. Dos recursos que irão ao governo federal, R$ 33,6 bi serão repassados à Petrobras (http://bit.ly/2Li6olc). Quando o assunto é distribuir dinheiro, tudo é mais fácil.

Governadores estão próximos do consenso em torno de uma proposta de reforma tributária. Uma versão do texto já tem o apoio de 20 dos 27 governadores e deve obter o aval de todos eles até o fim da semana. Nela IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS seriam unificados na cobrança do Impostos sobre Bens e Serviços, cuja alíquota seria decidida pelos estados e municípios, sem interferência do governo federal, além de criar um fundo que garanta que nenhum estado tenha perda de arrecadação pelos próximos 20 anos e que se mantenha a Zona Franca de Manaus (https://glo.bo/2LlrLSB e http://bit.ly/2LkCYD1).

Nesses termos, é fácil que haja consenso entre os entes, mas certamente haverá pressão contrária da União. Temos reiterado que apesar de haver quase um consenso entre empresários e políticos de que uma reforma tributária é necessária, são mudanças que gerarão ganhadores e perdedores e que, portanto, a tramitação deve ser complicada. Traduzindo em efeitos políticos, isso significa lentidão.

Uma evidência dessa dificuldade é a coleta de 238 assinaturas de deputados pelo setor de serviços para emenda que limita em 30% a alíquota que será cobrada sobre o setor em relação à que será praticada ao setor de bens (http://bit.ly/2ZHMZxW).

Casa Civil e militares pressionam o governo para flexibilizar o teto de gastos, que imporá austeridade nos gastos discricionários do governo. Para mitigar os efeitos no orçamento de 2020, a equipe econômica busca maneiras de mexer em despesas obrigatórias (http://bit.ly/2ZHNDLS). O tema é bastante sensível e nossa economista chefe, Zeina Latif, deu excelente entrevista sobre o que significaria mexer nessa regra fiscal: http://bit.ly/2ZJlPH6.

Governo estuda alterar Imposto de Renda Pessoa Física, com redução de todas as alíquotas e correção da tabela. A perda de arrecadação seria compensada pela limitação da dedução com gastos com saúde, além da possível tributação de dividendos e fim de isenções para LCI, LCA, CRI, CRA e para pessoas com doenças graves (http://bit.ly/2LiTcwf).

Curtas: no âmbito da reforma administrativa, o governo pode enviar PEC para mudar regras da estabilidade dos servidores públicos (http://bit.ly/2Lh4Rvw); dobrou de um dia para o outro o número de vetos de Bolsonaro ao projeto de abuso de autoridade. O presidente, que anteontem havia falado que seriam cerca de 10, ontem falou ‘mais de 20’ (https://glo.bo/2Lh6V6S). Talkey então.

Bastidores de Brasília

A Comissão de Constituição e Justiça deve analisar nos próximos dias a PEC que estabelece mecanismos de ajuste fiscal, apresentada pelo deputado Pedro Paulo. Hoje ou na próxima reunião, os deputados da comissão devem pedir vistas ao relatório. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, toma cuidado com a proposta para que não haja nenhum risco ao teto de gastos por iniciativa dos parlamentares.

Maia deve prorrogar até a semana que vem o prazo para a apresentação de emendas na PEC da reforma tributária. O prazo se encerraria nesta semana, mas o presidente da Câmara permitirá mais alguns dias para os congressistas sugerirem mudanças à proposta.

Congressistas avaliam que enquanto o projeto de lei (PLN) que abre crédito de R$ 3 bilhões não for votado, a pauta legislativa “andará de lado”. O PLN serve para conseguir os recursos destinados às emendas extra orçamentárias prometidas aos deputados pela votação da reforma da Previdência.

A agenda deste 4 de setembro

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado discute e vota o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre a reforma da Previdência. Serão analisados hoje tanto o texto principal, quanto o paralelo, cuja principal mudança é a possibilidade de estados e municípios aplicarem as regras da reforma por meio de um projeto de lei. A sessão começará a partir das 9h.

O presidente Jair Bolsonaro participa de recebimento de aeronave Embraer KC-390 pela Força Aérea Brasileira em Anápolis (GO), às 11h. De volta a Brasília, recebe o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, às 15h, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque, às 17h.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebe Rodrigo Maia, o presidente do DEM, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, às 8h30, na residência oficial do Senado. Às 10h, recebe, no mesmo local, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construição, José Carlos Martins. Pela tarde, no Senado, recebe o governador do Ceará, Camilo Santana.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, depois de se encontrar com Alcolumbre, recebe o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, às 11h, na residência oficial. No mesmo lugar, também recebe, em seguida, o governador do Ceará, Camilo Santana. Às 18h, reúne-se com o ministro do STF Alexandre de Moraes, no Supremo.

Congresso instala comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre fake news, às 11h.

Comissões mistas das medidas provisórias 884 e 890 realizam reuniões hoje às 14h30.

  • Hoje é o 247º dia do governo Jair Bolsonaro.
  • A reforma da Previdência está há 27 dias no Senado.
  • Faltam 396 dias para as eleições municipais.
  • Faltam 426 dias para as eleições nos EUA.

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